terça-feira, 26 de novembro de 2013

GANSO LENTO... LENTÍSSIMO

O meia Paulo Henrique Ganso do São Paulo fez um ótimo primeiro tempo contra o Botafogo.
Parte do segundo tempo também.
Teve campo aberto para jogar.
Oswaldo Oliveira, técnico do Bota, havia escalado Renato como volante dos cariocas.
Renato é o jogador que joga e deixa o outro jogar.
Não toma bola, não combate realmente.
Nessa condição, Ganso tinha tudo o que queria.
Espaço para sua lenta habilidade.
Até que Oswaldo viu não que poderia ser tão bonzinho com ele.
Colocou Marcelo Matos no lugar de Renato.
Marcelo Matos é marcador implacável.
E Ganso desapareceu em campo.
O Botafogo tomou conta do jogo e quase virou.
Ganso joga muito bem quando não tem marcador.
Seu jogo não tem intensidade.
Muricy sabe disso e tem feito o possível para deixá-lo livre, passando a tarefa de marcar e dar combate aos outros meio campistas.
E pede que ele entre mais na área adversária.
Dentro da área o combate dos zagueiros é mais cuidadoso, a área protege o atacante.
Pelo primeiro tempo contra o Botafogo - e por uma bonita jogada dentro da área carioca - muitos jornalistas esportivos voltaram a pedir a presença dele na seleção.
Assanharam-se.
Bobagem.
Ganso só consegue jogar se estiver livre.
Todos os times já sabem disso.
Contra um time exclusivamente técnico como o Cruzeiro ele sempre há de jogar bem.
O Cruzeiro não oferece combate direto.
É a sua cultura futebolística do "joga e deixa jogar" que dá certo contra a maioria dos times, mas perde quando enfrenta times que abafam o jogo como o Galo.
Contra times que marcam com rigor, Ganso desaparece.
Ele joga andando.
É meia como nos anos 1970.
Ganso nasceu em época errada.

domingo, 24 de novembro de 2013

DEDÉ: DECLARAÇÃO ANTIÉTICA PODE CORTÁ-LO DA SELEÇÃO

Dedé deu declarações, dias antes do jogo, que não gostaria de enfrentar o Vasco, seu ex-time que corre risco de rebaixamento.
A declaração é de um amador.
É como se o executivo de uma grande empresa, mudando-se para outra, não quisesse enfrentar uma concorrência contra seu ex-empregador para que este se livrasse de dificuldades.
Seria despedido imediatamente.
Haveria nítido conflito de interesses.
A vitória no futebol é o mesmo que o lucro para uma empresa privada.
Dedé perdeu muitíssimos pontos com o torcedor azul.
Talvez ele não o aceite mais. 
Veremos o que acontecerá se ele jogar contra o Bahia no Mineirão.
Se ele ficar, terá que remar muito para repor o que desperdiçou.
Desperdiçou confiabilidade.
Deixou de ser confiável para o torcedor.
Vai ser olhado com desconfiança.
Como aquele que, jogando por um time, está mais preocupado com a sorte de outro.
O treinador Marcelo Oliveira tentou acalmar a situação.
Disse que Dedé seria poupado, e que isto já estava decidido antes que ele se manifestasse.
Será?
O que mais ele podia fazer?
Como é que um técnico pode escalar quem diz publicamente que não quer jogar?
A declaração de bom mocismo impediu Marcelo de ter na zaga um jogador titular pago pelo clube.
A declaração foi antiética.
E a ética está acima da preferência individual.
Não a impede, mas não se submete a ela.
Dedé é um ótimo zagueiro.
Que ganha muitíssimo bem.
Mas mostrou-se despreparado para lidar profissionalmente com o seu ofício.
Talvez isto o tenha afastado definitivamente dos planos de Felipão.
E o afaste, também, do Cruzeiro.
Como afastou outro ex-vascaíno, Edmundo, lembram-se?

