terça-feira, 30 de julho de 2013

FLU FEZ CONTRATO DE RISCO COM LUXEMBURGO

Murici, Luxemburgo e Ney Franco estavam desempregados.
Pensei que custariam, todos, a arrumar novo emprego.
Pois não é que Luxemburgo se arrumou com a demissão de Abel?
O Fluminense fez um contrato de risco com ele.
Até dezembro.
Pelos salários astronômicos que são pagos aos "grandes" técnicos de futebol, ele assinou pela metade do que, dizem, ganhava no Grêmio.
Trezentos mil.
O tricolor comprou uma grife.
A grife Luxemburgo.
O patrocinador e o presidente - ninguém sabe ao certo quem manda no Flu - resolveram lavar as mãos:
"Está aí, contratamos o Luxemburgo, não temos mais responsabilidades com o futebol".
Contratar Luxemburgo é mais ou menos assim.
Ele chega para implantar um projeto.
Ou seja, contratar, contratar, contratar...
Tomar conta de tudo.
Ele tem a fórmula mágica do grande manager sulamericano.
É inacreditável como dirigentes ainda acreditam nisso.
Depois vai embora deixando uma terra destroçada atrás de si.
Como serão só cinco meses, é possível que ele não contrate muito.
Há tempos Luxemburgo não faz um trabalho sequer razoável.
Palmeiras, Santos, Atlético, Flamengo e, por último o Grêmio foram os últimos dissabores.
Tanto dele quando dos torcedores daqueles times.
Luxemburgo pegou a maldição de Santiago Bernabeu.
Desde apagada passagem pelo Madrid, tudo virou em fracasso.
Precisa fazer, de novo, o caminho de Santiago.
Mas não o de Bernabeu, o de Compostela. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

FLAMENGO EMPATOU NA BASE DO URUBU DOIDO

O Flamengo é um time desorganizado em campo.
Quando o Bota jogou com simplicidade no primeiro tempo, envolveu os rubronegros completamente.
No segundo tempo o time do Oswaldo jogou na moita, armando traição, esperando para contra atacar.
Foi o erro que custou o empate e a liderança.
O Fla usou a tática do Urubu Doido.
Todo mundo voou pra cima da área do Jerferson.
Esticão, bola levantada e vamo que vamo.
Torcida jogando junto.
Deu certo.
Mereciam até ganhar.
Mas o time não é bom.
Nem está bem treinado.
Mas se deixarem o Urubu Doido levantar vôo vai ser um espavento.
Pena pra todo lado.

LUXA, NEY E ABEL: ESTES TERÃO DE REMAR MUITO

Três grandes técnicos caíram no início deste Brasileirão.
Abel caiu com a derrota do Fluminense para o Grêmio.
Por quê?
Por causa de cinco derrotas seguidas.
Mesmo com as vendas de Nem e de Tiago Silva, toda imprensa dizia; "o tricolor tem um dos melhores elencos do país".
A mídia acaba solidificando mentiras.
O elenco era apenas mediano já no ano em que foi campeão, pois Deco joga pouco - vive machucado, afronta a idade e Fred segue o mesmo caminho de contusões, só que mais novo.
Um goleiro - "eleito" o melhor do Brasil (?) coisa que nunca me convenceu - inseguro.
Uma zaga que jogou bem sem ser formada por bons zagueiros.
O time fazia um a zero e se segurava na defesa.
Com a perda de Nem e Thiago, nenhuma reposição.
Aí a ladeira apareceu.
Quando a ladeira aparece é difícil fugir dela.
Abel precisava remontar o time.
Foi na conversa da mídia e aquietou-se "tenho o melhor elenco".
Encarou a ladeira.
Capotou.
Luxa montou o Grêmio onerando a folha de pagamentos sem conseguir resultados compatíveis.
Ele ainda pensa que um grande time é um conjunto de grandes jogadores que, naturalmente, são caros.
Não é.
É preciso treiná-los e, parece, Luxa não tem mais a firme convicção de que treinar times é fundamental.
Assim como não treinou bem o Galo nem o Flamengo, não treinou o Grêmio.
Foi despedido.
Ney Franco trabalhou todo o tempo no São Paulo acossado por um diretor de futebol que escalava suas principais contratações: Lúcio, Luis Fabiano e Ganso. 
Perdeu Lucas - com o qual foi campeão da Sulamericana - e todo o seu projeto ruiu. 
Caiu porque não teve peito de botar na reserva as estrelas do diretor de futebol.
Nem o goleiro-ídolo em fim de carreira que, segundo o disse-me-disse na imprensa, o solapava no vestiário porque fora contrariado publicamente pelo técnico quando pedira uma substituição. 
E Ceni, no São Paulo, por tudo que já fez pelo clube, pode não mandar mais que o presidente, mas vá perguntar ao torcedor quem é mais importante.
Abelão foi relapso, Luxa desmedido, Ney tímido.
Terão que remar muito pra conseguir recuperação.
Luxemburgo, parece, terá mais dificuldades.
O mar está muito 'virado' pra ele.
Ninguém mais vai abrir os cofres para seu gosto de manager sulamericano.
Sua fama de montador de times se esvaiu.
Abel, queridinho dos jogadores segundo enquete uol, passa imagem de treinador saciado, sem apetite.
Ney saiu do São Paulo sem acusar, resguardou a imagem de treinador ético em princípio de carreira, estudioso e em quem vale a pena apostar.
Terá que remar menos que os dois mais velhos.
O que os três tiveram em comum?
Trabalharam em três clubes com a política interna em polvorosa.
O Grêmio da transição, o Flu do patrocinador que compete com a presidência, o São Paulo do dirigente, manda-chuva.

