domingo, 10 de maio de 2015

O gol é um detalhe: 1ª RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO

O gol é um detalhe: 1ª RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO: Hoje, domingo das Mães, fechou-se a primeira rodada do campeonato brasileiro de futebol de 2015. Rodada tonta. Grêmio e Ponte Preta fic...

1ª RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO

Hoje, domingo das Mães, fechou-se a primeira rodada do campeonato brasileiro de futebol de 2015.
Rodada tonta.
Grêmio e Ponte Preta ficaram num surpreendente 3 a 3 na Arena do Tricolor Imortal diante de 13 mil pagantes às 11 horas da manhã. 
Jogo que se salvou pela quantidade de gols.
O Grêmio de Felipão não está bem.
Com um jogador a mais e vencendo por 3 a 2, danou a se defender feito Maria Louca, acuado, retrato acabado de times medrosos e mal treinados. 
Acabou por ceder o empate aos 49 minutos do segundo tempo.
Reflete o que é seu treinador e seu vetusto presidente Koff: decadência.
A Ponte, com suas poucas posses, podia ter tido melhor sorte.
Está bem treinada e vai brigar no meio da tabela.
O Grêmio, se não qualificar o elenco e trocar de treinador, pode cair.
Na Arena da Baixada a melhor surpresa da rodada tonta: Furacão 3 x 0 Internacional B.
E não é que o Inter B jogasse mal.
Jogou bem, finalizou mais vezes contra o gol adversário.
Foi mais presente no campo de jogo.
O Furacão foi mais eficiente e o gordinho Walter, que nem tão gordinho está, marcou um bonito gol, provocou erro no gol contra do Paulão e sofreu o  penalty do segundo gol.
Pode ser fogo de palha, mas o time do Atlético Paranaense está pilhado.
Promete.
Vasco e Goiás fizeram o único zero a zero da tonta rodada.
Jogo de dar calo nos olhos.
De bom, apenas o lateral direito do Goiás, o Éverton.
Pode ser um destaque do campeonato.
Tanto Vasco quanto Goias correrão na rabeira, lutando para não cair.
Corínthians B fez 1 x 0 no Cruzeiro B lá longe, na Arena Pantanal para 11 mil torcedores.
Jogo de pântano.
Ruim.
Poderia ser empate, mas o Cruzeiro não poderia vencer.
É um time medroso.
Encolhido com seus tantos volantes e secretários de defesa, ex atacantes como Marquinhos e William.
Medrou de novo e há um mês não vence uma partida.
Nem cria situações de gol.
No Morumbi, com 13.700 torcedores, o São Paulo venceu o Flamengo por 2 a 1 com gols de Luis Fabiano e Pato.
Tomou um gol de penalty cometido por Ganso que abriu a asa para a bola na pequena área.
Ao final, sob aguaceiro tropical, o Flamengo foi para cima e poderia ter empatado.
Na Ressacada o Santos ficou no 1 a 1 contra o Avaí.
Saiu na frente com Robinho e cedeu empate em falta cobrada pelo veterano Marquinhos.
Público pequeno no estádio.
E o Esporte ferrou o Figueira B por 4 a 1 em jogo de muitos gols e poucos torcedores.
Apenas 4 mil.

Sport 4 x 1 Figueirense
Atlético PA 3 x 0 Internacional
Chapecoense 2 x 1 Coritiba
São Paulo 2 x 1 Flamengo
Fluminense 1 x 0 Joinville
Cruzeiro 0 x 1 Corínthians
Grêmio 3 x 3 Ponte Preta
Palmeiras 2 x 2 Atlético Mineiro
Avaí 1 x 1 Santos
Vasco 0 x 0 Goiás

Média de 2,8 gols por partida.
Não é uma Brastemp, mas não é ruim.

sábado, 9 de maio de 2015

RESERVAS DO GALO ENROSCAM O PALMEIRAS E MAIS...

Primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
O time reserva do Galo foi à Alianz Arena e deu uma canseira nos titulares do Palmeiras.
Jogou melhor, foi mais ousado, criou mais chances de gol e esteve com a vitória até aos 49,30 do segundo tempo quando cedeu o empate.
Levir Culpi tem um plano de jogo definido e mesmo o time reserva que não joga junto - apenas treina - consegue ter bom desempenho.
Oswaldo Oliveira, técnico do Palmeiras foi enroscado pelo Levir.
Valdívia, o santo Valdívia dos verdes, não conseguiu jogar.
Ficava lá no meio de campo, paradão, esperando que lhe entregassem alguma bola para verificar a procedência, conferir, carimbar e enviar.
E muitas vezes enviava a endereço errado.
Num cruzamento de Dudu poderia ter dominado e chutado, ou chutado de primeira.
Preferiu cabecear.
Atrasou a bola para o Vitor.
Oswaldo perdeu a paciência e o substituiu pelo Egídio, ex lateral do Cruzeiro que estreou no Porco.
Valdívia saiu vaiado de campo.
A santidade está se acabando.
Jô voltou a jogar, a marcar e atuar bem.
Estava com cara boa.
Com cara de companheiro dos outros jogadores.
Deixou de ser o parceirão do Ronaldinho Gaúcho e voltou a ser um jogador do time.
Público de 29 mil pagantes.
Na Arena Condá, o Chapecoense virou dois a um sobre o Coritiba perante 5 mil espectadores pagantes.
Tem um time que vai dar trabalho dentro de casa, mas para por aí.
Já o Coritiba me pareceu pouco competitivo e deixei de estranhar que perdesse o estadual do Paraná, dentro de casa, por três a zero.
O elenco é frágil.
É certo que brigará para não ser rebaixado.
O Fluminense venceu o Joinville no Maracanã por um a zero, diante de 20 mil pagantes.
Um a zero nos finalmentes, 43 do segundo tempo.
Pudera.
O time entrou em campo com três volantes.
O Joinville, com um jogador expulso no meio do primeiro tempo, plantou-se na retranca.
O jogo foi defesa contra defesa.
Fred não pegou na bola.
Após os jogos deste sábado, a Chapecoense é líder do campeonato brasileiro de 2015.