O GALO ESTÁ BEM PREPARADO PARA O MUNDIAL

O jogo de ontem - Galo 4 x 1 Goiás - mostrou os alvinegros bem preparados para o mundial de clubes da Fifa.
Mostrou um jogo sólido.
Rápido.
Não deu chance alguma ao goianos.
Mesmo sem Ronaldinho, Jô e Rever, o time está forte.
Luan muito veloz e deixando suas pirações de lado, jogou com inteligência.
Tardelli foi excelente na organização e nas finalizações.
A lateral esquerda ganhou com a entrada de Lucas Cândido.
Josué, no meio de campo, ganhou consistência.
Reencontrou um modo mais brasileiro de jogar, deixando de lado uma certa pressa alemã que teve ao chegar.
Fernandinho não deixou o time carente com a saída de Bernard.
O passe está melhor do que nas partidas finais da Libertadores.
Passada a ressaca do título, agora o time acertou-se.
Cuca e o time acertaram-se de novo. 
Cuca é muito fera.
Talvez não ganhe as partidas finais do Brasileirão.
Jogadores vão se expor menos em divididas.
Mas a consistência do jogo está clara.
Se Ronaldinho não puder jogar, mesmo assim este time pode fazer jogo duro contra o Bayern.
Se os dois se encontrarem na final.

HOJE DÁ FLAMENGO. TIMÃO DESMANTELADO.

Hoje, às 17 horas, dá Flamengo.
O Corínthians, o grupo de jogadores e mais comissão técnica, não têm mais o que fazer neste ano.
Já não correm risco de rebaixamento e muitos jogadores vão deixar o clube junto com Tite e sua comissão técnica.
Segundo informações, o trabalho de Mano Menezes na montagem do time de 2014 já começou.
Seriam, no mínimo, 6 mudanças no elenco titular atual.
É muita coisa.
A diretoria passou para o técnico as posições carentes e um estudo que mostra os jogadores disponíveis no mercado.
O técnico, também, já informou os jogadores que não quer para o próximo ano.
E as contratações que pretende.
Agentes já estão trabalhando.
Por mais sigilo que façam todos - diretoria, Mano - essas coisas vazam.
Jogadores que serão dispensados, já sabem.
Danilo é um deles.
E Tite fica na posição de fantoche, de boneco de vento.
Nada pode fazer a não ser deixar-se balançar.
Talvez peça a seus jogadores que se dediquem ao máximo para mostrar que não mereciam o tratamento que recebem.
Mas motivação verdadeira inexiste.
Assim, a não ser que o Flamengo jogue muito mal, o Corínthians será derrotado.
No mínimo, haverá um empate.
Coisa que livra o Fla definitivamente do rebaixamento.
Vitória do Corínthians não acontecerá.

MEGA SALÁRIOS: A INDECÊNCIA NO FUTEBOL

Desde que o Brasil deixou o clube dos países pobres, chamados de terceiro mundo, e ascendeu à elite dos grandes emergentes que movimentam a economia mundial (Brics), os salários pagos a jogadores e técnicos da primeira divisão deu um salto inimaginável.
No espaço de poucos anos, 10 anos no máximo, quem ganhava 50 mil passou a ganhar de 500 mil  a 1 milhão.
Assim são os salários de Fred, Forlán, D'Alessandro, Kleber Gladiador, Alex, Luis Fabiano, Júlio Batista, Elias, Pato, Valdívia, Montillo, Seedorf e outros.
Salários de 100 são corriqueiros.
De 50 mil só para jogadores medianos.
Menos que isso, na primeira divisão, só ganham os iniciantes e os jogadores de times que subiram da série B.
Exorbitantes também os salários dos técnicos.
Hoje, discute-se que o salário oferecido pelo Palmeiras a Gilson Kleina, cerca de 200 mil mensais, é humilhante, que Gilson não deveria aceitar, que ele ficaria diminuído, que Ney Franco ganha mais do que isto no Vitória.
Argumenta-se que um grande time como o Palmeiras deveria pagar mais.
Que 200 mil é salário de times médios.
Fico pensando... que empresas médias pagam tal salário aos seus executivos?
Quais os salários que grandes empresas pagam aos seus presidentes?
Quanto ganha por mês a presidente da Petrobrás?
Muito menos, mas muito menos mesmo.
Fala-se que deputados e senadores - políticos em geral - ganham exorbitâncias.
O salário de um deputado ou até da presidente da república é coisa de 30 mil mensais.
Um técnico como Muricy Ramalho ganha em um mês, mais do que a presidenta da república ganha em dois anos de trabalho.
E perde para a Ponte Preta no Morumbi. 
Com um salário desses, um técnico deveria levar seu time à vitória contra todos os demais times brasileiros.
E, para completar a loucura geral, os times que pagam salários-marajá estão quebrados.
Estão pedindo perdão da dívida que contraíram com o governo.
Coisa de 4 bilhões que deixaram de recolher aos cofres públicos.
Deram o cano e agora choramingam, acham-se no direito de obter perdão.
Eu não posso dar o cano no governo que os descontos de IR, INSS já vêm em folha.
E, se além dos descontos em folha, ainda tiver imposto a pagar, tenho que pagar.
Ou caio na malha fina.
E não posso pedir perdão nem políticos algum vai fazer projeto para me perdoar a dívida.
O Movimento Bom Senso Futebol Clube já disse que aceita diminuição dos salários em troca do fair play financeiro.
Significa que os clubes não podem oferecer salários maiores do que podem pagar.
É um primeiro passo.
Mas que é uma vergonha clubes quebrados como Flamengo, Galo, Palmeiras e quase todos pagarem a técnicos e jogadores os salários que pagam - ou oferecem - é mesmo.
Clubes quebrados deveriam quebrar mesmo.
Não podem continuar com esta indecência.

