sábado, 31 de janeiro de 2015

VENCE O FLA E EMPATA O BOTA COM FOLCLORE E ASSALTO

Um começo de campeonato carioca que pouco promete em termos de bom futebol.
O Fla começou com a sua turma do crime organizado invadindo o vestiário do Macaé para roubar frutas e sucos.
Aproveitaram e deram uns murros no goleiro Ricardo Berna do Macaé que correu para o meio do campo com a boca ensanguentada.
Depois desse breve esquenta o jogo começou.
O Macaé não é time de cegos.
Venceu a terceira divisão.
Não é nada, não é nada, é alguma coisa.
E o campeão da terceirona endureceu.
Começou tomando sufoco, recuperou-se, marcou primeiro e os urubus tiveram que voar baixo pra conseguir o empate.
Depois o Macaé ficou com um jogador a mais, pois o goleiro do Fla precisou deixar o campo com um machucão na cabeça que o deixou desnorteado ou desorientado - sem norte ou sem oriente.
Fora do prumo.
Alecssandro, que havia marcado o empate para o rubro negro, foi para o gol, pois Luxa já havia feito três substituições.
Isto ocorreu aos 27 do segundo tempo e o Fla conseguiu se segurar.
Ao final deu empate.
Um a um.
No outro jogo, contra o Boavista, o Botafogo venceu por um a zero.
Joguinho bem micho.
O melhor que aconteceu foi uma caneta do goleiro Jefferson no atacante Anselmo do Boavista, no primeiro tempo.
O ataque do Botafogo é formado por Pimpão e Bill.
Já o Boa Vista tem Jeff Silva, Pagodinho e Faíska. 
Faíska com "k".
Do mesmo modo que Jefferson e Jeff Silva com dois "éfes" e Bill com dois "éles".
Jogo folclórico.

O GALO É FAVORITO NA LIBERTADORES.

Vitor, Leonardo, Jemerson, Marcos Rocha e Douglas Santos.
Donizete, Dátolo e Maicosuel (ou Pierre quando o conservadorismo ataca o Levir)
Luan, Prato e Carlos.
Este o time do Galo que começa jogando a Libertadores.
Apresenta um futebol melhor que os concorrentes brasileiros: Inter, São Paulo, Corínthians e Cruzeiro.
Todos os setores são equilibrados.
O goleiro é seguro e os defensores são muito eficazes.
Até quando vão ao ataque sabem o que fazer, principalmente os dois laterais e o Leonardo Silva.
O meio campo - com o Dátolo jogando demais - é muito presente no jogo.
Donizete cresceu muito no entendimento da função que exerce.
Maicosuel (ou Guilherme quando este deixa o DM) são meias diferentes mas que, por isso mesmo, ajudam o técnico na elaboração de estratégias.
Um veloz e outro cerebral.
Assim, é um meio de campo que defende e que preocupa o adversário, pois marca gols.
Quando joga o Pierre junto com Donizete, formando os malditos dois volantes do velho futebol brasileiro, o time fica previsível, passa a viver mais de ligações diretas - o chamado estilo Galo Doido dos tempo do Cuca, que deu certo com o Jô escorando lançamentos pra Ronaldinho Gaúcho.
O ataque com Luan, Prato e Carlos é bom tecnicamente, veloz e goleador.
E volta na recomposição defensiva.
A transição ataque/defesa e defesa/ataque é a melhor marca do time de Levir.
Funciona perfeitamente.
Funcionou assim contra o Shakthar.
Quando o Atlético joga focado é, praticamente, imbatível para times brasileiros.
No entanto isto nem sempre acontece.
É um time capaz de vencer o Cruzeiro - como no ano passado - sem dar chance de jogo ao adversário e de perder o jogo seguinte para um time mediano como o Goiás. (Não me lembro bem se foi mesmo o Goiás).
Como se trata de Libertadores, acredito que o time jogará sempre focado.
Já o encontro com os times de outros países será duríssimo.
Tecnicamente podemos ser um pouco superiores, mas taticamente eles são melhores, têm uma cultura futebolística recente mais efetiva.
Fazem tudo que o Galo faz com naturalidade e estão fazendo assim por mais tempo.
Temos, no Brasil, uma destrutiva postura de superioridade frente a adversários sul americanos, exceto em relação aos argentinos.
Times como Once Caldas, Atlético de Medelin e tantos outros são solenemente desprezados, coisa que teve origem nas patacoadas da mídia.
Os jornalistas esportivos brasileiros são, em geral, mal informados quanto aos times do continente.
Coisa que se repete dentro do país onde a grande mídia (do Rio e de SP) pouco sabe do futebol em outros estados.
São Paulo e Rio formam a aristocracia brasileira.
Consideram-se a Corte.
A nobreza.
Sua majestade Alkimin I, em relação à falta de água, poderia dizer: "Se não tem água, que o povo beba champanhe".
O desdém claro ao poder dos times dos outros países pode ser terrível para o Galo e para os demais times brasileiros.
Em 2014 foi.
Nenhum brasileiro chegou à final.
E, financeiramente, o Brasil é, sozinho, mais forte que todos os países sul americanos juntos, o que se reflete nos clubes, muito mais ricos que seus vizinhos.
PS: Tardelli foisubstituído por Lucas Prato. A princípio, penso que foi bem substituído.