O gol é um detalhe: CRUZEIRO SEM PLANO TÁTICO

O gol é um detalhe: CRUZEIRO SEM PLANO TÁTICO: O Técnico Marcelo Oliveira justifica o jogo ruim do time e diz em entrevista: “A primeira situação é que perdeu-se seis a sete jogadores de ...

CRUZEIRO SEM PLANO TÁTICO

O Técnico Marcelo Oliveira justifica o jogo ruim do time e diz em entrevista: “A primeira situação é que perdeu-se seis a sete jogadores de um time titular que vinha jogando há quase dois anos. Mesmo que estejamos em maio, o Ceará está fora, o Dedé está fora, o Bruno estava fora, o Willians voltou, o Marquinhos voltou. Além das características destes jogadores. Acho que esse somatório de coisas é o que está dificultando encaixar o time da forma que a gente quer”, disse Marcelo Oliveira. 
O "somatório de coisas" ao qual ele se refere é apenas uma coisa: perda de jogadores. 
Esta incoerência no uso das palavras mostra que ele está buscando, de modo atordoado, justificativas para um trabalho pouco eficaz.
Buscando razões externas que o livrem da responsabilidade de não encontrar soluções táticas e estratégicas.
Na mesma entrevista: "Tenho esse pensamento sim, (o time) não está jogando como a gente previa, como a gente quer. Vamos mudar um pouquinho a forma de jogar".
Em maio?
E somente agora vai mudar "um pouquinho"?
Qual será a mudança?
Ele não diz.
Nos dois últimos anos o time não apresentou variações.
Marcelo não tem um plano de jogo para o time.
E como não tem plano, não tem estratégias para cada jogo ou fase de um jogo além daquela comum à maioria dos técnicos: tirar um atacante e colocar mais um volante.
Vi o jogo entre Internacional e Atlético.
Os dois times são treinados.
Têm, ambos, um plano tático.
Variações.
Buscam o ataque através de caminhos que são treinados, defendem-se com agrupamentos rápidos.
Treinados.
Levir e Aguirre podem ser chamados de pensadores do futebol, estrategistas.
Aguirre deixa estrelas no banco de reserva, estrelas como D'Alessandro e o xodó da torcida, o Valdívia, e entra com eles no decorrer do jogo. 
Em 29 jogos não escalou o mesmo time uma só vez.
Com suas constantes e planejadas mudanças ele qualificada todo o elenco. Assim, quando não pode contar com um jogador, um outro o substitui naturalmente.
Levir faz o mesmo, cria opções.
Marcelo ainda não pode ser chamado de técnico, ou seja, aquele que domina um fazer.
Ele ainda está limitado ao pensamento de que repetindo o mesmo time muitas e muitas vezes, de tanto repetir, uma hora ele se "encaixe".
Isto não acontece.
Trata-se de explicação fácil, infantil até.
Um time mal escalado, mal treinado, sem plano tático, pode jogar mil partidas que continuará sendo ruim.
Quanto mais se repete uma mediocridade, mais medíocre ele fica.
Marcelo ganhou dois títulos nacionais com o Cruzeiro e foi louvado por isso (embora os principais comentaristas brasileiros sempre o olhem com ressalvas).
Prevalece a suposição de que o time jogou bem pela excelência do elenco formado por Alexandre Matos.
Talvez Matos tenha sido o verdadeiro técnico naqueles anos vitoriosos (como está sendo o "técnico" que ressuscitou o Palmeiras neste ano).
Matos "encaixou" o time de 2013 logo após sua formação fazendo-o jogar um ótimo campeonato mineiro e iniciar o brasileiro voando.
Marcelo apenas não atrapalhou aquele time.
Teve somente algumas infelicidades e interferências ruins como nas vezes em que derrotou o próprio time ao colocá-lo na defesa contra suas próprias características, como fez semana passada na derrota para o São Paulo quando o time não criou uma única situação de gol.
Já fizera o mesmo no Maracanã quando perdeu a Copa do Brasil para o Flamengo.
Em 2015, sem um elenco tão forte, Marcelo tem mais momentos infelizes do que bons momentos.
A rigor, o time não jogou nenhuma boa partida em 2015.
Marcelo foi bem regionalmente no Coritiba que tinha um ótimo elenco formado por Ney Franco.
Foi mal no Vasco que tinha elenco frágil.
Foi bem no ótimo elenco de 2013/14 do Cruzeiro formado por Alexandre Matos.
Deixa a desejar no Cruzeiro atual que tem elenco menos qualificado.
Na próxima semana, é bem possível que seja desclassificado da Libertadores pelo São Paulo.
Os cruzeirenses precisam torcer muito neste ano.
O elenco não é tão qualificado e o técnico não apresentou até hoje uma solução tática ou estratégica.

domingo, 3 de maio de 2015

ATAQUES DE IDIOTICE E LOUCURA

Dirigentes de clubes, em geral, cometem muitas irresponsabilidades.
O Andrés, do Corínthians,cometeu a irresponsabilidade de comprar o Alexandre Pato por impagáveis milhões de dólares.
Pato é habilidoso com a bola, mas como jogador é apenas mediano.
Há rapazes e moças mais habilidosos do que ele fazendo embaixadinhas, coisas incríveis, mas não são jogadores, são malabaristas.
O Santos cometeu a irresponsabilidade de comprar o Leandro Damião por uma quantia que não poderá pagar.
Teve a sorte de repassá-lo ao Cruzeiro, livrando-se de um salário europeu e de um atacante superado.
Leandro Damião é um poste que faz gols em determinadas partidas, um jogador às antigas, daqueles que facilitam a marcação.
Fica paradão na grande área e a defesa adversária fica organizada, ele a organiza com a sua imobilidade.
Toda vez que tem um adversário mais forte pela frente o ataque empaca.
Moreno era mediano, mas saía da área sempre, se deslocava, não era das antigas. Assim, além dele, vários eram os artilheiros do time (Nilton, Wiliam, Éverton, Goulart, Dagoberto). Com Damião, apenas Damião. Ele não abre espaços para ninguém e obriga o time a jogar em função dele. E é fácil marcá-lo.
Além de Damião o Cruzeiro cometeu a irresponsabilidade de comprar o Júlio Batista, pagando - dizem - 1 milhão por mês pra ele.
Pois bem, agora surge a notícia de que Ronaldinho Gaúcho será contratado pelos azuis.
Até onde vai a irresponsabilidade dos dirigentes, até onde ela pode ir?
Contratar Ronaldinho Gaúcho é superar em muito a irresponsabilidade.
É idiotice.
Idiotice é uma das faces da loucura.

sábado, 2 de maio de 2015

O gol é um detalhe: POBRES TÉCNICOS BRASILEIROS

O gol é um detalhe: POBRES TÉCNICOS BRASILEIROS: Vejam o que Marcelo Oliveira treinou sábado no Cruzeiro: f undamentos, finalizações e cobranças de falta. Os zagueiros fizeram trabalho esp...