sábado, 23 de novembro de 2013

VITÓRIA DO VASCO FOI COMBINADA?

Pegou mal Júlio Batista falando para Cris, durante o jogo, para o Vasco marcar logo um gol.
A leitura labial no vídeo é inequívoca.
"Faz logo o gol".
Como se o Cruzeiro estivesse amolecendo o jogo para que o gol acontecesse.
Deve haver explicações.
Haverá.
Júlio Batista pode dizer que foi uma provocação, uma ironia dentro de uma discussão e não um recado sério.
O vídeo não dá impressão de ironia.
Dá impressão de combinação que estava demorando a se concretizar. 
Depois do jogo ele disse que o seu amigo Cris pedira para o Cruzeiro parar de pressionar o Vasco e ele respondeu "Faz logo o gol"
Ficou a suspeita.
Tanto para o Cruzeiro campeão, quando para o Vasco - se escapar ou não do rebaixamento.
O Cruzeiro jogou como se fosse um amistoso.
O Vasco também não se empregou muito.
O resultado estava combinado?
O jogo foi uma encenação?
Depois do jogo os dois deram mais ou menos a mesma versão.
Mas ficou a suspeita.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MATA-MATA

Os torneios que envolvem mata-mata têm certa preferência entre uma parte da imprensa, entre patrocinadores de televisão e entre executivos das emissoras.
Muitos torcedores também gostam da fórmula.
O mata-mata tem o defeito de não apontar o time mais regular da temporada, o que só acontece com os pontos corridos.
E pode ainda criar distorções terríveis, como o campeão fazer menos pontos que outros times.
Um fato marcante foi o campeonato conquistado pelo São Paulo sobre o Galo, quando os mineiros, na contagem geral dos pontos ficaram muito à frente do campeão.
Talvez o gosto por mata-matas e o interesse de televisões possa ser contemplado sem criar tais distorções.
Seria assim: os três primeiros colocados do campeonato brasileiro seriam conhecidos pelos pontos corridos.
O quarto colocado - com vaga na Libertadores - seria conhecido através de um mata-mata disputado entre os times classificados entre o 4º e 11º lugares.
Outra forma mais aguda, seria o campeão ser conhecido através dos pontos corridos e os outros três classificados para a Libertadores serem conhecidos através de mata-mata entre 2º e o 9º colocados no campeonato.
O que não pode acontecer, definitivamente, é que o campeão possa ser o 8º colocado dos pontos corridos, como já aconteceu no Brasil.
O campeão tem que ser, sempre, o time mais regular da temporada.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SALVE A NEGA VÉIA, SALVE A MACACA

Em vias de cair para a segundona no Brasileirão, a Ponte Preta foi ao Morumbi e meteu 3 a 1 no São Paulo.
Vitória fantástica.
Poderá se classificar para a final da Sulamericana na próxima quarta-feira.
Se isto acontecer, justiça será feita.
O São Paulo, usando a lei - que não significa atitude ética - vetou o campo da Ponte para o segundo jogo.
Coisa feia.
O São Paulo já havia feito isso no título de Libertadores que ganhou sobre o Furacão.
Daquela vez deu certo.
Tomara que desta vez isto não aconteça.
A Nega Véia, time mais antigo do Brasil, a Macaca, merecia mais consideração.
O futebol ficaria melhor sem essas "ações legais".
Salve a Macaca.
Salve a Nega Véia.
Três a um foi pouco.