domingo, 28 de julho de 2013

CORÍNTHIANS É PATO

De menino, quando um time estava ruim a gente dizia, "é pato".
"Pato" era aquele time fácil de ser batido.
Porque pato não anda direito, não voa direito e nem nada direito.
Nadar, nada um pouco melhor, verdade seja dita.
Assim, outro dia, o Corínthians jogou debaixo de uma tempestade, campo enxarcado, colocou o jogador Pato em campo.
Pato marcou gol, jogou bem.
Pato é mais aquático do que gramático.
Quando a grama está seca ele não joga bem.
Hoje, contra o São Paulo, nem o Corínthians nem o Pato jogaram bem.
E empataram com o São Paulo.
Um zero a zero de doer nos olhos.
Tite, técnico dos alvinegros explicou, falou, falou até bonito.
Mas não convenceu.
Autuori também.
Autuori fala melhor do que treina.
Estava visivelmente feliz com o empate que conseguira frente ao Timão.
Cinco partidas, quatro derrotas e um empate.
Pode ser que eu queime a língua e que o São Paulo se recupere.
Mas acho difícil.
O Corínthians, mesmo atravessando a ressaca da perda de Paulinho, tem melhores possibilidades de fazer boa campanha.
Mas por enquanto "é pato".

RECUOU, DANÇOU. BOTAFOGO MEDROU FRENTE AO FLAMENGO

O Botafogo poderia ser o líder do Brasileirão.
Deixou o Flamengo empatar aos 49 minutos do segundo tempo.
Merecia ter perdido.
Depois de um primeiro tempo onde dominou amplamente, recuou no segundo e ficou esperando oportunidade do contra ataque.
Apareceram algumas dessas oportunidades, mas o time estava sem vontade.
Quem recua demais perde apetite de marcar.
O Botafogo perdeu.
É o castigo de quem joga na traição.
O Flamengo dominou todo o segundo tempo, jogou bolas perigosas na área alvinegra, carimbou as traves, teve dois gols anulados.
Um deles injustamente anulado.
Elias não estava impedido.
Futebol não é justo, é marcado pelo acaso, pelos imprevistos.
Se fosse justo o Flamengo teria vencido.
Seedorf é ótimo jogador, mas tem que ter um time correndo por ele.
Fica passeando em campo.
Na hora de decisões, de jogos que valem mais do que tres pontos, penso que ele não será de muita ajuda.
Naqueles jogos de superação, de grande intensidade, não acredito que ele vá se dar bem.
Quando o Flamengo foi pra cima do Botafogo, impôs velocidade e intensidade, Seedorf apagou.
E o técnico do Botafogo tirou o único jogador que impõe real intensidade no ataque alvinegro.
Vitinho.
Quando Vitinho saiu o rubronegro alugou o gramado do Maracanã.
O nome do técnico do Botafogo? 
Oswaldo Oliveira.
O que mais ele fez?
Colocou em campo um terceiro zagueiro para garantir de vez seu magro um a zero, plum!
Veio o empate.
Gosto quando isto acontece.
Acho detestável se defender abdicando de atacar.
Bem feito, Oswaldo.
Podia estar na liderança.
Está em terceiro lugar.

CRUZEIRO LÍDER

O Cruzeiro precisava de uma série de resultados favoráveis para terminar a nova rodada do Brasileirão na liderança.
Precisava que o Botafogo não vencesse o Flamengo.
O Botafogo empatou, ou melhor, o Flamengo empatou em 1 a 1 aos 49 do segundo tempo.
Precisava que o Náutico vencesse o Internacional.
O Náutico quase goleou, fez 3 a 0 na Arena Pernambuco.
Precisava que o Vitória, ao menos, empatasse com o Coritiba no Couto Pereira.
Ficou 1 a 1.
E, por fim, precisava vencer o Galo de ressaca, que era a parte mais fácil.
E os azuis fizeram 4 a 1.
O Raposão dorme líder com o melhor ataque e o melhor saldo de gols.
Vinte e dois gols marcados e saldo de quatorze.
Quando o Cruzeiro conseguir acertar mais passes, organizar melhor seu jogo sem errar tanto, estará se colocando como candidato ao título.