MARCELO OLIVEIRA, O TÉCNICO DOS 10 VOLANTES

William Farias, Bruno Ramirez, Eurico, Felipe Seymour, Henrique, Rodrigo Souza, Tinga e Willians, este último dispensado do Internacional e recolhido pelo Cruzeiro.
Se contarmos o Souza - o ruivo - que ainda pertence ao clube, os azuis terão nove volantes em 2015.
Nove volantes.
Valeria até colocar um ponto de exclamação depois de "Nove Volantes".
Todos juntos formam elenco de filme de terror.
E juntos não jogam o que Nilton, vendido por ninharia ao Inter, jogava.
Ainda bem que Lucas Silva foi vendido ao Real de Madrid, senão o time teria dez volantes.
Muito bem vendido, vale lembrar, pois é jogador apenas mediano.
Mas lá estão, entre o azuis, 9 volantes.
Parece conta de mentiroso.
Mas não.
É conta de conservador.
Marcelo Oliveira é um técnico conservador.
Talvez o título do livro do Levir Culpi lhe coubesse melhor.
Tão conservador que já levou o Cruzeiro a campo com três ou até quatro volantes.
Nunca com um só.
Jamais cometeria esta heresia.
Marcelo é um técnico da ortodoxia.


domingo, 25 de janeiro de 2015

GILVAN PERRELA, A VOLTA DA MALDIÇÃO

Torcedores pensavam que o Balcão dos Perrela havia ficado longe, esquecido num passado feioso.
Que nada.
Voltou o Balcão de Negócios com o qual o agora senador Zezé Perrela envergonhava os torcedores azuis, e voltou pelas mãos de um antigo auxiliar dele.
Gilvan de Pinho Tavares.
Gilvan desmanchou o time bicampeão.
__ Libertadores? Vamos pensar nisso, não, temos é que faturar.
Assim pensando ele vendeu:

  1. Nilton
  2. Egídio
  3. Ricardo Goulart
  4. Lucas Silva
  5. Everton Ribeiro
  6. perdeu Marcelo Moreno
Com Dedé estropiado (8 meses fora segundo o Dr. Runco) e a venda de Maike que está anunciada, restarão apenas Fábio, Bruno e William.
Olhem só o time bicampeão:
Fábio, Maike, Dedé, Bruno e Egídio
Nilton, Lucas Silva
Ricardo Goulart e Everton Ribeiro
Willliam e Marcelo Moreno
E perdeu ainda, para o Palmeiras, o diretor de futebol que auxiliara na montagem do time bicampeão.

É um desmanche pra nenhum Zezé botar defeito.
Daí o apelido, Gilvan Perrela, como está sendo chamado o presidente dos azuis.

