segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O DECADENTE FUTEBOL AFRICANO

Assisti alguns jogos da  Copa da África.
Empates, empates, empates.
Até agora não surgiu nenhum ótimo jogador.
Nenhum que se destacasse.
Apenas aqules jogadores fortes, cumpridores de tarefas, limitados.
Como Mikel, que joga na Argélia e no Chelsea.
Bom jogador, apenas o velho Drogba da Costa do Marfim que, hoje, dá seus últimos chutes na  China.
Samuel E'too, o outro remanescente dos grandes craques africanos não jogará.
A seleção camaronesa - os leões indomáveis - não se classifocou para a copa.
Pelo que mostraram nos jogos iniciais do torneio, o jogo coletivo dos africanos é zero.
As seleções não conseguem trocar meia dúzia de passes.
As faltas são sucessivas, feias.
Inumeráveis.
Faltas cavadas, faltas por deficiência técnica dos jogadores, faltas para parar o jogo.
Estas são as faltas que os técnicos mandam fazer para o time se recompor, pois não conseguem compactar os seus times.
Lá, acredito, devem existir inúmeros Felipões, Roths, Abelões, Zagalos, Parreiras, Joéis, estes treinadores que destruíram o jogo bonito dos brasileiros. (Joel e Parreira se revesaram à frente da África do Sul. E a África do Sul, sob tal comando, caiu na primeira fase da Copa que organizou em casa.)
Os africanos estão jogando com time inteiro atrás da linha da bola.
Dando chutões, que muitos narradores chamam de ligação direta.
Pingando bolas na área.
Cada time jogando à espera de um contra-ataque.
Nenhuma compactação.
Hoje jogaram Argélia e Burkina Faso.
A Argélia fez um a zero no primeiro tempo e ficou  resistindo às investidas desordenadas de Burkina Faso até 48 minutos do segundo tempo quando aconteceu o empate.
Sabem quantas faltas aconteceram?
Quarenta e nove faltas.
Isto lembra qual futebol?
Sim.
No futebol brasileiro são comuns os jogos com 50 ou mais faltas.
Cinquenta faltas significam jogo parado durante, pelo menos, 10 minutos.
O futebol africano foi muito promissor nos anos 1970 e 1980.
Havia jogadores extremamente habilidosos,
Eles encantavam o mundo com suas jogadas individuais.
O camaronês Roger Milla, o liberiano George Weah, o nigeriano Kanu, o ganês Abedi Pelé considerado por muitos o melhor jogador africano de todos os tempos, o argelino Madjer que levou o Porto ao topo do mundo, o egípcio Mahmoud El Khatib.
Desses grandes jopgadores restaram apenas Didier Drogba e Samuel E'too.
Os dois em fim de carreira.
Esperava-se muito do futebol africano por causa de seus jogadores.
Dizia-se que, quando eles aprendessem a jogar coletivamente, seriam candidatos sérios a melhores do mundo.
Pois bem.
Os africanos, tantando cumprir aquela profecia, levaram para lá os treinadores europeus.
Mas o futuro sempre tem prazer em contrariar os profetas.
Ao invés de aprender a jogar coletivamente, os africanos aprenderam a jogar o chamado "futebol de resultados".
Deixaram de ser habilidosos e não conseguiram jogar coletivamente de modo consistente.
Zero a zero, um a um.
E vencem pelo placar mínimo.
Esses são os placares dos jogos da Copa Africana.
Uma tristeza.
Toda aquela criatividade morreu.
Os times africanos querem apenas formar jogadores que possam se dar bem na Europa do futebol de resultados.
Mas este futebol está desaparecendo da Europa.
Nem a Itália o pratica mais.
Parece que seus últimos defensores são técnicos exilados na  África e técnicos brasileiros.





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