GALO FICOU DE QUATRO ANTE O CRUZEIRO

Podia ser de mais.
Ficou em 4 a 1.
O Galo entrou com um time de reservas.
O Cruzeiro teve mais de 60% de posse de bola.
Em post anterior antecipei que o azuis deveriam vencer com certa facilidade.
Foi mesmo o que aconteceu.
Com o resultado, o Cruzeiro chegou a 18 pontos e assumiu a liderança, porque o Internacional de Dunga caiu por 3 a 0 diante do Náutico na Arena Pernambuco.
Pode ser ultrapassado na liderança por Coritiba e por Botafogo que jogam às 18,30 contra Vitória e Flamengo, respectivamente.
Ainda que com vitória fácil, o Cruzeiro continua com sérios problemas de passe.
Perde bolas infantis no meio de campo e oferece contra ataques.
O treinador Marcelo não exercita a precisão nos passes.
Telê Santanta ficava muito tempo com os jogadores trabalhando passes.
Dizem que foi assim que Cafu se tornou um lateral que passava bem e cruzava bem e se tornou um dos melhores do mundo na posição.
Com a chegada de Júlio Batista, há esperanças de que isso melhore.
Acho difícil.
Júlio Batista é mais um jogador impetuoso do que um passador, aquele jogador que consegue organizar o time.
De impetuosos o Cruzeiro está bem servido: Nilton, Ricardo Goulart, Tinga, Souza, Leandro Guerreiro.
Wiliam, ex-Corínthians, estreou.
Entrou do lugar do ótimo Vinícius Araújo no meio do segundo tempo.
Sua atuação foi apagada.
O Cruzeiro já não se importava mais em atacar e o Galo ficou todo na defesa, temendo uma goleada maior.
Ceará voltou bem na lateral substituindo o ótimo Mayke que se machucou.
Mesmo com sua crônica deficiência na troca de passes o Cruzeiro está se mantendo na ponta.
Até quando, não se sabe.
Talvez sua posição na tabela deva-se a que a troca de passes seja o "calcanhar de Aquiles" de todo o futebol brasileiro.
O time azul parece saber o que fazer em campo, bem distribuido e tal.
Mas embora saiba "o que" fazer, não sabe "como" fazer".
Se fosse treinado pra trocar passes com eficiência seria um grande time.
Hoje é dia da torcida cruzeirense fazer festas.
Buzinaço, gritaria, cantoria.
Foguetório.
Colocar o Galo de quatro na mesma semana em que o rival teve uma conquista extraordinária, a Libertadores, está sendo um alívio para o torcedor azul.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

CRUZEIRO CONTRA O GALO DE RESSACA

Domingo vai ter um Cruzeiro e Atlético, valendo três pontos para os quais o Galo não está nem aí.
Acabou de ganhar a Libertadores.
Vai colocar em campo um time reserva.
Mas os reservas também estão de ressaca.
Tanto os que entraram no decorrer do jogo contra os paraguaios, quanto os que ficaram no banco.
É quase certo que o Cruzeiro vença o jogo.
Vai contar com todos os titulares, está jogando bem e precisa muito dos três pontos para se manter no G4.
O Atlético vai tentar se recuperar depois, mais adiante, quando o ânimo voltar.
Se voltar.
Vai dizer: "o campeonato nacional servirá de preparação para a disputa do mundial".
Assim, mais adiante, vai se aplicar um pouco,  procurar uma posição honrosa, no meio da tabela.
Times brasileiros ainda são orientados pela Corte Europeia, pela nobreza branca.
Na Europa a disputa do torneio continental não implica em descaso com o nacional.
Aqui os times têm seus jogos nacionais adiados nas semanas das disputas da Libertadores para que possam ficar descansados à espera dos adversários.
Lá, os times que venceram a Champions, disputaram as ligas nacionais com o mesmo empenho. Temporada passada, o Bayer venceu o campeonado da Bundesliga e a Champions. 
Aqui, todos os times que venceram a Libertadores passaram longe do título.
Deixaram de lado esta "disputa doméstica" sem o menor constrangimento.
O Galo já está sonhando com o Bayern do mesmo modo que o Corínthians sonhou com o Chelsea e o Santos com o Barcelona.
Um absurdo.
Mas a colônia funciona assim.
A própria Confederação acha que isto é o certo.
Que a Libertadores é mais importante que o nacional.
Desse modo, na disputa do título de 2013, apenas um time mineiro estará se empenhando.
O Cruzeiro.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A PARTIR DE HOJE A CAMISA DO GALO FICOU MAIS PESADA

Está uma algazarra nas ruas de Belo Horizonte.
Foguetório.
Buzinaço.
Gritos de Galo.
Hoje e ontem foram emendados e se encaminham para emendar-se com amanhã.
O Galo é Campeão da Libertadores.
Cuca deixou de ser um azarado.
Depois de 42 anos, ele levou o Galo ao seu segundo título importante.
Meu falecido amigo Roberto Drumont, escritor e cronista esportivo, escreveu para o clube do seu coração uma frase famosa: "Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento". 
A partir de hoje nenhum deles precisa mais se preocupar.
Hoje a camisa alvinegra ficou mais pesada.
Roberto diria: "Hoje a camisa do meu time venceu o vento".