SÓ NO BRASIL AINDA SE JOGA COM DOIS VOLANTES

Quando vemos jogos entre times europeus notamos grande diferença para os jogos entre times brasileiros.
Na Europa os times atacam mais e com mais jogadores.
A razão disso, uma das razões, é que eles não jogam com dois volantes.
Eles jogam com um volante apenas .
Jogando com um volante e dois meias o time fica mais ágil, a saída de bola é rápida.
Com dois volantes é aquele nhén nhén nhén exasperante dos passes laterais, passes de segurança.
E há times brasileiros que jogam com três volantes.
Claro que, usando um volante só, a defesa fica mais exposta e, por isso, o trio atacante tem que voltar na recomposição.
Atacantes brasileiros detestam voltar na recomposição.
Quantas vezes vimos um atacante perder a bola e ficar parado lá na frente? 
Às vezes, quando o time dele recupera a bola, ele não pode ser lançado porque está impedido, tal a preguiça de voltar.
Jogando com um volante, a defesa tem que encostar mais no meio de campo, senão fica desprotegida.
Assim, a mudança de dois para um volante implica que os atacantes devem aprender a recompor e os zagueiros devem fazer defesa alta, ou seja, encostarem no meio de campo.
Isto torna o time compacto, mas exige uma mudança cultural.
E esta precisa ser desencadeada pelos treinadores, mas os nossos estão defasados, são conservadores, um pouco medrosos e até preguiçosos (incrível como a maioria dos treinadores brasileiros são barrigudos).
Mudança cultural é coisa para fortes.
Não será com Marcelo Oliveira, Abelão, Felipão, Muricy que ela vai acontecer.
Talvez Levir Culpi seja o único que apontou este caminho de mudança na cultura do jogo.
Mesmo assim, vira e mexe, lá está ele com dois volantes e sem nenhuma inspiração perdendo partidas impensáveis. 
Vejam a escalação do meio campo de alguns dos times grandes da Europa:
Chelsea: Mikel, Fabregas, William.
Mourinho usa apenas um volante, às vezes o Mikel, outras o Matic e como meias ele coloca Fabregas e William.
Claro que Oscar e Hazard voltam na marcação e recomposição do time.
Até o Diego Costa, volta.
Barcelona: Busquets (ou Xavi), Iniesta e Rakitic.
Luis Henrique coloca apenas Busquets como volante. Iniesta e Rakitic são meias. Messi e Neymar voltam na recomposição. Suarez também.
E assim jogam todos os grandes times europeus.
O Real de Madrid joga com o volante Kroos e os meias Modric e James Rodriguez. 
E Kroos é um excelente meia que está jogando como volante.
O Bayern joga com o volante Alonso e os meias Schweinsteiger e Tiago Alcântara.
Alguém pode dizer que Schweinsteiger já jogou como volante.
Sim, mas jogou também como atacante. 
Mesmo o Shakhtar Donestsk que perdeu mais do que ganhou em sua recente excursão pelo Brasil (2 x 3 Bahia; 0 x 0 Fla; 2 x 4 Galo; 3 x 1 Inter; 1 x 1 Cruzeiro) apresentou um futebol melhor que os times brasileiros.
O Shakhtar joga com um volante só, o Fernando, ex-Grêmio.
O time ucraniano mostrou um jogo consistente, um time compacto, criou várias situações de gol em todas as suas partidas. 
Mesmo contra o Galo, quando perdeu por 4 x 2, criou as mais claras situações de gol (e tomou também uns gols inacreditáveis que ficam entre a sorte e o inusitado) ainda que o Galo seja o time brasileiro mais bem organizado em campo.
Com um volante só, dois meias e um trio de atacantes que voltava na recomposição, o Shakhtar foi muito ágil, trocou passes com rapidez, recuperou muitas bolas.
Gostei mais dos ucranianos (mesmo jogando cinco partidas em uma semana) do que dos brasileiros que ficaram espalhados em campo, sempre com dois voltantes plantados na frente da zaga e demorando na saída de bola, criando poucas chances de gol.
Há variações ao esquema tático 4 3 3 dos times acima.
A Juventus de Turim, por exemplo, joga no 3 5 2, mas com um volante só, o Pirlo, tendo o chileno Vidal e o francês Pogba nas meias.
As variações encontradas na armação tática dos times europeus não contemplam dois volantes.
Isto não acontece também na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Uruguay... na América Latina.
Daí a dificuldade que os times brasileiros enfrentam quando jogam contra os sulamericanos que se habituaram a jogar com um volante, dois meias e com os atacantes que voltam na recomposição.
Os times brasileiros ficam sempre inferiorizados taticamente em todas as partes do campo.
Assim, o Cruzeiro foi desclassificado na última Libertadores.
Assim, o Atlético de Cuca ganhou a Libertadores contando mais com a sorte que com supremacia tática, embora tivesse supremacia técnica.
Assim, também, o Atlético de Cuca perdeu para o Raja africano, sendo superado taticamente.
Assim, o bi-campeão brasileiro, o Cruzeiro, é um time superado taticamente, embora decantado como melhor time em 2013/14.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O QUE ACONTECE NO DEPARTAMENTO MÉDICO DO CRUZEIRO?

Já aconteceram reclamações de jogadores e há desconfiança de torcedores quando um jogador azul se lesiona.
Voltará a jogar quando?
Os profissionais do Departamento Médico nada dizem, ficam mudos.
Informam apenas que o jogador está em tratamento.
Nada sobre o tempo de recuperação.
Têm por norma não se manifestar.
Mesmo quando o uruguaio Martinuccio fez pesadas críticas ao modo como foi tratado, o DM azul não se manifestou.
E Martinúccio ficou um ano inteiro sem jogar.
Tratando-se.
Saiu do Cruzeiro, foi para o Coritiba e voltou a jogar.
Vitorino ficou mais de ano no DM.
Em vão.
Nunca se recuperou.
Foi para o Palmeiras e voltou a jogar.
Alisson estava parado desde o jogo contra o Galo no segundo turno.
Voltou agora aos treinamento de pré-temporada e se lesionou de novo.
Borges ficou inútil para o time na temporada de 2014.
Voltou no final do ano e, mal curado, jogou meia hora e lesionou-se outra vez.
E, por último, o caso Dedé que estava parado desde setembro/2014.
Antes desta parada, o zagueiro ficara um bom tempo em recuperação.
Voltou e, tal qual Borges e Alisson,  teve nova lesão.
De setembro/2014 até fevereiro/2015 o DM azul informou apenas que ele estava em tratamento.
Só agora, seis meses depois da lesão, resolveram que ele devia ser submetido a uma cirurgia.
Seis meses para diagnosticar e apontar a necessidade ou não de cirurgia?
Pois foi isso mesmo.
E vai ficar 8 mais meses sem jogar, segundo o médio José Luis Runco que o operou.
Oito mais seis igual a catorze meses sem vestir a camisa do time em campo.
Ainda bem que foi o doutor Runco quem operou.