POBRES TÉCNICOS BRASILEIROS

Vejam o que Marcelo Oliveira treinou sábado no Cruzeiro: fundamentos, finalizações e cobranças de falta.
Os zagueiros fizeram trabalho específico de bolas rebatidas na área. 
Os atacantes treinaram finalizações. 
Já Gabriel Xavier, De Arrascaeta, Willian, Marquinhos e Mena treinaram cobranças faltas com barreira móvel e com os goleiros Fábio e Rafael se revezando no gol.
Dizem que Gabriel Xavier marcou um golação de falta e que Marquinhos acertou uma bola na trave.
Depois, o técnico comandou atividade técnica em campo reduzido.
É treinamento de quem nada tem a oferecer ou acrescentar, e então ajunta os jogadores para uma atividade recreativa.
Não é necessário ser técnico para isso.
O Cruzeiro deveria mandar o Marcelo Oliveira fazer um estágio em times grandes do mundo (Barça, Real, Juve, Manchester, Bayern e tantos outros).
Não há justificativa que dê conta de explicar a pobreza do treinamento, sua futilidade, sua falta de objetivo, sua ineficácia.
Todos os clubes brasileiros deveriam obrigar estágios das suas comissões técnicas em clubes grandes do mundo.
Nossos técnicos são apenas uns senhores barrigudos quando não obesos, alheios a quaisquer higiene física (nem falo preparo, mas higiene) que ficam à beira do campo reclamando da arbitragem e gritando com os jogadores: "vai, vai, vai!!! volta, volta, volta!!! pega, pega, pega!!! diminui, diminui, diminui!!!
E, dentro dos vestiários - sei por ouvir contar - usam umas baboseiras de auto-ajuda.
"Estou trabalhando no psicológico dos jogadores", costumam dizer.
Dá pena, vergonha alheia, vontade de rir.
Pobres técnicos brasileiros.

domingo, 19 de abril de 2015

O gol é um detalhe: MARCELO OLIVEIRA ENTREGA JOGO PARA O GALO

O gol é um detalhe: MARCELO OLIVEIRA ENTREGA JOGO PARA O GALO: É inacreditável a fragilidade com que o técnico Marcelo Oliveira toma decisões táticas e estratégicas. Entendendo tática, como a disposiç...

MARCELO OLIVEIRA ENTREGA JOGO PARA O GALO

É inacreditável a fragilidade com que o técnico Marcelo Oliveira toma decisões táticas e estratégicas.
Entendendo tática, como a disposição do time para executar uma estratégia de jogo.
E estratégia são as ações e movimentações para se defender e atacar o adversário em condições vantajosas.
O comandante de um time como o do Cruzeiro não pode ser medroso.
No jogo de hoje, Levir Culpi tirou o Donizete, um volante, e colocou o meia atacante Guilherme no lugar dele.
Guilherme decidiu o jogo com dois ótimos passes para o Lucas Prato.
No jogo anterior, no Independência, ao perder um zagueiro, Levir Culpi tirou um volante e fez a recomposição.
Ele não tirou um atacante para substituí-lo por um zagueiro.
Levir Culpi não é um técnico medroso.
Hoje, Marcelo Oliveira perdeu o lateral, expulso por dar um cotovelada no adversário.
Ele, então, tirou seu atacante mais lúcido e mais perigoso ao adversário, o De Arrascaeta, e fez entrar o lateral Mike no lugar dele.
O empate, naquela altura do jogo,  servia ao Cruzeiro.
O time se classificaria com o empate.
Para garanti-lo o que fez o técnico dos azuis?
Tirou mais um meia atacante, William, que fazia bom jogo, dera passe para o gol, e colocou outro defensor no lugar dele, o lateral Mena.
O time passou a jogar com 8 defensores, 1 meia e 1 atacante.
Uma péssima decisão tática, pois o time perdeu qualquer disposição espacial lúcida dentro do campo.
E, também, uma péssima decisão estratégica, pois prejudicou todas as ações e movimentações dos azuis para atacar o adversário em condições minimamente vantajosas.
Marcelo não pensou tática ou estrategicamente, apenas agiu como animal acuado, movido pelo medo.
E os oito defensores defenderam-se pessimamente.
Provavelmente nunca treinaram juntos.
É preciso dizer ainda que Mena, Willians e Henrique são três jogadores medianos. 
Não é eficaz colocar 3 volantes medianos para jogar juntos.
Três jogadores medianos não equivalem a um jogador talentoso.
Continuam sendo três jogadores medianos.
E foi assim que um jogador talentoso como Guilherme suplantou os três volantes e eliminou o amontoado defensivo de Marcelo Oliveira na semifinal do mineiro.
O Galo fez 2 a 1 e os azuis não tinham mais como atacar.
Não havia mais substituições possíveis.
O técnico entregara o jogo para o adversário.
Foi um ridículo tático e estratégico.
Bom lembrar que Marcelo já demonstrou muitas outras vezes a mesma falha.
Uma delas, inesquecível, quando jogou o time na defensiva e perdeu o título da Copa do Brasil  para o Flamengo.
Depois do jogo, ele disse que não soubera que Guilherme ia jogar, pois a escalação do adversário não vaza, ao passo que a do Cruzeiro sempre vaza.
Se soubesse, ele designaria alguém para marcá-lo.
O que será que ele estava fazendo na beira do campo que não designou alguém para marcar o Guilherme?
Esta entrevista foi o ridículo maior.

