quinta-feira, 18 de julho de 2013

O CRUZEIRO PRECISA DE UM JOGADOR DE CRIAÇÃO NO MEIO DE CAMPO

Anos atrás eu poderia dizer que o time precisava de um meia armador.
De um "dez" como se convencionou.
O "dez" foi perdendo espaço no futebol contemporâneo.
O "cinco", hoje, é mais importante que o "dez".
Paulinho, na seleção, é mais importante que Oscar.
Por que?
Porque os espaços diminuíram e é preciso organizar o time por trás das duas compactas linhas de quatro dos adversários.
Entre elas, que é onde atua normalmente o camisa dez, o espaço é diminuto.
Por trás das linhas há mais espaço.
E é neste espaço que Paulinho se criou, se fez importante. 
Tal como Schweinstagger,do Bayer de Munique.
Xabi Alonso.
Xabi.
Gerrard.
Yaya Tourré.
O Cruzeiro não tem ninguém no meio de campo para organizar o time.
Fazer a transição da defesa para o ataque.
Combater e ser o desafogo da defesa quando o time é atacado.
Ninguém no time tem essas características.
Souza e Nilton são volantes que vão à frente algumas vezes e chutam a gol.
Não organizam.
Aliás, precisam de alguém que os organize.
Tinha Diego Souza.
Diego jogava um pouco como Alex fazia no Cruzeiro de Luxemburgo, com 3 volantes protegendo a defesa pra ele criar. 
Os volantes eram Augusto Recife, Wendel e Maldonado.
Alex, sem obrigação de marcar, jogava bem, conseguia boa transição para o ataque.
Era habilidosissimo.
Ainda é.
Diego Souza não tinha e não tem o mesmo nível.
Daí a desoladora incapacidade do time em trocar passes, se organizar em campo.
O Cruzeiro não trouxe Fernando Gago.
O argentino poderia suprir esta deficiência do time.
Todos os times que vão disputar o título deste ano no brasileiro têm alguém de criação no meio campo.
Não necessariamente por trás, pois taticamente o futebol brasileiro está defasado, atrasado em relação aos europeus.
O Corínthians tem os melhores: Danilo, Renato Augusto e Douglas.
O Inter tem o D'Alessandro.
Botafogo tem o Seedorf.
O Santos tem o Montillo.
Mesmo o agora debilitado São Paulo tem o ótimo Jadson.
O Galo tem o Ronaldinho Gaucho, embora ele não seja propriamente um armador.
O Fluminense tem o Wagner e o Deco.
O Grêmio tem o Zé Roberto (que não é um armador de ofício, mas da conta de executar a função).
O Coritiba tem o Alex, o grande Alex.
O Flamento tem o Elias.
Até o depauperado Vasco tem, agora, a volta do ótimo embora velho Juninho Pernambucano.
O Cruzeiro não tem ninguém para organizar o time pelo meio.
Ninguém.
Ninguém mesmo.
Mas pensando bem...
Vi um jogador da base, o Bruno... era o cinco do Cruzeiro com o Alisson que foi para o Vasco jogando com a dez.
Foi eleito o melhor jogador da Taça São Paulo de Juniores ou da Taça BH, não me lembro agora.
Subiram para os profissionais o lateral Mike, o Alisson, o Vinícius Araujo, um zagueiro, mas ele não foi aproveitado.
Era um pouco estabanado como o Toninho Cerezo.
Lembrou-me mesmo o Cerezo.
Negro, esguio, um batidão de ir e voltar sem se cansar.
Já que a diretoria tremeu ante a contratação do Fernando Gago, talvez deva dizer ao treinador da equipe principal: "Dê um chance para o Bruno".
Posso ter me enganado, vi apenas alguns jogos dele entre os juniores.
Mas quem sabe?

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