sábado, 31 de agosto de 2013

OS ARMADORES DE CRUZEIRO E ATLÉTICO

Houve um tempo em que os armadores eram os meias.
Meias armadores, como se dizia.
Os mais destacados usavam a camisa 10.
Eram os donos do time.
Meias como Rivelino, Gerson, Dirceu Lopes, Ademir da Guia.
Havia espaço no meio de campo, o jogo era lentíssimo e esses jogadores muito habilidosos apareciam muito.
Com o passar do tempo foram rareando.
E o futebol ficando corrido, pegado, agrupado.
Os últimos meias habilidosos, aqueles que faziam a ligação da defesa com o ataque, já não tinham mais espaço.
Para que jogassem, os técnicos colocavam volantes pegadores que tinham a função de desarmar o adversário e entregar a bola para ele.
Foi assim com Alex em 2003 no Cruzeiro.
É assim com Ronaldinho do Galo.
Dizem, hoje, que os meias desapareceram, que é culpa dos treinadores de base, etc.
Não é nada disso.
Os meias passaram a ser organizadores do jogo por trás.
Hoje, vi Juventus e Lazio.
A Juventus venceu por 4 a 1 e Pirlo fez uma partida maravilhosa.
Havia três zagueiros e, à frente deles, Pirlo organizava o jogo.
Ali havia espaço para um jogador habilidoso.
Ao invés de um volante pegador, um organizador.
Isto acontece com Gerrad, com Scweinstegger, com Xavi.
Como as linhas estão muito juntas, a armação é feita por trás.
O meia foi recuado nos melhores times do mundo e passou a ser o organizador do time logo à frente da defesa.
Na saída de bola, ele é o jogador que auxilia a defesa a sair jogando.
Evita o chutão, a bola quebrada que bate lá na frente e volta.
Ah, claro que zagueiros que saibam jogar contam muito.
Sob este aspecto, fundamental no futebol de hoje, os times brasileiros estão ultrapassados.
Ainda estão na era dos volantes.
Alguns desses volantes são mais habilidosos.
Os do Cruzeiro, Nilton e Lucas Silva são regulares.
Os dos Galo, Pierre e Donizete, estão ultrapassados.
O esquema tático de Cuca, com dois volantes convencionais e um meia armador é dos anos 80.
Antiquado.
Funcionou com ligação direta, tipo rugby, aquele chutão pra frente que o Jô aparava até que os adversários neutralizassem o esquema.
Deu para ganhar uma Libertadores.
Mas está sendo massacrado.
O time é desorganizado, não mantém posse de bola.
Dizem que é ressaca de campeões.
Não é.
Desde a segunda fase da Libertadores está sendo dominado por seus adversários.
Por todos.
Ganhou com a individualidade de alguns jogadores - do goleiro, principalmente - e contou com boa dose de sorte.
Se continuar jogando assim será massacrado no mundial da Fifa.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