sábado, 18 de abril de 2015

OS TÉCNICOS ULTRAPASSADOS

Vi o programa Bem Amigos do SporTv, com participação do técnico Abel Braga.
Como qualquer entrevista de técnicos brasileiros, à excessão de Levir Culpi e uns poucos mais, esta também foi lastimável. 
Fato é que os "jornalistas" do programa também não ajudam em nada.
Ah, Vanderlei Luxemburgo também dá boas entrevistas onde prevalece um certo folclore boleiro engraçado e não a reflexão mais culta e bem humorada de Levir.
Os outros são insuportáveis.
Eu esperava um pouco mais de Abel Braga, um homem que viveu em Paris, é pianista, fala sobre a qualidade dos vinhos.
Mas a participação dele deixou à mostra uma absoluta pobreza de idéias.
Lugares comuns... "não sou boleirão, sou é amigo dos jogadores. Sou um pai para aqueles que dão o sangue em campo".
"Sou muito competitivo."
Perguntado por que, sendo competitivo, estava de partida para o "mundo árabe" onde os campeonatos são tudo, menos competitivos, disse que ia por causa do dinheiro.
Nada contra, mas tinha necessidade de louvar-se como "muito competitivo"?
Abel não conseguiu encadear pensamentos em nenhum momento durante a entrevista.
Sentado de um modo engraçado na poltrona, a enorme barriga forçando-o para trás, era a própria imagem da maioria dos técnicos brasileiros.
Como podem estes senhores barrigudos, incapazes de cuidar do próprio corpo, treinarem atletas?
Basta olhar os treinadores das principais equipes do mundo.
Nenhum barrigudo descuidado, mas os brasileiros, sim.
Abel está desempregado há bastante tempo, desde que foi demitido do Inter de Porto Alegre.
Disse que foi consultado sobre a possibilidade de dirigir o São Paulo.
Foi mesmo, mas como segunda ou terceira opção do tricolor que prefere o argentino Sabella.
Em determinado momento, ele afirmou que está muito difícil para um técnico de futebol trabalhar no Brasil e que, por isso, irá para o "mundo árabe".
Galvão Bueno, que conduzia o programa, perguntou por quê?
E Abel, apesar de falar durante largo tempo, não soube explicar.
Toda a banca do programa em silêncio, ele falava e falava, ninguém interrompia.
Foi constrangedor.
Disse por fim, depois de uma peroração ininteligível, que tudo cai nas costas do técnico.
Um mi mi mi injustificável, pois os "professores" mais renomados do Brasil ganham mais que 500 mil reais por mês para treinar os times.
Ganha 500 mil reais por mês e não quer ser responsável?
Mas nenhum jornalista questionou.
E Galvão disse que aquela coisa ininteligível foi corajosa e importante.
Uma vergonha.
Esta afirmativa de que está muito difícil para um técnico trabalhar no Brasil foi formulada por Muricy cerca de dois meses atrás quando ainda era técnico do São Paulo e sofria pressões de bastidores.
E Abel repetiu a afirmação como se fosse sua.
E elogiou o Galvão, falou de vinhos, se auto elogiou.
E chegou Ronaldo Nazário parabenizando Galvão por seus muitos anos de televisão e chamando-o de "padrinho".
Técnicos e jornalistas (?) em congratulações.
Jornalismo mesmo que é bom, necas de pitibiribas.

ELENCOS INCHADOS... POR QUE TANTA BURRICE?

A diretoria do Cruzeiro, e de todos os times brasileiros, está atuando de forma amadora.
Os azuis têm um elenco inchado e ineficiente, formado por nada menos que 40 jogadores, alguns dos quais não jogaram sequer uma partida em 2015.
De outro lado, o poderoso Real de Madrid que pode comprar quantos jogadores quiser, tem um elenco enxuto, formado por 24 jogadores e todos eles já atuaram em 2015.
Qual a justificativa para um clube endividado, pedindo ajuda ao governo federal para parcelar dívidas, manter um elenco com 16 jogadores a mais que o elenco do Real de Madri?
Seus diretores podem justificar o inchaço dizendo que jogam mais do que os europeus.
Sim, mas só se contarmos os nossos campeonatos estaduais onde se pode mandar a campo um time misto.
No mais é a mesma coisa.
Um campeonato com 20 clubes, uma Taça Mata-Mata, uma disputa continental.
Tudo igual.
Então qual o motivo para o elenco inchado?
O que justifica um elenco com 8 volantes,  8 laterais e 8 atacantes senão incompetência?
O que justifica um time com 4 goleiros onde apenas o titular joga? 
O reserva de Fábio, no Cruzeiro, jogou uma partida por ano nos últimos 7 anos.
Há jogadores contratados que nunca vestiram a camisa do Cruzeiro num jogo oficial.
Confiram o elenco do Real de Madri onde todos jogam:
GOLEIROS: Casillas, Keylor Navas, Pacheco; ZAGUEIROS:  Varane, Pepe, Sergio Ramos; LATERAIS: Coentrâo, Marcelo, Carvajal, Arbeloa, Nacho; VOLANTES: Khedira, Lucas Silva,  Illarramendi, Kroos; MEIAS: Medrán, James, Modric, Isco,
Elenco enxuto com 3 goleiros, 3 zagueiros, 5 laterais, 4 volantes, 4 meias defensores, 5 atacantes.
Confiram o elenco do Cruzeiro:
GOLEIROS: Fábio, Rafael, Elisson e Alan; ZAGUEIROS: Leo, Bruno, Dedé, Paulo André, Alex, Manoel, Douglas Grolli; LATERAIS: Ceará, Maike, Fabiano, Mena, Fabrício, Gilson, Breno Lopes, Pará; VOLANTES: Willians, Henrique, William Farias, Bruno Edgard, Felipe Seymour, Charles, Eurico, Tinga; MEIAS: Júlio Baptista, Gabriel, Alisson, De Arrascaeta, Marcos Vinícius; ATACANTES: Judivan, Riascos, Damião, Henrique Dourado, William, Marquinhos, Joel, Neilton.
Um inchaço de 4 goleiros, 7 zagueiros, 8 laterais, 8 volantes, 5 meias e 8 atacantes.
Isso não pode dar certo.
Dá em dívida, processos trabalhistas, insatisfação de jogadores que não terão chances, às vezes não têm chances nem de treinar.