domingo, 18 de janeiro de 2015

CRUZEIRO PERDE PARA O LONDRINA NO 1o. JOGO DE 2015

Hoje à tarde, em jogo-treino que inaugurou a temporada 2015, o Cruzeiro perdeu para o Londrina, time da 3a. divisão por 1 a 0.
Perdeu jogando muito mal
Sem criar situações de gol.
Um time sem inspiração, lento, burocrático, cansado.
Leandro Damião comprovou que os arrependidos santistas tinham razão: joga nada.
Júlio Batista, ao lado de Damião, foi lastimável.
Pesadão e sem mobilidade.
Seu contrato vai até julho.
Ele não aguenta jogar mais seis meses.
Infarta, dá um treco, não aguenta.
O meio de campo não teve força, nem velocidade, nem inteligência.
Pedir inteligência é exagerar com Henrique e Lucas Silva em campo.
Depois com William Farias e Felipe Seymour.
Aliás, Felipe Seymour comprovou tudo o que falei sobre ele aqui: não tem futebol para um time da primeira divisão brasileira.
E foi contratado para que Nilton fosse despedido.
A saída de Nilton foi catastrófica para os azuis.
Marcelo Oliveira é um técnico conservador que contou mais com a sorte do que com a ciência nos dois títulos conquistados.
Com a sorte, com bons jogadores, pagamentos em dia e com adversários frágeis.
Sim, é preciso ter sorte.
Sem sorte o camarada não chupa um picolé sem engolir o palito.
Mas o time jogou bem apenas na primeira metade do campeonato de 2013 quando surpreendeu pelo contragolpe veloz de Ribeiro e Goulart e com as bolas paradas para Dedé, Bruno e Nilton.
Depois que os adversários fizeram a leitura daquela jogada rápida o time parou.
Marcelo não tinha mais nada em seu manual de treinador.
O time então passou a viver de individualidades e de bolas levantadas na área, uma coisa antiquíssima que o velho e malvado Yustrich chamava de "cavadinha".
Aí foi fono, foi fono e cabô ino.
Na Libertadores foi um fracasso, pois nela se viu todo o atraso do técnico em sua largura, altura e profundidade.
Times pequenos com o Defensor uruguaio trituraram os azuis.
Tinham um plano de jogo e sabiam como jogá-lo e como alterá-lo.
E o conservador Marcelo Oliveira, na beira do campo, apenas mascava seus pouco higiênicos chicletes.
Mascava de boca aberta como Sir Alex Fergusson, ex-técnico campeoníssimo pelo Manchester.
A única coisa que Marcelo Oliveira e Muricy aprenderam da técnica européia foi aquela nojenta mascação de chicletes.
De boca a aberta.
Hoje, pude ver, mais uma vez que o Cruzeiro se defende mal, faz penosa e lentamente a transição defesa-ataque e ataca sem velocidade, sem um plano prévio, sem imaginação.
Não criar contra um time da terceira divisão é assustador.
No final de 2014, Marcelo deu desculpa que o time jogava mal porque estava cansado e por isso tomou aquele vareio de Levir Culpi, um vareio daqueles de perder o rumo, parecendo jogo de amadores contra profissionais.
Cansaço?
Físico e mental, ele respondeu, pois não é simples ficar na ponta da tabela desde o começo do campeonato.
Para mim, cansaço mental é ficar na zona de rebaixamento.
Ficar no topo da tabela dá é alegria.
Mas tudo bem, vamos lá... cansaço.
Então o time deveria começar 2015 de modo diferente.
Mas não... 2015 mostrou, no primeiro jogo-treino um time ruim, tão cansado ou mais que o time que encerrou 2014.
Tomou vareio de um time da terceira divisão.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