28 DE AGOSTO - DIA DA VERGONHA PARA O CRUZEIRO

A derrota de 1 a 0 do Cruzeiro para o Flamengo no Maracanã foi vexatória.
Foi o momento mais humilhante da história do time azul.
O Cruzeiro não entrou em campo para jogar.
Entrou em campo para não perder.
Acuado.
Rabo entre as pernas.
Assustado feito um viralatas vadio.
O time nunca, EM TODA A SUA HISTÓRIA, jogou tão medrosamente.
Acompanho os azuis desde 1958, primeiro ano do tricampeonato quando o time era formado por Genivaldo, Vavá e Leston. Pireco, Amauri e Joe. Raimundinho, Dirceu, Pelau, Haroldo e Nívio, dirigidos pelo paraguaio Arthur Nequessaurt.
O Cruzeiro encarou grandes times na casa desses grandes times.
Bayern de Munique de Bekembauer, Sep Meyer... River Plate... Borússia, Santos de Pelé.
Perdeu e ganhou.
Mas jogou.
Atacou.
Não medrou.
Nunca.
Até na quarta-feira passada, 28 de agosto. 
À beira do campo, o técnico nem uma vez chamou o time à frente.
Aos 35 do segundo tempo, tirou o atacante Wiliam e colocou o volante Guerreiro.
Ficou nítido que estava tão amedrontado quanto os seus jogadores.
Chamou o Flamengo ainda mais para o ataque.
Uma vergonha.
Quando veio o gol da vitória rubronegra foi um alívio.
Se o Cruzeiro mantivesse o empate e se classificasse à próxima fase da Copa do Brasil seria a vitória da mediocridade.
Da covardia.
O Flamengo, bem pior tecnicamente, estivera no Mineirão na semana anterior e atacara o Cruzeiro.
Poderia ter levado uma goleada, mas não se intimidou.
Perdia de 2 a 0 e poderia levar outros tantos, no entanto atacou.
Atacou como podia e foi premiado com um gol, perdeu  por 2 a 1.
O Flamengo tem coração de dragão.
Fogo no coração.
O Flamengo, jamais em toda a sua história jogou com o rabo entre as pernas.
O Cruzeiro jogou.
Quarta-feira, 28 de agosto de 2013, o Cruzeiro jogou como jogam os medrosos.
28 de agosto será sempre o dia da vergonha para os azuis.
O Cruzeiro pode perder, pode ser goleado, mas não pode se acovardar.
O torcedor suporta a derrota.
Suporta perder por não conseguir ganhar.
Mas não suporta a covardia jogar acoelhado.

domingo, 11 de agosto de 2013

SÃO PAULO PERDEU MAIS UMA. A CULPA É DE NEY FRANCO?

Quando Ney Franco foi demitido, o São Paulo estava na 6ª posição na tabela do campeonato brasileiro.
Agora, sob o comando de Autuori, está no 19º.
Autuori fala muito bem.
Tem um vozeirão empostado.
Um ar blasé... entediado de tanto saber.
Voltou de uma excursão pela Europa e Ásia onde colecionou tres derrotas e uma vitória apregoando que o time estava em seu melhor momento desde que começou a treiná-lo.
Pois bem, o bom momento interno rendeu um derrota de 2 a 1 para a Portuguesa.
Autuori fala muito melhor do que treina.
Seus times sempre jogaram feio.
Rogerio Ceni que, dizem, contribuiu para a demissão de Ney Franco e para a contratação de Autuori, perdeu um pênalte.
Ele parece bem chegado ao novo treinador.
Disse que fosse ele o manda-chuva sampaulino, Ney Franco teria ido pro "olho da rua" muito antes.
Pela expressão facial do goleiro, o chamado "olho da rua" não deve ser confortável.
Ceni anda engolindo bolas defensáveis com boa regularidade.
Autuori disse que o São Paulo jogou melhor e que merecia ter vencido.
Ney Franco deve estar se sentindo culpado por mais esta derrota.
Coitado.

CRUZEIRO TAMBÉM LEVARIA DE 8 DO BARÇA. OU MAIS.

Cruzeiro, líder do Brasileirão, ficou no zero a zero com o Santos, no Mineirão.
Um jogo horrível.
Apitado por um juiz horrível que fazia questão de parar o jogo mais do que parado já era.
O Santos levou de 8 do Barça.
Poderia ter levado de mais tal a disparidade técnica e tática entre as duas equipes.
O Cruzeiro também levaria de 8.
É um time tão limitado quanto o Santos.
Não consegue, tal qual os praianos, trocar meia dúzia de passes.
Chutões, erros, chutões, simulações, etc.
Marcelo Oliveira é um técnico tão limitado quando a sua equipe.
O técnico do Santos é recém saído da base.
Pelo seu trabalho, dá pra ver que a base do time deve ser limitada também.
Não é aceitável que técnicos não consigam fazer com que seus times acertem passes.
Penso que eles não devem ter métodos de treinamento específico para o passe.
Havia em campo apenas 3 jogadores de bom nível: Montillo, Fábio e Dedé.
Os outros todos eram apenas medianos.
Acredito que devem ficar envegonhados se assistem o  VT dos jogos em que atuam.
27 mil pessoas pagaram para ver o jogo.
Os torcedores são muito generosos.
Hoje foi Dia dos Pais.
Poucos pais merecem um jogo tão esculhambado.