Por que tanta burrice?

quarta-feira, 15 de abril de 2015

CRUZEIRO COM POUCAS CHANCES NA LIBERTADORES

O Cruzeiro está com um elenco apenas mediano.
Como tem um técnico também mediano, suas chances são poucas.
Ontem, na Argentina, perdeu de 3 a 1 para o fraquíssimo Huracán.
Teve a desculpa de que estava cansado depois do 1 a 1 contra o Galo no domingo.
Não cola.
Marcelo Oliveira, um técnico que nunca soube armar uma defesa segura entrou com três volantes: Willians, William Farias e Henrique.
Ele adora um time de volantes.
E os três juntos não conseguem defender.
E nenhum deles sabe atacar.
São jogadores pouco eficientes.
Com a perda injustificável de Nilton, o adversário não tem que ter preocupações com o time de volantes do Cruzeiro (são nove).
O ataque não conseguiu substituir Éverton Ribeiro e Goulart.
Leandro Damião, o poste, trata de armar a defesa adversário, postando-se impávido e fixo entre os zagueiros.
Durante todo o tempo a defesa contrária está armada.
Ele não sabe se deslocar.
Moreno fazia isto, bem.
Uma das poucas coisas que fazia bem.
Deslocava-se muito e isto permitia a entrada dos que vinham de trás.
É razoável pensar que o time não se classifique mais para a fase seguinte da Libertadores.
Pode ser um bom indicativo para a diretoria se mexer.
Com a saída do profissional Matos - que mesmo assim fez bobagens como Dagoberto por 7 milhões e Júlio Batista - os amadores fizeram a festa.
Dentre o amadores, o presidente Gilvan metendo-se a diretor de futebol.



sexta-feira, 20 de março de 2015

CRUZEIRO, UM TIME DE PELADAS

O Cruzeiro venceu o Mineiros da Venezuela ontem à noite jogando pela Libertadores.
Venceu por 2 a 0, mas poderia ter perdido.
Foi um dos jogos mais desanimadores dos azuis.
O time do Cruzeiro é o retrato, a cópia, a encarnação do seu técnico à beira do gramado.
Um desanimadão barrigudinho.
Às vezes coça a cabeça e dá uma única instrução: "vai, vai vai."
Minto, ele da outra instrução logo em seguida:  "Volta, volta, volta."
E faz algumas reclamações ao juiz.
É preciso admitir, antes que seja tarde, que o time é mal treinado.
Os jogadores não conseguem manter a posse da bola - ontem, teve menos posse que o pobre Mineiros.
Não sabem se defender e atacam mal.
O time ataca medrosamente.
Durante todo o jogo de ontem, exceto numa cobrança de escanteio, nunca teve mais que 3 jogadores na área adversária quando atacou.
Ou seja, atacou temendo levar contra ataque.
E foi dominado pelo adversário que criou várias chances de gol apesar de não ter bons jogadores.
Fico pensando: que tipo de treinamento ineficaz é este que Marcelo ministra?
Talvez faça uns coletivos semanais, talvez em campo reduzido, talvez faça umas rodas de bobinho que antes eram chamadas de "peru".
Faz um engana bocó sem exigir nada.
Penso que Marcelo deveria acompanhar treinos ministrados por treinadores bons, aprender alguma coisa.
O Cruzeiro não tem uma só jogada eficiente.
Tudo sai do improviso mal preparado - que até para improvisar é preciso muito treino (vejam os repentistas nordestinos improvisando... uma técnica apuradíssima.)
Não consegue estabelecer nenhuma estratégia de cobertura das laterais.
A frente da área é um deserto de ideias e de estratégias defensivas, mesmo quando ele coloca três volantes como ontem - William Farias, Henrique e Charles. 
Ele adora três volantes.
Três pobres volantes que não defendem, não armam e não atacam tomando sufoco do pobre Mineiros que teve oportunidades claríssimas de gol, oportunidades cara a cara.
Muitas.
Todo atacante que entra driblando na defesa azul planta um salseiro.
Os jogadores azuis se colocam mal, não conseguem antecipar jogadas, perdem todas as divididas, deixam todas as segundas bolas com o adversário, só saem para o jogo aos chutões.
Só aos chutões que os locutores chamam de ligação direta.
E, por fim, o time não tem nenhuma intensidade de jogo.
É uma lástima.
Um time de peladas.

domingo, 8 de março de 2015

CRUZEIRO E ATLÉTICO, DOIS TIMES MEDROSOS

O Cruzeiro jogou mal e empatou com o Galo.
O alvinegro foi melhor.
Não muito, um pouco apenas.
O Cruzeiro jogou com todos os seus titulares, o Atlético não.
Com as voltas de Prato e Marcos Rocha o time pode subir de produção.
Já os azuis não têm nenhuma esperança no banco.
O time deverá, pelo futebol que joga, ser eliminado brevemente da Libertadores e, no campeonato Brasileiro, lutará no meio da tabela.
E tomar cuidados para não entrar na zona de rebaixamento.
A defesa é frágil, o meio de campo é ridículo e o ataque é ineficiente.
Quando falo da defesa, falo da maneira como o time se defende, não apenas dos zagueiros e dos laterais e do goleiro que, hoje, falou como principiante.
O mesmo quanto ao meio de campo, ou seja, a forma como o time faz os câmbios da defesa para o ataque e a forma como se recompõe.
Não parece um time treinado.
Não tem uma forma de jogar, um plano de jogo. 
Faz tudo atabalhoadamente quando tenta imprimir alguma velocidade ou faz tudo previsível e lentamente quando tenta organizar o jogo.
Nem Atlético, nem Cruzeiro são capazes de jogar com intensidade.
De defender e atacar com ímpeto e velocidade durante todo o jogo.
Fico impressionado ao ver isso acontecer em jogos de equipes mediana da Inglaterra, das Alemanha, da Espanha.
Aqui, os dois grandes times, não sabem fazer isso, não conseguem, são molengas.
Não são treinados para a intensidade.
Não conseguem colocar mais que três jogadores dentro da área adversária dentro do plano de jogo. 
Os times não têm coragem.
São times medrosos.
Decepciona a atuação do Galo que, com Levir Culpi, fez alguns jogos ótimos no final de 2014.
Esperei que o técnico se tornasse um diferencial importante para o nosso futebol.
Enganei-me.
Acabou reintegrado Jô, André e o Conceição e desintegrando o jogo do time.
Hoje, o Galo está irreconhecível.
Por outro lado, o único time que está jogando futebol no Brasil é o Corínthians do Tite.
O time é sólido e tem um modo de jogar planejado e com espaço para variações e criações individuais.
Aprendeu a atacar bem, já que deste a primeira passagem do Tite, sabia se defender muito bem.
Tite é a referência que Levir quase foi.
Marcelo Oliveira nunca será.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