OS NEGÓCIOS DO GALO E DO CRUZEIRO EM 2015

Tardelli indo para a China: péssimo negócio para o Galo. Bom pro jogador e pro time chinês dirigido pelo Cuca. Quando Lucas Prato foi contratado já se tinha como certa a venda do Tardelli. O time vai sentir falta do jogo veloz, mas Levir Culpi pode encaixar outro jogo. Tive muita resistência ao Levir Culpi quando ele voltou ao futebol mineiro. Mas Levir é um técnico que melhorou muito. O largo tempo que ficou na ilha japonesa não foi em vão. Atualizou-se. O Galo, no final do ano, jogou o melhor futebol do Brasil. Levir treinava bem o time, mas substituía mal. Era como se não conseguisse "ver" o jogo. Fazia substituições malucas e perdeu muito jogo assim. Agora, não. Monta bem o time e substitui com precisão. É, hoje, o único bom técnico brasileiro em atividade.
Lucas Prato: ótima contratação. Lucas não tem a velocidade de Tardelli, joga mais cadenciado. Lembra o Danilo (Corínthians) no modo de jogar, embora seja um goleador maior.
Danilo Pires:  Volante. Dizem que é ótimo jogador. Vem do Santa Rita de Alagoas, cujo dono é especialista em descobrir talentos.
Giovani Augusto, voltando de empréstimo: Meia atacante, jogou o campeonato de 2014 pelo Figueirense, mas pertence ao Galo. Marcou o primeiro gol no Itaquerão. É um jogador muito bom. Goleador, habilidoso, veloz. técnico. No final do campeonato seu rendimento foi caindo.
Rever vendido ao Internacional: Bom zagueiro, ótimo nas bolas altas defensivas e ofensivas, embora lento. Jogador muito caro para ficar na reserva, mas não tomaria o lugar do jovem Jemerson que joga muito. Ele ou Leonardo Silva teriam que sair. 
Douglas Santos: contratado no meio de 2014, é ótimo jogador. O clube correu atrás de laterais esquerdos durante anos. Dezenas passaram por lá. Agora encontrou um que assumiu de vez a posição.
Ricardo Goulart: uma venda que não podia ser negada tanto pelo valor que o Cruzeiro vai receber quanto pelo que vai ganhar o jogador. Vai fazer falta. Principalmente o seu ímpeto em campo, a boa colocação no jogo aéreo, o toque de primeira. 
Nilton vendido ao Internacional: O pior negócio de ano. O jogador mais eficaz da campanha do bicampeonato vendido por 4 mi. E agora Marcelo Oliveira quer trazer o Léo Gago para o lugar dele. Jogador mediano que nunca se firmou em time nenhum. Só no Coritiba de Marcelo de onde ele trouxe também o medíocre William Farias. Queria também o Robinho. Marcelo, parece, não gostava do Nilton. Acredito que foi ele o responsável pela péssima venda.
Egídio vendido à Ucrânia: Jogador irregular, que atacava melhor do que defendia, mas estava bem adaptado ao time. Para o seu lugar, fala-se que o chileno Mena (atualmente no Santos) e o baiano Pará (titular do Bahia) poderão chegar.
Marlone transferido ao Fluminense: Era um jogador de quem se esperava muito. Murchou nas mãos de Marcelo Oliveira.
Joel contratado ao Coritiba: É bom jogador o camaronês. Marca gols. Mais veloz que o Goulart, mais habilidoso, menos técnico. Não contem com ele para as bolas aéreas que foi o forte dos azuis em 2014.
Leandro Damião contratado por empréstimo ao Santos: Centroavante às antigas, uma espécie de poste móvel encarregado de trombar zagueiros, aparar bolas para quem vem de trás. Jogador sem velocidade, com pouca habilidade e pouca técnica (capacidade de fazer o jogo), pois não passou por categorias de base, foi do futebol amador para o profissional direto. Tem melhor colocação que Marcelo Moreno que sempre estava onde a bola não ia, mas é menos participativo.
Felipe Seimour, chileno contratado: Meio campista de poucos recursos. Dificilmente se firmará no time. Foi contratado para que Marcelo se livrasse do Nilton. Agora o Cruzeiro não tem nenhum bom volante, apenas os medianos Henrique e Lucas Silva.
Fabiano, contratado à Chapecoense: Lateral direito de poucos recursos. Lento. Atacar e cruzar bolar é seu ponto fraco. Na marcação é mediano. Chegou para que o Cruzeiro venda o Maike ao futebol intaliano no meio do ano.
De Arrascaeta pode vir do Defensor, do Uruguay: Se a contratação acontecer, Ricardo Goulart será bem substituído. De Arrascaeta é ótimo meia armador. Jogador parecido com o Conca. Marca muitos gols, é habil, veloz, inteligente e tem ótima técnica.





segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

DEPOIS DE GOULART O CRUZEIRO VENDERÁ O MAIKE

O Cruzeiro hoje se desfez de seu melhor atacante, o Ricardo Goulart.
Voltou a funcionar o Clube Balcão de Negócios. 
Quando contrataram o Joel do Coritiba eu pensei: aí está a escola Zezé Perrela onde Gilvan se formou.
Funcionava assim mesmo: contratavam um jogador de menor expressão para ocupar como pudesse o lugar de quem seria vendido no balcão.
Não deu outra.
Hoje foi anunciada a venda do Ricardo Goulart.
Foi assim também com o Nilton, o melhor volante do time (contrataram antes uma carroça chilena chamada Seymour).
Foi assim com Egídio (pelo qual o clube só vai receber um agrado por ter servido de vitrine para o jogador e seu empresário).
Para o lugar do lateral, confiaram no Gilson que retornou de empréstimo e subiram um garoto da base.
Começaram os treinos e viram que não dava.
Agora estão meio "barata tonta" atrás do Mena, chileno do Santos (que talvez não venha porque recebeu proposta da Europa).
E o Mena é bem meia boca.
O próximo a sair será o excelente Maike,
Fabiano da Chapecoense veio para o lugar dele.
Fabiano pode ser bom para a Chapecoense, para o Cruzeiro, não.
O time conta ainda com o Ceará que, pela idade, não dá conta de jogar às quartas e domingos.
Três laterais esquerdos? Nem pensar.
A vinda de Fabiano aconteceu apenas pra colocar o Maike no balcão.
Irá pro futebol italiano.
Quando trouxeram o Manoel, pensei: Dedé vai pro balcão.
Só não foi porque o joelho bichou e ele ficará seis meses no DM.
Irá mais tarde.
Lucas Silva, este, sim tinha que ser passado à frente pelo dinheiro que oferecessem, pois é jogador que dificilmente se firmará na equipe titular.
O Cruzeiro está tentando fazer o time chamado de "bom e barato".
Com a saída próxima de Dagoberto (que nem devia ter vindo) e de Júlio Batista (no máximo em junho) o time ficará barato mesmo, lembrando que Moreno e Borges (salários altos) também já se foram.
Não ficará bom, mas ficará bem mais barato.
Títulos em 2015?
Esqueçam.


MANUEL NEUER OU CRISTIANO RONALDO?

O goleiro Manuel Neuer da Alemanha apresentou a única novidade tática da copa.
Não foi só o goleiro que também joga com os pés.
Foi o goleiro-zagueiro. 
Isto fez uma grande diferença.
Modificou o comportamento tático da equipe.
Permitiu que a Alemanha subisse todo o time quando atacava.
Com a nova função, postou-se nos limites de sua grande área, muitas vezes para além dela.
Quando atacava, a Alemanha colocava os zagueiros na linha do meio de campo e corria o risco de tomar nas costas deles.
Atrás do zagueiros, o último zagueiro: Neuer.
Temos bons goleiros no Brasil.
Temos goleiros habilidosos com a bola nos pés dentre os quais Rogério Ceni se destaca como goleador, mas ainda temos o Jefferson, o Fábio que dá seus dribles, Júlio Cesar.
Em geral os goleiros brasileiros jogam bem com os pés.
Mas se limitam a esta habilidade.
Não jogam taticamente como Neuer faz.
O posicionamento e o jogo de Neuer permitem que a Alemanha e o B.Munique ataquem com mais jogadores.
Daí as goleadas.
E para pegar com as mãos, para sair do gol, Neuer é uma potência.
Ele domina a sua grande área.
Nunca vi um goleiro não confiável quanto ele.
Alto, muito alto, fortíssimo, habilidoso, ágil - um gato - e atento, ligado no jogo o tempo todo. 
Tão superior a todos os outros que jogam atualmente que nenhuma comparação é possível.
Se hoje, todavia, ele for escolhido como Melhor Jogador de 2014 será uma injustiça com Cristiano Ronaldo que jogou muito antes e depois da copa. 
Se Cristiano for escolhido como Melhor Jogador de 2014 será uma injustiça com ele que jogou muito antes,  durante e depois da copa.
Torço pelo Neuer.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A OBSCURA VENDA DE NILTON AO INTERNACIONAL