SE O GALO VENCER, ATÉ VELÓRIO DE ATLETICANO VAI VIRAR FESTA

Aqui do 6º de Alagoas com Cláudio Manoel, posso ouvir a algazarra de atleticanos.
A expectativa do jogo decisivo contra o Olímpia paraguaio toma conta da cidade.
Ainda são 17 horas e há cantoria desenfreada nas adjacências.
Ruídos que vêm desde a praça da Savassi, da Liberdade.
Ecos da Afonso Pena.
"É hoje o dia..."
De repente irrompe um foguetório.
Fumaça subindo no meio das árvores, repartindo a Serra do Curral.
Uma bomba explode seguida por um berro de "Galo".
Buzinaço.
Carreatas.
Um frenesi de gritos, risos, acelerações súbitas.
Até os passarinhos estão piando diferente.
Teve começo de briga quando um chegou na janela e insultou atleticanos.
Tacaram foguete pra dentro da casa dele.
A cidade está fervendo em preto e branco para o jogo de logo mais no Mineirão.
Nas casas... tenho notícias de famílias que se reúnem, chamam amigos, preparam uma festa para a hora jogo, antes e depois dele.
Há festas para secar também.
Rômulo Duque, produtor cultural, virá para minha casa hoje.
A família dele está viajando.
Como assistir um jogo desses sozinho em casa? 
Ele, que é atleticano, virá assistir o jogo no meio de cruzeirenses que vão secar do princípio ao fim.
Canca, minha mulher, não se conteve no primeiro jogo.
A cada gol do Olímpia corria à janela e berrava "Chuuuuuupa Galo".
E soltava estrondosas risadas.
A risada ecoava pela Savassi sobre o silêncio murcho dos galistas.
Virão filhos, noras, amigos para a secação.
Todos cruzeirenses.
Hoje Rômulo vai sofrer demais.
Há cruzeirenses que comemoram mais as derrotas do Galo que as vitórias do Cruzeiro.
Se o Galo for campeão, o hoje emenda com amanhã e depois.
Ah, sem dúvida que emenda.
O frenesi cresce.
Se o Galo for campeão da Libertadores, defunto que se prepare. 
Até velório de atleticano vai virar festa.

O ATRASO DO TÉCNICOS DE FUTEBOL NO BRASIL

Gerardo Martino é o novo técnico do Barcelona.
Abel Braga, técnico do Fluminense, no programa Bem Amigos, foi perguntado por que técnicos brasileiros sequer são cogitados para dirigir times europeus.
Respondeu: "Porque o Martino é argentino e foi indicado pelo Messi".
Uma resposta terrível.
Primeiro porque lança dúvidas sobre a competência do treinador escolhido.
Segundo porque revela o baixo nível dos técnicos brasileiros.
Um certo rancor.
"Não trabalhamos na Europa, porque não temos pistolões".
Dezenas de técnicos da América espanhola trabalharam e trabalham na Europa.
Têm mercado lá.
Os técnicos brasileiros, não.
Os técnicos brasileiros não têm mercado sequer em Portugal.
Por quê?
Acredito que não há um motivo só.
Um deles é que não abrimos espaços para técnicos europeus ou latino-americanos no Brasil.
Fazemos aqui uma reserva de mercado que é danosa.
Temos uma cultura avessa ao intercâmbio.
"Não temos a aprender nada com ninguém".
Outro motivo é que, culturalmente, nossos técnicos não são bem preparados.
Creio que foi Menotti  quem disse: "Aquele que só entende de futebol, nem de futebol entende".
Os técnicos brasileiros - a maioria absoluta - só entende de futebol.
Quando muito têm uma graduação em educação física.
Pós graduação? Mestrado? Doutorado?
A maioria talvez nem saiba do que se trata.
A distância cultural entre argentinos e uruguaios em relação aos brasileiros e muito grande.
Sem intercâmbio e culturalmente menos preparados, os técnicos brasileiros certamente estudam menos.
Assim, não se atualizam.
Quando estão muito atrasados e há uma grita geral, procuram copiar o o modo de jogar das equipes mais destacadas do mundo.
Mas não há um só técnico brasileiro que seja levado a sério no mundo por suas idéias sobre futebol.
E isto se reflete no futebol jogado no Brasil.
Um futebol lento, taticamente atrasado, de pouca intensidade.
Newell's e Olímpia - times que têm valores individuais inferiores ao times brasleiros como Galo e Flu - jogam um futebol melhor.
São treinados de modo mais eficiente.
Tata Martino foi para o Barcelona.
Nem Cuca nem Abelão foram sequer cogitados.
Os técnicos brasileiros, hoje, estão num nível mais baixo que os argentinos, uruguaios, talvez até dos paraguaios e dos mexicanos.
É preciso abrir o mercado de técnicos no Brasil para profissionais estrangeiros.
É preciso arejar o futebol brasileiro.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O MAL É QUE OS CLUBES BRASILEIROS SÃO AMADORES

