segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

TREINADOR BRASILEIRO POUCO SIGNIFICA PARA O FUTEBOL



Os técnicos brasileiros estão ilhados.
Defendem com unhas e dentes, para si, uma completa reserva de mercado no futebol brasileiro.
Qualquer técnico estrangeiro é mal visto por aqui. 
O corporativismo é absoluto.
Quando se falou em Pep Guardiola para dirigir a seleção da CBF, eles ficaram histéricos.
Aqueles que defendiam o nome do espanhol foram acusados de não amar a pátria. 
Adoraram quando o octogenário defensor de ditadores, o José Maria Marin, disse que não contrataria um técnico estrangeiro.
De outro lado, os técnicos brasileiros têm mercado somente nos países árabes e no Japão.
E o futebol daqueles países, com a grande contribuição de Parreira, Zico, Caio Júnior, Adilson Batista, Culpi e outros, vai de mal a pior.
Não são reconhecidos como bons profissionais nem nas Américas nem na África, nem na Austrália.
Muito menos na Europa. 
Quando muito, alguns trabalharam em Portugal com sucesso.
Oto Glória, Autuori, Felipão.
Hoje, nem na terrinha são respeitados.  
Há jogadores brasileiros em todos os países onde se joga futebol.
Técnicos, não.
Do mesmo modo que no Brasil, pela empáfia deles mesmos, de dirigentes e da própria imprensa, não contratamos técnicos estrangeiros.
Criamos uma ilha onde a troca de experiências e o intercâmbio foram excomungados.
Uma ilha onde pouquíssimos estudam.
Uma ilha onde não há a mais mínima contribuição para o desenvolvimento do futebol.
Nenhum técnico brasileiro deu contribuição importante  ao futebol mundial.
É desconcertante.
A CBF, os clubes e a própria imprensa deviam trabalhar no sentido do intercâmbio.
Hoje, devíamos ter um técnico brasileiro estagiando no Barcelona, no Madri, no Manchester.
Pelo menos ir, estudar.
E devíamos ter técnicos importantes do futebol mundial trabalhando aqui.
Estamos nos sufocando de autossuficiência.   

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