TREINADORES BARRIGUDOS E RECLAMÕES

Gilvan e Marcelo Oliveira se enganam e enganam.
Dizem para o torcedor que o time atual poderá fazer uma boa Libertadores.
Que entram para vencer a  Copa.
Não é verdade.
O time do Cruzeiro é frágil.
Qualquer um que avaliar sem a cegueira da paixão vê que o time não tem capacidade para chegar ao título.
É possível que passe da fase de grupos.
Não é garantido, mas é possível.
Afora Fábio, Mayke e Arraskaeta, que são bons sem serem ótimos, os demais jogadores são apenas medianos.
Não se ganha títulos com um time mediano.
No campeonato mineiro - competição fraca - o time não se destaca.
Empatou um jogo que merecia perder.
Venceu o Democrata de Valadares contando com a sorte.
Todos os demais jogos foram mal jogados.
Feios.
Atuações deprimentes até.
Um time que não tem um modo de jogar, um estilo,  uma definição.
Jogam o que der.
Jogam como na antiga várzea onde um técnico entregava as camisas aos seus preferidos sem um só treino.
Marcelo Oliveira parece um bom algodão entre cristais.
Ajeita para que não aconteçam brigas ou reclamações.
Vai distribuindo chances.
Um bom entregador de camisas que não briga com ninguém.
Diz para que façam o que sabem fazer.
Mas o seu plano de jogo é de uma pobreza enorme.
É mais um daqueles senhores brasileiros barrigudos que ficam na beira no gramado mascando chicletes e reclamando com os juízes.
Dando instruções aos jogadores como "Vai, vai, vai", "volta, volta, volta".
Em geral ex-jogadores, alguns de bom nível, agora obesos.
A obesidade é marca do descuido que têm com os próprios corpos.
Se não têm cuidado com o próprio corpo, que cuidado terão com a preparação intelectual.
Como podem cobrar preparo físico e mental dos jogadores se são exemplos vivos de descuido nesses cuidados?
Por isso nenhum deles têm mercado no maior centro de futebol do mundo, a Europa.
Você não vê senhores barrigudos berrando na beira dos campos europeus.
Nossos técnicos são bastante responsáveis pela fragilidade dos times brasileiros.
Junto com os dirigentes, claro.
E com boa parte dos jornalistas esportivos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PALMEIRAS DÁ CHAPÉU NO CRUZEIRO

Depois dos vários chapéus que levou, sendo dois do Galo, o Gilvan levou outro do Alexandre Matos, seu ex-auxiliar agora no Palmeiras: perdeu o Clayton Xavier.
Que, diga-se de passagem, não é lá grande coisa.
Assim, não chores por Clayton, Gilvan.
Ele não substituiria Éverton Ribeiro à altura.
O que incomoda o torcedor azul não é a perda do Clayton, é a atuação amadora, medrosa dos dirigentes e do técnico.
Marcelo Oliveira, por exemplo, acaba de sugerir a contratação de Nenê, ex-Santos, jogador que nunca se firmou no Brasil, jogou mediano na Europa, França, onde não tem mais mercado e nunca fez nada relevante.
Agora, com 32 anos, caminhando para o fim da carreira, desperta atenção de Marcelo Oliveira.
Será outro Júlio Baptista, só que magrelinho.
Ah... paradinha para um registro rápido... o Cruzeiro acaba de dar um bico na própria canela: acertou com o veterano Paulo André, ex-Coringão, gente fina, faz parte do Bom Senso, mas... bem ruinzinho.
Poderia ter ido atrás de Balanta, um colombiano que joga muito, zagueirão completo, atualmente no River Plate.
Ou de  Jonatan Maidana, zagueiro de 29 anos do Boca.
Mas a timidez ou a ignorância gerencial não deixou.
Quando abriu mão de Nilton, seu melhor volante, poderia buscar o argentino Fernando Gago, mas preferiu os absurdos nove volantes ruins que recheiam o time.
Nos nove estou incluindo o folclórico Willians, rejeitado pelo Internacional.
Rejeitado pelo Flamengo.
Willians vai ganhar bola de ouro quando acertar um passe.
Se procurasse com critério um bom atacante (credo em cruz pra Damião que completará 4 jogos e nenhum gol) poderia buscar o Teo Gutiérrez do River Plate.
Aí seria outra conversa.
O colombiano Teo é goleador, foi eleito melhor jogador sul americano em 2014.
Até hoje fez 160 jogos, 70 gols e 15 assistências.
E para substituir o Éverton Ribeiro?
O Cruzeiro não tem ninguém para substituí-lo e não pensou nisso antes de fechar a venda.
Irresponsabilidade? 
Sim, mas irresponsabilidade é coisa comum no futebol.
Agora é tratar de conseguir um articulador como Éverton.
Alex Teixeira, 29 anos, do Shaktar seria ótimo.
Mas Nenê?
É o fim da estrada.
Seguindo em frente é o despenhadeiro.