Há comandantes que  ficam anos e anos no poder, atuantes, atualizados, construindo sempre.
Bem sucedidos.
Queridos.
A rainha Elizabeth está no trono há 63 anos, a rainha Margarida da Dinamarca há 40 anos, Juan Carlos da Espanha há 36 anos, a rainha Beatriz há 31 anos na Holanda...
Tudo bem, são reis, não têm muito o que fazer além de manter a pose, a pompa... a tradição.
Alan Greenspan, no entanto, um plebeu,  foi presidente da Reserva Federal do EUA por 20 anos.
Cheio de moral.
Quando pisou na bola foi posto pra fora.
João Paulo permaneceu Papa por 27 anos.
Steve Jobs ficou 15 anos no poder à frente da Apple.
O presidente da Hyundai está há 15 anos no poder, Frank Chapman do BC Group há 14, Gareth Davis da Imperial Tobacco há 18 anos, Benjamim Steimbruck há 11 anos, John Chambers da Cisco há 18 anos,  Florentino Perez do Grupo ACS há 18 anos, Fujio Matarai da Canon há 19 anos... e centenas de outros comandantes.
Milhares.
Henry Ford ficou mais de 40 anos à frente da Ford Motor.
Sir Alex comandou o Manchester United por mais de 20 anos, Arsène Wenger do Arsenal está há mais de 15 anos no cargo, David Moyes após 11 no Everton vai substituir Fergusson.
O problema não é o tempo de permanência no poder, é quando o exercício daquele poder deixa de fazer bem à empresa, ao país, ao clube.
Se o empreendedor, CEO, dirigente ou técnico está fazendo bem o seu trabalho, ótimo.
O problema não é a longevidade em si.
As democracias modernas tentam preservar a boa administração estabelecendo alternância no poder através da organização de eleições de tempos em tempos.
Não é ruim. 
Impede que um mesmo governante fique no poder por mais de 4 ou 8 anos conforme o país.
Mas tem um fraqueza terrível. 
Não estabelece alternância de partidos.
O PRI, lá na terra do Tijuana, ficou no poder por décadas e décadas.
No Brasil, se Dilma for reeleita, o PT ficará no poder por 16 anos.
Nos clubes e nas federações é a mesma coisa.
Podem mudar os nomes, mas as constelações tendem a permanecer indefinidamente.
E permanecem.
Havelange, Teixeira, Marin, Marco Polo.
As empresas funcionam melhor.
Elas têm que apresentar resultados positivos ou vão à falência.
Um país, uma estado, uma cidade, um clube amador (como são os clubes brasileiros), uma federação quebram, mas não vão à falência.
Aí é uma festa.
Uma festa triste.
Juca Kfouri diz no seu post de hoje que "o mal que hoje assola o São Paulo de Juvenal Juvêncio, em seu terceiro mandato, é o mesmo que já assolou o Flamengo de Márcio Braga, o Corinthians de Alberto Duailib, o Palmeiras de Mustafá Contursi, o Vasco de Eurico Miranda, o Cruzeiro dos Perrelas, todos os clubes cujos presidentes quiseram se eternizar e acabaram por destruir suas biografias como vencedores".
Não é.
O mal é que os clubes não quebram.

A CAMISA PESADA DO OLÍMPIA CONTRA O GALO DOIDO

Olímpia e Galo vão se bater pra ver quem  enfrentará o Bayer no mundial de clubes da Fifa. (Só uma zebra africana ou dona Guadalupe poderão impedir este embate.)
Amanhã, quarta-feira, 24 de julho.
Mineirão.
O coro de 60 mil atleticanos está preparado.
O grande estádio também.
Ele amplifica o som como nenhum outro no Brasil, reboa, ensurdece.
O Independência fará falta?
Pode ser.
Mas nenhum time latino tem a experiência de jogar num estádio como o Mineirão.
Pode ser uma vantagem.
Os times latinos jogam em estádios mais acanhados.
O grande estádio dos mineiros, lotado, é um espetáculo colossal.
Amedrontador.
Inebriante.
O Olímpia venceu o primeiro tempo da disputa por 2 a 0.
Venceu jogando bem, com garra, determinação e a mística de uma camisa pesada.
Muito pesada.
Três Libertadores e um Mundial.
Vai pisar a grama mineira com respeito. 
Sabe do clamor da grande torcida alvinegra, mas sabe de ouvir falar.
Não tem a experiência do clamor que amanhã à noite se abaterá sobre eles.
Futebol é um jogo psicológico.
Também.
O Atlético precisa que jogar bem.
Jogar bem e ser o Galo Doido junto com seu torcedor.
Se conseguir isso, conseguirá o título.
No Paraguai perdeu porque jogou mal.
Vem jogando mal desde o primeiro encontro com o Tijuana, no México.
O Olímpia confia no seu jogo defensivo e no seu contra ataque.
Abel disse ontem no programa Bem Amigos que o Galo precisa ganhar porque o Olímpia não merece ter chegado onde chegou.
Tolice.
O Olímpia mereceu e merece estar onde está.
Tem bons jogadores e é bem treinado.
Comentaristas brasileiros teimam em dizer que time por time o Atlético é melhor.
Não é.
São times iguais.
O Galo tem alguma superioridade individual, o Olímpia tem padrão de jogo mais sólido.
A decisão será pau a pau.
A Camisa Pesada contra o Galo Doido.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

JÚLIO BATISTA NADA ACRESCENTA AO CRUZEIRO

O Cruzeiro deixou passar a oportunidade de trazer o argentino Gago.
Agora está querendo trazer Júlio Batista.
Gago preencheria a lacuna no meio campo azul.
Ele sabe passar, dar um passe.
Os outros não sabem.
Montillo também não sabia.
Éverton Ribeiro muito menos.
Diego Souza idem.
Julio Batista, pior ainda.
É apenas aguerrido.
Aguerridos já temos o Luan, o Nilton, o Guerreiro, o Ueliton, o Tinga.
Se o impedimento legal não deixar que ele assine contrato, melhor para o Cruzeiro.
E Júlio tem sérios próblemas de contusão. 
Nos últimos dois anos talvez não tenha feito 40 jogos.
Há bons meiocampistas na América do Sul e Concacaf.
Mas os dirigentes brasileiros preferem olhar o que não deu certo na Europa.
O que deu certo não volta, a não ser para encerrar carreira ou por um capricho, como o de Seedorf.
Descaso e preconceito em relação aos nossos vizinhos.
Se não for isso, é falta de informação.
E agora é tarde.
A janela de contratações para estrangeiros fechou.
Melhor vasculhar a segunda divisão.
Ou dar uma chance para o Bruno, meiocampista da base.
Júlio Batista não resolverá o problema que aflige os azuis.
Melhor que não venha.