O Cruzeiro se desfez de seu jogador mais eficiente: Nilton.
Preferiu ficar com os ineficazes Wiliam Farias, Henrique, Eurico que não se impõem em campo e nem sequer têm domínio de bola, algo fundamental para volantes.
E contratou outro jogador ineficaz, o chileno Seymour, uma carroça.
Nilton era o único volante azul que preocupava a defesa adversária.
Sozinho, marcou mais gols do que todos os outros juntos, aí incluído o Lucas Silva.
Sozinho, foi mais eficiente defensivamente que os outros todos juntos, aí também incluído o Lucas Silva.
Por que então ele foi vendido por 4 milhões de reais?
Isso mesmo, reais, não dólares, não euros. Reais.
Tem coisa aí.
Tem mutreta.
Mutreta ou incompetência.
Ou má vontade do Marcelo Oliveira que implicou com o Nilton, deixou-o na reserva mesmo sacrificando o time.
Quando o Nilton foi afastado do time titular os azuis tiveram seu pior momento no campeonato.
O Internacional se reforçou realmente.
Nilton será o alicerce colorado, como foi o alicerce azul nas duas últimas conquistas.
O Cruzeiro ficou mais fraco.
Marcelo Oliveira e o presidente/diretor de futebol Gilvan têm obrigação de explicar a estupidez desta venda.
Porque, de repente, Nilton pode ser um mal caráter e o torcedor não sabe de nada, aí a venda estaria justificada.
Fora disso, burrice e vaidade devem ter limites.



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

OS NOMES DOS JOGADORES

Goleiro não pode ser inho.
Um goleiro chamado Tiquinho, Robinho ou  Marcinho não é confiável.
Eles precisam de um nome sério e simples de quem não pode brincar em serviço.
Fábio, Vitor, Gilmar, Dida, Tafarel, Marcos, Castilho, Barbosa, Raul, Jefferson.
Dentre os bons, poucos têm nomes duplos como Rogério Ceni ou Júlio César.
Zagueiros também precisam nomes respeitáveis, condizentes com as atribuições.
Apelidos brejeiros ou diminutivos não prevalecem.
Os grandes zagueiros se chamaram Belini, Mauro, Luiz Pereira, Aldair, Brito, Domingos da Guia, Pinheiro (embora Luiz Pereira também fosse conhecido por Luiz Chevrolet o que, em todo caso, não o desvalorizava, já que a marca era respeitável.)
Apenas um grande zagueiro no diminutivo: Luizinho que jogou no Galo e na seleção de Telê em 1982.
Dedé não é nome de zagueiro.
É apelido de criança na fralda ou recém saído dela.
Apelido inocente, hilariante.
Tanto que o chamam também de Bebezão.
Poderia ser meia atacante, lateral-ala ou outra posição mais saltitante.
Zagueiro, nunca.
Dedé é nome que não inspira confiança e pode acabar com a carreira de quem joga numa posição de muito respeito.
Laterais, transformados em alas e hoje tendendo a laterais de novo,  permitem algumas brincadeiras, embora tenham uma história de seriedade começada com Djalma Santos e Nilton Santos que ninguém ousaria chamar de Djalminha ou Niltinho.
Quando se tornaram alas, gente saltitante e veloz, receberam nomes menos pomposos.
Do meio pra frente há uma profusão de Donizetes.
Nunca conheci um só Donizete padeiro, professor, porteiro, mas no futebol eles proliferam.
O que leva pai ou a mãe a decidir que o moleque se chamará Donizete será sempre um mistério.
Na frente, qualquer apelido é aceito, mas os volantes não podem ter quaisquer nomes.
Zito, Falcão, Piazza, Dunga.
Nomes respeitáveis.
Felipão escalou Fernandinho de volante na copa de 2014.
Deu no que deu:  7 a 1.
"Inho" não pode ser volante.
Quando havia pontas, o ponta esquerda era o campeão dos nomes esquisitos, embora na direita também sobrassem estranhezas como Garrincha ou Telê.
Na frente cabiam todos os "inhos",  porque eran pequenos e velozes, matreiros e carregavam consigo as surpresas infantis.
Foi o tempo de Quarentinha, Paulinho, Manuelzinho, Tiquinho, Pintinho, Miltinho, Tomazinho, Vaguinho, Zizinho, Coutinho.
Robinho talvez seja o último dos "inhos" que deu certo, já que Ronaldinho encerrou carreira quando saiu do Atlético Mineiro e o primeiro Ronaldinho tenha se transformado em Ronaldo Fenômeno.
Os apelidos engraçados também escassearam com o advento do politicamente correto.
Já não há mais Jacaré, Pavão, Saúva, Canhoteiro, Tiziu, Pelé, Jaburu, Manga, Melão, Tostão, Tangerina, Fubá, Feijão, Batata, Canário, Piau, Lambari e toda fauna e toda culinária.
Minto.
Temos Pato, Ganso e Hulk, mas a tendência da moda aponta para nomes artísticos.
Neymar deu de escrever nas costas da camiseta "Neymar Jr".
E tem Leonel Messi, Cristiano Ronaldo que é, também CR7, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Leandro Damião, Renato Augusto, Davi Luís, Diego Tardelli.
Moda é uma coisa que pega.
Eu me peguei chamando meu filho/enteado assim: "Ôh, Artur Haddad."
Já o chamei de Tute, mas hoje não pega bem.
PS: Para nossa alegria, o goleador heroico do torcedor mais fiel do país, os corais do Santa Cruz de Recife, chama-se Caça Rato. Usa o número 7 às costas. É o CR7 nordestino.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