FLA E FURACÃO, UM DOS DOIS TERÁ AMARGA DECEPÇÃO

Fla e Furacão  se encontram em dois jogos duríssimos - o primeiro deles terminou minutos atrás, na Vila Capanema.
1 a 1.
Não houve facilidades para nenhum dos dois.
Não haverá também no Maracanã, quarta que vem.
O empate é bom para o Flamengo, mas não significa grande vantagem.
Pelo que os dois times têm apresentado, o título será decidido no último minuto do segundo jogo.
Os dois times podem vencer.
Os dois se equivalem.
Os dois jogam tocando a bola.
O Furacão com mais velocidade.
O Fla, mais cadenciado.
Os dois jogam para frente.
Será uma linda final.
Mas, depois dela, um dos dois terá amarga decepção.
Se o Flamengo perder, perderá o único título possível no ano e a possibilidade de disputar a Libertadores em 2014.
Se o Furacão perder, poderá perder também as forças para buscar a classificação para disputar a taça continental.
Será um golpe terrível para aquele que, até poucas semanas, era tido como indiscutível vice-campeão brasileiro.
O jogo do Furacão se encaixa com o jogo do rubronegro carioca.
Tanto isto é verdade que arrombou a porta de Mano Menezes, metendo 4 a 2 no Flamengo, no Maracanã,  de virada. 
No primeiro turno do Brasileirão houve empate de 2 a 2 na Arena Joinville.
Estes encaixe acontecem.
Por exemplo, o jogo do São Paulo encaixa no jogo do Cruzeiro - o São Paulo mantém vantagem no encontro.
O jogo do Botafogo encaixa no jogo do Galo.
O do Furacão encaixa no jogo do Fla.
São culturas futebolísticas.
Isto não quer dizer que o encaixe nunca desencaixe. 
Hoje, nesta semana, o Flamengo parece estar ascendendo e o Furacão numa zona de instabilidade.
Isto vai se tornar realidade dentro do campo?
Ninguém sabe.
Poucas vezes uma final de Copa do Brasil foi tão parelha.
Poucas vezes uma derrota na Copa do Brasil será tão sentida.