domingo, 21 de julho de 2013

A VERDADE ABSOLUTA NO FUTEBOL

O Vasco ganhou do Flu por 3 a 1 na reabertura do Maracanã para clubes.
Depois da surpreendente vitória, um comentarista da Globo dizia com toda certeza: "Existe um único responsável pela vitória do Vasco. Chama-se Juninho Pernambucano".
O comentarista é PC Vasconcelos.
É dono de verdades absolutas.
Disse outras grandissíssimas verdades, mas esta foi a que ele mais fez questão de ressaltar.
Como se o resultado de um jogo coletivo fosse obra de um único jogador.
Juninho, é verdade, contribuiu com uma boa atuação e com um gol.
Fred, o melhor jogador do Flu, foi expulso no meio do primeiro tempo quando o Vasco tinha 1 a 0.
Fred agrediu um adversário com uma cotovelada no rosto.
Bem expulso.
Mesmo com dez, o Fluminense era melhor, levava perigo ao gol do Vasco mais vezes.
O Vasco conseguiu retornar alguns jogadores como Eder Luis e Tenório.
Colocou um trio que corre muito - Sandro Silva, Wendel, Pedro Ken - para deixar Juninho menos sobrecarregado.
E na frente o Eder  - um atacante veloz - e André, como centroavante.
Juninho tinha a quem lançar e também podia chegar ao ataque.
Mas não fosse a expulsão de Fred - um imprevisto como tantos que ocorrem no futebol - o próprio primeiro tempo que terminou 1 a 0 Vasco poderia ter outra placar.
No primeiro minuto do segundo tempo André fez 2 a 0.
E aos 10 minutos Carlinhos diminuiu para 2 a 1.
O Fluminense atacava mais, mesmo com um jogador a menos, até que Digão derrubou André e foi expulso. 
Com dois jogadores a menos o Flu sofreu um gol na cobrança de escanteio.
3 a 1.
O Flu de Abelão - ontem falei aqui que ele já não é mais tão querido pelo torcedor - deu boa ajuda à verdade absoluta de PC Vasconcelos.
Fred e Digão também contribuíram.
Dorival fez a sua parte ajeitando o time.
E Juninho jogou bem.
Estão para entrar no time o Guinazu e o Montoya.
Talvez o maior problema do Vasco fosse o Autuori.
Agora o problema está com o São Paulo.

ABEL x DORIVAL, O ROTO CONTRA O ESFARRAPADO

Abelão e Dorival se pegam hoje à tarde no Maracanã.
Um está roto.
Outro esfarrapado.
O Vasco - abandonado por Autuori - conseguiu se reforçar (?) com Juninho Pernambucano (40), Guinazu (40), Fagner que voltou da Alemanha e Montoya - um meia colombiano que jogava na Argentina e dizem que é muito bom. 
Como fazem falta no Brasil os bons meias, hein?
Dorival, mesmo na zona de sofrimento, deve estar se sentindo melhor.
Abel, não. 
Está perigando cair no Fluminense.
Tem até proposta do Mundo Árabe - seja lá o que isto queria dizer.
Não é mais unanimidade.
O time não se reforçou e ainda perdeu jogadores.
Deco em fim de Carreira, uma defesa insegura, um goleiro que foi bem ano passado, mas que agora está mal.
De ano pra ano o time tem que ser mexido.
Se não faz isso, fica previsível.
Tem três vitórias e quatro derrotas - três delas, consecutivas, nas últimas rodadas.
O Flu não se renovou em nada.
Quem não sabe como joga o Flu?
Um avanço do Carlinhos, um chute de Fora do Sobis, Wagner levantando bola na área para o bom Fred, Deco...
Deco disse que no fim do ano deixa de jogar.
O jogo mesmo já o deixou.
Mas não é fácil pra nenhum grande jogador apartar-se do que foi a razão da vida pela meninice, juventude e maturidade.
Se jogarem Juninho Pernambucano, Guinazu e Deco será um clássico da saudade.
Reabrindo o Maracanã para o campeonado brasileiro.
Apropriado.

DUNGA CONTRA MANO: O BRABO CONTRA O ENSABOADO

Será o brabo contra o ensaboado.
Dunga e Mano Menezes à frente de Inter e Fla vão se enfrentar pela primeira vez. 
Em comum a terra gaúcha e a passagem de ambos pela seleção.
Fora disso, a história pessoal de Dunga é muito mais rica.
Dunga 49, Mano 51. anos.
Há rumores de que os dois pretendem voltar à seleção.
Aqui no Brasil, comandar seleção de confederação é importante.
Nos principais países da bola, só treinadores em fim de carreira ou sem perspectivas em bons clubes se dão a esse desplante.
Não se vê um Guardiola, Mourinho, Alex Ferguson procurando vaguinha em junta-junta.
Aqui é um briga de foice.
Querem porque querem e pronto. 
Gosto do modo como Dunga está montando o Inter.
Na partida contra o Cruzeiro o time impressionou.
Mas teve resultados ruins, inesperados.
O Flamengo tem alguns bons jogadores - Elias, Gabriel, Paulinho, Moreno.
Nenhnum deles é craque, mas são bons jogadores.
Deve brigar no meio da tabela.
O Inter briga na cabeça.
Penso que será um jogo onde o Inter jogará duro na defesa e sairá forte no contra ataque.
E o Flamengo irá tocando a bola, tentando envolver.
O brabo contra o ensaboado.