TORCIDA ÚNICA

Há um clamor de muitos jornalistas esportivos - principalmente dos velhos - contra a torcida única nos estádios em dias de clássicos.
Um clamor que exala a amantes abandonados.
Mas ficam só nessa superfície de garotas choronas.
Se houvessem jornalistas investigativos e jornais sérios (TVs também) saberíamos quanto os clubes pagam à organizadas, quem autoriza os pagamentos, de que conta sai o dinheiro, etc.
Nossa imprensa esportiva é muito tilelê, muito anos sessenta.
O Oswaldo Oliveira, técnico do Parmera, também rasgou as entranhas numa entrevista: "Isto amputa o futebol". 
Oswaldo é tilelê, tem espírito saudosista.
Saudosismo é a doença da saudade.
Pode-se ter uma saudade sadia, lembrar das disputas semi-amadoras dos anos 1960 e 1970, coisa de meio século atrás, contar os casos daquele tempo, dar boas risadas.
Mas saudosismo, não.
Frequentei inúmeros Galo e Cruzeiro com as duas torcidas no Mineirão, meio a meio.
Era um incômodo
Um frescura gritada, berrada, esbravejada.
Não era alegria, era histeria.
Não via graça nenhuma naquilo.
Histeria apenas.
Sou a favor de torcida única, mesmo quando não se trata de clássicos.
Torcida única em todos os jogos do campeonato brasileiro e Copa do Brasil.
Um time tem seus sócios-torcedores e precisa destinar lugares a eles e não a torcedores adversários.
Por que dar 10% de lugares ao rival?
Além dos 10%, tem que deixar milhares de lugares vagos para separar torcida visitante da torcida local.
O time visitante deve é sofrer pressão inteira, toda torcida contra, não deve ter refresco.
Quando o mando se inverter, seus torcedores darão o troco.
Pra que serve mando de campo se a torcida for dividida?
Pra nada.
Jornalistas discutem, conjeturam e lamentam que não pode haver duas torcidas por causa da violência e que o poder público não dá conta de manter a ordem.
Não dá mesmo.
Não mantém ordem nem nas penitenciárias, nem nas escolas, nem nos bancos (qual diferença entre banqueiro e assaltante?) nem nos botecos, vai manter nos estádios?
Não é essa a discussão.
O que impede duas torcidas é que o futebol não é mais amador, que virou negócio, atendimento ao seu cliente que é o torcedor.
Um time com seu próprio estádio jamais cederá espaços ao adversário e deixará de atender seu sócio torcedor.
O clube quer comercializar todos os lugares disponíveis.
E violência vai acontecer entre os torcedores criminosos organizados fora do estádio. 
Vão marcar suas brigas de qualquer modo.
E a maioria dos clubes vai continuar financiando os bandos, etc. etc.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

JOGADOR PIEGAS, LUTADOR DOPADO...

As grandes emissoras de TV na área esportiva (ESPN, GLOBO/SPORTV, FOX) e outras menos cotadas mostraram um vídeo do vestiário do Palmeiras antes da estréia do time no campeonato paulista.
O vídeo foi mostrado a dar enjôo.
Nele, o jogador Zé Roberto faz um discurso para estimular os companheiros à vitória, a escrever os nomes na história do clube, etc.
O discurso é de um pieguice de dar vergonha a quem assiste.
A chamada vergonha alheia.
E Zé Roberto não é jovem, tem quarenta anos, talvez o jogador de linha mais velho atuando no Brasil.
O discurso é uma salada de lugares comuns encontrados em livros de auto ajuda.
Uma mistura de tolices heroicas acompanhadas de algum gestual como abraçar, bater no peito da pessoa ao lado, depois dar gritos, etc.
Muitos jornalistas (?) esportivos ficaram emocionados vendo aquela baboseira.
O vídeo foi produzido pelo Setor de Marketing do Palmeiras e divulgado após a vitória na estreia contra o Audax. 
Não divulgariam se o time tivesse perdido o jogo.
Essas tolices motivacionais são boas apenas quando o time ganha. 
Ou alguém pensa que não teve blá blá blá motivacional no vestiário do Audax?
Ou no vestiário do Brasil antes do 7 a 1?
Bom, chega.
Vamos falar de coisa pior.
O lutador Anderson Silva testou positivo para um anabolizante em sua volta ao ringue depois de fraturar a canela.
Anderson Silva lutou dopado.
Não que isto surpreenda, pois a impressão que tenho quando vejo os lutadores é de que todos estão anabolizados.
Lutadores químicos.
É quase certo que as emissoras que transmitem as lutas entre dopados ficarão na moita por um tempo.
Anderson era considerado um exemplo, uma estrela, um não sei o quê do mundo das celebridades.
Tinha patrocínios, paparico das mídias e toda sorte de nojeiras que são feitas para vender audiência.
Agora ficará sozinho.
Outro dopado surgirá e se transformará em modelo até que tropece nos exames antidopping.
MMA e todas essas modalidades não têm salvação.




CRUZEIRO COMPRA WILLIANS, GALO COMPRA CARDENAS

Os jogadores adquiridos pelos dois times grandes de Minas mostram bem a diferença de mentalidade e de visão.
O Cruzeiro adquiriu Willians, afastado dos planos do Inter que pra lá levou o Nilton.
O Atlético adquiriu o Sherman Cárdenas, grande meia atacante do Atlético Nacional de Medelin.
Os azuis desmontaram o time bicampeão e contrataram apenas um bom jogador: De Arrascaeta.
Os outros, todos os outros, apenas apostas.
Algumas já perdidas como Damião, dois laterais esquerdos e nove volantes...
Apostas que talvez ganhem alguma coisa: laterais Mena e Pará, meia atacante Joel.
O resto é aquisição da mentalidade perrela que, parece, voltou a dominar a Toca.
Já o Galo, que não desmontou o time - apenas Tardelli saiu - comprou Lucas Prato, Danilo Pires e, agora, o Sherman Cárdenas.
Prato é ótimo atacante e goleador.
Cárdenas é um baita meio campista.
Danilo Pires é uma aposta,  mas uma boa aposta.
O herdeiro de Kalil, Daniel Nepomuceno está dando um banho de bola no herdeiro dos Perrela, Gilvan.
Do mesmo modo que Levir está dando um banho em Marcelo Oliveira desde que chegou do Japão.
Melhor assim.
O atraso está perdendo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