CRUZEIRO MAIS FRACO EM 2015

O Cruzeiro entra 2015 enfraquecido. 
Contratou uma boa promessa, Joel, o camaronês do Coritiba, mas, junto ao bom veio o ruim: Leandro Damião.
Damião é lento, chuta mal, não sabe driblar, não tem cabeceio nem se coloca bem.
Neste quesito consegue ser pior que Marcelo Moreno, sempre colocado onde a bola não vai.
Marcelo era voluntarioso, sua melhor qualidade, Damião é apagado, quase inerte.
Dizem que vão pagar 400 mil por mês a ele.
Penso coisas ruins sobre dirigentes quando leio notícias destas.
Será mesmo?
Quatrocentos mil por mês?
Parece coisa de Petrolão.
E o Cruzeiro faz um negócio ruim como esse depois de levar chapéu do Galo que ficou com o argentino Lucas Prato, um ótimo jogador.
Outro contratado é um lateral esquerdo ineficiente, Fabiano, que jogou o campeonato brasileiro de 2014 pela Chapecoense.
Lento, não marca bem, apoia mal e o cruzamento é o seu ponto mais fraco.
E lateral esquerdo.
Esquerdo, onde o Cruzeiro já tem Maike e Ceará.
Será por que?
Claro, inocente, estão preparando a venda de Maike, o melhor jogador revelado ultimamente pela base.
Responsável pela eficiência do jogo aéreo do time, melhor assistente, jogador de melhor técnica, próximo titular da seleção.
Nessas alturas a venda está feita.
Perrela fazia assim mesmo antes de vender uma grande revelação. (tóc tóc tóc na madeira, sai azar).
Para o meio de campo, veio o chileno Seymour, pouco menos que um jogador mediano.
Lembram-se do Paulinho Dias que era da base azul e não se firmou no time de cima?
Seymour é um Paulinho Dias com menos recursos.
Por que será que o contrataram?
Queriam vender o Nilton, inocente, livrar-se dele.
Por que?
Não sei e não entendo. Aí tem coisa, pois o técnico começou a botá-lo pra escanteio.
O que será que pegou?
"Olha, o torcedor gosta dele, então vamos trazer antes um estrangeiro, um chileno que está na Itália, fez um jogo na seleção, não tem custos, a torcida vai gostar, chileno está na moda, vejam o Aranguiz no Inter".
Nilton é/era o melhor meio-campista azul, mas o técnico "estranhamente" passou a deixá-lo de fora e, no tempo em que foi reserva, o time despencou, viveu sua pior fase no campeonato.
Nilton domina a bola sem os apavoramentos de Henrique,  de Lucas, de Wiliam e se impõe fisicamente, contribui muito na defesa - ótimo na bolas altas - ataca com eficiência.
Goleador.
Um volante que preocupa a defesa adversária.
Sozinho, marcou mais que o dobro de gols de todos os outros volantes juntos (Lucas Silva, Wiliam Farias, Henrique, Eurico, Rodrigo que está voltando, Bruno Ramires)  que são nulidades como atacantes.
A defesa do time adversário não precisa se preocupar com marcação sobre Henrique, Lucas, Wiliam, Eurico. Eles são inofensivos no ataque.
Nenhum deles se impõe fisicamente, não conseguem manter posse de bola, dominar o setor, não cabeceiam.
O Cruzeiro está vendendo por ninharia o seu único bom volante.
Aí tem coisa.  
Alguns poderão dizer que estou incensando o Nilton, mas que Lucas Silva é a grande revelação, o grande nome do meio campo azul.
Não é.
O Cruzeiro deveria ter vendido Lucas pela primeira proposta do Madrid.
Penso que, em pouco tempo, ele será uma decepção completa.
Lucas Lima, do Santos, esteve para vir ao Cruzeiro.
Não veio.
Foi uma perda real, pois é grande jogador.
Ao lado de Nilton formaria um meio campo espetacular.
Por último, o único lateral esquerdo da equipe, o irregular Egídio está sendo vendido.
Egídio às vezes complica, às vezes tem atuações espetaculares como ala.
Está indo embora e não tem substituto.
Vai subir um lateral da base que vi jogar sem destaque no Brasileiro Sub-20 e volta o Gilson que não deu certo em 2013 e jogou a segundona pelo América.
Jogadores que poderiam sair, como Júlio Batista e Dagoberto, ficaram.
Foram negócios ruidosos do badalado Alexandre Matos.
Cairiam bem no Palmeiras, time atual do Alexandre.
Por fim, Marcelo Oliveira deveria se precaver, pois levou um banho de bola do Levir Culpi no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Levir passou por cima dele.