A CAMISA AZUL ESTRELADA COMEÇOU A SE IMPOR

Tres a zero contra o São Paulo em pleno Morumbi.
Com público pequeno.
Onze mil pagantes, sendo que dois ou três mil eram azuis.
O São Paulo começou jogando mais consciente, não era aquele time apalermado de outras vezes.
Mas o Cruzeiro era mais agudo.
Sem Diego Souza as jogadas saíam de um jogo jogado.
Se o time não errasse tantos passes, se tivesse um meiocampista que não fosse não inconstante quanto o Éverton Ribeiro... se... se... se...
Eu até poderia dizer que o Cruzeiro tem chances de título.
A saída de Diego Souza fez bem ao time?
Parece.
Ficou menos lento.
Menos previsível.
O São Paulo teve mais a bola no primeiro tempo.
Mas não criou chances de gol.
O Cruzeiro poderia ter marcado uma ou duas vezes.
Vinícius Araújo está se firmando.
Borges vai ter que lutar muito para recuperar a camisa nove.
No segundo tempo o São Paulo teve boa chance com Aloísio.
E foi só.
Logo depois, em cruzamento de Mayke que anulou o melhor atacante paulista, o Osvaldo, Luan acertou belo chute sem deixar a bola cair.
Lindo gol.
Rogério Ceni ficou sem ação.
Estará entre os belos gols da semana.
O São Paulo descontrolou-se.
Autuori ficou ainda mais cabisbaixo do que já é usualmente.
Mão no queixo, olhar no chão como se dissesse: "Vejam como estou sofrido, amargurado".
Martinuccio entrou no lugar de Everton Ribeiro e Lucca substituiu Ricardo Goulart.
Como Martinuccio tem melhor passe que Everton, em duas jogadas que passaram por ele e pela esperteza de Vinícius Araújo, o Cruzeiro fez 3 a 0.
Mais dois belos gols de Luan, o escorraçado Luan que saiu humilhado do Parque Antártica.
Não é craque de habilidades.
Mas é jogador que auxilia demais na defesa pela esquerda, recompõe de verdade e hoje mostrou que o gol não fica pequeno pra ele na hora de decidir.
Três gols.
Tripleta.
Um chapéu de três bicos.
Acontece raramente e com alguns raros jogadores.
Antes do jogo imaginei que o Cruzeiro dificilmente venceria em São Paulo.
Engano total.
Venceu quase com facilidade.
Inverteu a freguesia de 17 anos sem vitória no brasileiro.
Nem aquele time de 2003 conseguiu vencer o tricolor.
(Embora este tricolor seja um dos piores que já passaram pelo Morumbi.)
A defesa está melhorando.
Ainda não consegue formar uma linha de quatro e depois outra. 
Compactar bem.
Deixa espaços.
Um jogador que está na primeira linha de defesa, avança para combater um atacante passando pela segunda linha. 
Deixa um vazio perigoso.
Falta treino.
Egídio precisa parar de fazer faltas tolas.
Dedé está recuperando seu melhor jogo.
Mayke vai se revelando de verdade.
Fez um desarme hoje, por trás, quando Osvaldo disparou com a bola área adentro que foi digno dos melhores zagueiros.
Limpo e preciso travando a bola, saindo com ela.
Osvaldo desabou impotente.
Foi o grande momento de Mayke. 
É futuro grande lateral brasileiro.
Tomara consiga entregar tudo o que promete.
Se o Cruzeiro conseguir um meiocampista capaz de organizar o time sem a inconstância e os enervantes erros de passe de Éverton Ribeiro, poderá sonhar com o título.
Sonhar pelo menos.
A camisa azul começou a se impor.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

UM CAMPEONATO COM ESTRELAS QUARENTONAS

As principais estrelas do campeonato brasileiro são veteranas
Seedorf(37), Dida (39), Rogério Ceni(40), Juninho Pernambucano (38), Juan (34), Lúcio (35), Zé Roberto (39), Luis Fabiano (32), Forlán (34), Ronaldinho Gaúcho (33), Deco (35), o grande Alex (35).
Fora os que não são estrelas, mas estão em boa conta nos times como Gilberto Silva (38), Cris (36), Paulo Bayer (38), Deivid (33) e mais uma extensa lista de trintões que inclui o Fred.
Há, também, algumas estrelas latinas como Montillo, D'Alessandro, o primo do Messi, Scocco que está chegando, Marcelo Moreno, Martinuccio, Barcos, Eduardo Vargas, Nicolás Lodeiro...
De talentos brasileiros jovens temos Bernard, Dedé, Otávio que começa a aparecer no Inter, Dória, Pato, Vinícius Araújo e Mayke que começam a se mostrar no Cruzeiro, uns dois meninos do Santos, Damião que parece já deu no teto e está indo embora pra Itália, Gabriel que pode vingar no Flamengo, o lateral Bruno do Flu, Talisca do Bahia que é um jogador diferente... quem mais?
O Brasil agora tem ótimos estádios.
As rendas vão melhorar.
O dinheiro da TV subiu.
Por que os nossos melhores continuam indo embora pra Europa e para trás da Cortina de Ferro?
Pra Europa é até compreensível... mas para a União Soviética?
Eu sei que acabou a União Soviética, mas a cortina de ferro continua pendurada lá na entrada da Europa Oriental.
Jogador vai pra lá e some.
O que falta aqui?
Salário não é... 
No Brasil, os bons jogadores ganham muito bem.
Vergonhosamente bem até, em relação aos que ganham pouco no próprio futebol.
Transmissão da TV?
Sim.
É péssima.
A transmissão dos jogos pela TV Globo é de uma qualidade técnica paupérrima.
Basta comparar os jogos da Copa das Confederações com os do campeonato Brasileiro transmitidos pela TV Globo para notarmos o abismo tecnológico.
E nossos locutores têm o desplante de falar em "show de imagem", dando à palavra "show" características de altíssima técnica e altíssima arte.
Ora, o "show" da Globo é mequetrefe.
Talvez aí resida alguma coisa.
A transmissão da Globo não vende o campeonato brasileiro pra lugar algum.
Não interessa a ninguém aquelas pobres imagens.
Os jogos também são ruins.
Os juízes travam o jogo, inventam faltas... 40 ou 50 por jogo.
E nossos comentaristas deliram: "Tem que marcar, controlar o jogo!!!"
Uns idiotas.
Quem dá conta de ver um jogo que não flui como esses do campeonato brasileiro?
E jogadores simulando faltas?
E treinadores reclamando da arbitragem?
Eles não se dão conta de que junto com a TV, com os atletas e com os juízes, estragam o espetáculo.
E também com os dirigentes que fazem um campeonato cujo ciclo março/dezembro difere de todos os outros campeonatos do mundo.
Só eles estão certos.
Lá se vão as nossas melhores promessas e talentos.
Voltam para cá aqueles que querem encerrar a carreira.
Vamos chegar ao campeonato sub 40?