DAMIÃO AINDA NÃO MARCOU

Bobagem cabeluda, de Marcelo Oliveira e da diretoria azul, a contratação de Leandro Damião está rendendo os frutos esperados: salário alto e nenhum gol.
Três jogos e nenhum gol.
Ele vai demorar a marcar.
Não marca nem nos treinos.
Saíram Borges - um ano inteiro no DM - e Marcelo Moreno, muito esforço e pouco rendimento.
Chegaram Damião e Reascos.
Vamos ver se Reascos faz alguma coisa.
Duvido.
É daqueles centroavantes que marcam 1 gol a cada 3 ou 4 jogos como Damião, Anselmo Ramon, Wellington Paulista, Pimpão, Bill, André, etc.
A diretoria levou chapéu quando Lucas Prato foi para o Galo, este sim, um goleador.
E ficou com Damião.
Foi o chapéu mais feio do futebol brasileiro em 2015.
Melhor dar chances ao juvenil Hugo Ragelli, que não é lá grande coisa, mas se não for melhor que os do time principal, pior não é.
A campanha do time enfraquecido também é ruim.
Uma derrota, um empate e uma vitória.
Nenhum gol do Damião.
Agora os azuis estão para receber outra notícia cabeluda.
A contratação do rejeitado Willians.
Volante brucutu do Internacional - brucutu mesmo, daqueles que não acertam passes - que acerta mais o adversário do que a bola.
Será o nono volante do Cruzeiro para 2015.
Marcelo Oliveira, o conservador, adora volantões.
Dos nove do Cruzeiro, nenhum joga nada.
Alguém pode me explicar para que um time precisa de nove volantes?

sábado, 31 de janeiro de 2015

VENCE O FLA E EMPATA O BOTA COM FOLCLORE E ASSALTO

Um começo de campeonato carioca que pouco promete em termos de bom futebol.
O Fla começou com a sua turma do crime organizado invadindo o vestiário do Macaé para roubar frutas e sucos.
Aproveitaram e deram uns murros no goleiro Ricardo Berna do Macaé que correu para o meio do campo com a boca ensanguentada.
Depois desse breve esquenta o jogo começou.
O Macaé não é time de cegos.
Venceu a terceira divisão.
Não é nada, não é nada, é alguma coisa.
E o campeão da terceirona endureceu.
Começou tomando sufoco, recuperou-se, marcou primeiro e os urubus tiveram que voar baixo pra conseguir o empate.
Depois o Macaé ficou com um jogador a mais, pois o goleiro do Fla precisou deixar o campo com um machucão na cabeça que o deixou desnorteado ou desorientado - sem norte ou sem oriente.
Fora do prumo.
Alecssandro, que havia marcado o empate para o rubro negro, foi para o gol, pois Luxa já havia feito três substituições.
Isto ocorreu aos 27 do segundo tempo e o Fla conseguiu se segurar.
Ao final deu empate.
Um a um.
No outro jogo, contra o Boavista, o Botafogo venceu por um a zero.
Joguinho bem micho.
O melhor que aconteceu foi uma caneta do goleiro Jefferson no atacante Anselmo do Boavista, no primeiro tempo.
O ataque do Botafogo é formado por Pimpão e Bill.
Já o Boa Vista tem Jeff Silva, Pagodinho e Faíska. 
Faíska com "k".
Do mesmo modo que Jefferson e Jeff Silva com dois "éfes" e Bill com dois "éles".
Jogo folclórico.

O GALO É FAVORITO NA LIBERTADORES.

Vitor, Leonardo, Jemerson, Marcos Rocha e Douglas Santos.
Donizete, Dátolo e Maicosuel (ou Pierre quando o conservadorismo ataca o Levir)
Luan, Prato e Carlos.
Este o time do Galo que começa jogando a Libertadores.
Apresenta um futebol melhor que os concorrentes brasileiros: Inter, São Paulo, Corínthians e Cruzeiro.
Todos os setores são equilibrados.
O goleiro é seguro e os defensores são muito eficazes.
Até quando vão ao ataque sabem o que fazer, principalmente os dois laterais e o Leonardo Silva.
O meio campo - com o Dátolo jogando demais - é muito presente no jogo.
Donizete cresceu muito no entendimento da função que exerce.
Maicosuel (ou Guilherme quando este deixa o DM) são meias diferentes mas que, por isso mesmo, ajudam o técnico na elaboração de estratégias.
Um veloz e outro cerebral.
Assim, é um meio de campo que defende e que preocupa o adversário, pois marca gols.
Quando joga o Pierre junto com Donizete, formando os malditos dois volantes do velho futebol brasileiro, o time fica previsível, passa a viver mais de ligações diretas - o chamado estilo Galo Doido dos tempo do Cuca, que deu certo com o Jô escorando lançamentos pra Ronaldinho Gaúcho.
O ataque com Luan, Prato e Carlos é bom tecnicamente, veloz e goleador.
E volta na recomposição defensiva.
A transição ataque/defesa e defesa/ataque é a melhor marca do time de Levir.
Funciona perfeitamente.
Funcionou assim contra o Shakthar.
Quando o Atlético joga focado é, praticamente, imbatível para times brasileiros.
No entanto isto nem sempre acontece.
É um time capaz de vencer o Cruzeiro - como no ano passado - sem dar chance de jogo ao adversário e de perder o jogo seguinte para um time mediano como o Goiás. (Não me lembro bem se foi mesmo o Goiás).
Como se trata de Libertadores, acredito que o time jogará sempre focado.
Já o encontro com os times de outros países será duríssimo.
Tecnicamente podemos ser um pouco superiores, mas taticamente eles são melhores, têm uma cultura futebolística recente mais efetiva.
Fazem tudo que o Galo faz com naturalidade e estão fazendo assim por mais tempo.
Temos, no Brasil, uma destrutiva postura de superioridade frente a adversários sul americanos, exceto em relação aos argentinos.
Times como Once Caldas, Atlético de Medelin e tantos outros são solenemente desprezados, coisa que teve origem nas patacoadas da mídia.
Os jornalistas esportivos brasileiros são, em geral, mal informados quanto aos times do continente.
Coisa que se repete dentro do país onde a grande mídia (do Rio e de SP) pouco sabe do futebol em outros estados.
São Paulo e Rio formam a aristocracia brasileira.
Consideram-se a Corte.
A nobreza.
Sua majestade Alkimin I, em relação à falta de água, poderia dizer: "Se não tem água, que o povo beba champanhe".
O desdém claro ao poder dos times dos outros países pode ser terrível para o Galo e para os demais times brasileiros.
Em 2014 foi.
Nenhum brasileiro chegou à final.
E, financeiramente, o Brasil é, sozinho, mais forte que todos os países sul americanos juntos, o que se reflete nos clubes, muito mais ricos que seus vizinhos.
PS: Tardelli foisubstituído por Lucas Prato. A princípio, penso que foi bem substituído.