O CRUZEIRO VAI TIRAR O SÃO PAULO SAIR DA CRISE?

O Cruzeiro é o quarto colocado do Campeonato Brasileiro - com 12 pontos na tabela.
Formou um time mediano e quer brigar pelo título nacional. 
Para isso tem que fazer como os últimos campeões: ser um mandante efetivo e conquistar muitos pontos fora. 
Com 10 pontos adquiridos dentro de casa não está mal.
Fora, conseguiu apenas dois. 
Empates com o Furacão e Portuguesa e uma derrota pro Botafogo. 
Vinte e dois por cento de aproveitamento.
Com esse aproveitamento nenhum time conseguiu até hoje classificar-se para a Libertadores.
Sábado, diante do São Paulo em crise, técnico e dirigentes pensam em melhorar o aproveitamento.
Não será fácil.
O Cruzeiro tem larga margem de derrotas frente aos bambis.
Nove anos sem ganhar.
Longuíssima seca.
Estas coisas acontecem no futebol.
Há times cujo jogo encaixa com o jogo de outros times.
O do Cruzeiro não encaixa com o do São Paulo.
Os paulistas mantêm dezessete jogos de invencibilidade.
Mesmo perdendo os últimos jogos, dispensando técnico, o São Paulo tem o que o Cruzeiro não tem.
Um bom jogador no meio de campo.
Jadson (além do instável Ganso, de Maicon e outros).
O Cruzeiro não tem um só bom jogador naquele setor.
Tinha o Diego Souza que foi vendido aos russos.
E não era bom jogador.
O último bom jogador de meio do Cruzeiro foi o Ramires.
Antes deles, onze anos atrás, o Alex.
Com Alex, o time foi campeão da Tríplice Coroa.
Com Ramires foi finalista na Libertadores.
Nos outros anos, sem um bom meiocampista, rondou a zona de rebaixamento ou a sulamericana.
O Cruzeiro só é melhor que o São Paulo na defesa.
Fábio, Dedé e Mayke fazerm a diferença.
Mayke se melhorar o passe - coisa em que todo time é ruim - pode ter uma bela carreira.
Pode pensar em seleção, em copa do mundo.
O meio de campo dos bambis é melhor.
O ataque também, com Luis Fabiano e Osvaldo.
Pode ser que a torcida paulista vá a campo para torcer contra o próprio time.
É a chance do Cruzeiro vencer.
Talvez a única.
Futebol por futebol o Cruzeiro pode, no máximo, empatar.
É mais provável, pelas estatísticas e pelo time, que perca o jogo e tire o São Paulo da crise.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A TORCEDOR E O MEDO DOS JOGADORES

Não há, que eu saiba, um estudo sobre a influência do torcedor no desenvolvimento de uma partida de futebol.
A bola é igual para os dois times.
Só a bola.
Tudo o mais, difere.
O campo do mandante, por exemplo, é mais conhecido por ele do que pelo adversário. 
O jogador é acostumado àquele campo, não só às suas dimensões, mas a pontos de referência externos, físicos, a determinado colorido, uma pilastra, a curva ou ângulo da arquibancada, o desenho de sombras do sol ou dos refletores, os desníveis da grama, etc.
O juiz, ainda que idealmente neutro, é influenciável.
Não há pesquisa feita por uma universidade para comprovar o que se sabe pela "boca do povo", mas a tendência é que ele apite mais favoravelmente ao time da casa.
Daí o apelido de "caseiro" àquele juiz mais suscetível de favorecer ao time mandante.
O juiz e os jogadores agem fortemente influenciados pela torcida?
Em que circunstâncias?
Agem apenas marginalmente influenciados pela torcida?
Em que circunstâncias?
Como é que se dá esta influência?
Os visitantes ficam mais temerosos?
Como eles ficam mais temerosos?
Eles percebem que os mandantes ficam mais aguerridos?
Gostaria de saber como os jogadores do Galo se sentiram diante da extraordinária torcida que ontem os amedrontou no Defensores Del Chaco.