NÃO HÁ FOGOS MAIS PARA A SELEÇÃO DA CBF

Ontem a seleção da CBF venceu o Chile, em Toronto, por 2 a 1.
Uma boa vitória.
O time jogou bem.
Lá estão convocados os melhores jogadores brasileiros da atualidade.
Discute-se que um ou outro mereceria uma chance, pois há sempre pequenas dúvidas entre este ou aquele para esta ou aquela posição.
Fábio?
Éverton Ribeiro?
Lucas está mesmo de fora?
Jô permanece se Fred voltar bem, ou fica Robinho?
Mas são dúvidas que não implicam na formação principal do time.
O time é sólido, joga bem, ataca e defende com eficácia.
Cria muitas oportunidades de gol e oferece poucas ao adversário.
Com tudo isso, a seleção da CBF não empolga mais o torcedor.
Ontem, mesmo no momento dos gols, não se ouviu um foguete espocando.
Há muitos bares na região da Savassi, aqui em Belo Horizonte.
Fazia calor, muitas pessoas nas ruas, mas nem o mais mísero rumor na hora do gol.
Não há mais empolgação com jogos de seleção.
Hoje, Flamengo e Furacão hão de suscitar maior emoção.
Haverá clamor e fogos.
Por que a seleção não empolga mais?
O que se vê é a tentativa das televisões de promover os jogos da seleção, criar audiência, ampliar espaços de cobertura.
Mas isto não tem correspondência popular.
Durante a copa do mundo haverá maior interesse, naturalmente.
Mas não a empolgação que, antes, havia.
Por quê?
Talvez porque seleção seja uma coisa falsa.
Em essência, seleção é uma coisa que não existe.
É uma formação feita para promover, de tempos em tempos, um certo sentimento nacionalista.
E, no mundo globalizado, as fronteiras e os estados nacionais vão se diluindo.
Os clubes se fortalecem e as seleções perdem consistência.
O Flamengo, o Corínthians, o Galo, o Cruzeiro, o São Paulo, o Grêmio e todos os grandes times brasileiros são mais importantes para o seu torcedor do que a seleção.
É provável que a copa do mundo, ao longo das próximas edições, caminhe para um grande esvaziamento.
Como chegaram ao fim, sem deixar saudades, as várias copas que foram, antigamente, disputadas por seleções nacionais.
Copa Roca, Copa O'Higgens, Mundialito e muitos outros torneios mundo à fora.
A importância das seleções nacionais é, hoje, muito menor.
Com a globalização, os torcedores espanhóis, por exemplo, identificam-se definitivamente com CR7 e Messi, os ingleses com Ozil, Aguero, Van Persie e Ramires, os franceses com Ibrahimovic e Cavane e assim por diante, às dezenas, centenas, talvez milhares em todos os países importantes do futebol.
Os espanhóis torcem por Messi, CR7 e por dezenas de estrangeiros que jogam por lá.
Eles não torcem por um jogador menos qualificado apenas porque nasceu na Espanha.
A época dos nacionalismos chegou ao fim.
E com o fim dos nacionalismos, a era das seleções nacionais vai chegando também ao seu fim.
Permanecerão jogando entre si durante algum tempo, talvez por muito tempo, mas apenas como um espetáculo bem promovido.
Não mais como empolgação e afirmação nacional.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CR7 VIRÁ PARA A COPA COMO O MELHOR DO MUNDO

Em Estocolmo, Portugal e Suécia iam se enfrentar no jogo decisivo pela classificação à copa de seleções da Fifa.
Antes do jogo, uma reporter perguntou ao Ibrahimovic, centroavante nórdico e do PSG, quem ele achava que ia se classificar.
Ibra respondeu: "Só Deus sabe. Mas você está falando com ele".
Fez dois gols.
Mas Cristiano Ronaldo barbarizou.
Marcou os 3 gols da vitória portuguesa.
Ibra bateu palma quando o gajo fez o terceiro.
Uma copa sem Cristiano Ronaldo ficaria menos atraente.
Poderia ser mais atraente com Ibra, mas no caso de escolher... Cristiano.
Deverá ser eleito o melhor jogador do ano, agora que Messi anda perrengue.
Joga demais.
Dizem que é marrento, isto e aquilo.
Marketeiro.
Não é o que se vê em campo.
Seu jogo é solidário com a equipe.
E ele é decisivo.
Poucos jogadores na história foram tão decisivos quanto ele.
Marca gols com a perna direita, com a esquerda, de cabeça, dibra bem, dá assistências, ajuda a defesa.
Jogador completo.
Será a copa de Cristiano, Messi e Neymar.
Na prateleira seguinte virão Frank Ribéry, que hoje ajudou a França a se classificar vencendo a Ucrânia por 3 a 0, Iniesta, Balotelli, Xavi, Falcão Garcia, Rooney, Gerard e alguns alemães.
Quem será o melhor?
A história das copas sempre reserva surpresas.
Na última, entre inúmeras estrelas, Forlán - que nunca foi lá essas coisas - ganhou o prêmio de melhor.
Todos os times que já foram campeões do mundo estarão presentes no Brasil ano que vem.
Será um torneio divertido.

TIMES PAULISTAS APOIAM ASSASSINATOS DAS ORGANIZADAS

Matéria veiculada, hoje, no UOL mostra o apoio das diretorias dos clubes paulistas às gangues de torcidas organizadas.
Depois de muita pressão do MP e da sociedade, assinaram Termo de Ajustamento de Conduta, mas não aceitaram o fim do financiamento às gangues. 
Querem continuar financiando o crime organizado nos estádios - e fora deles quando for necessário aos seus interesses.
Assim, quando torcedores organizados cometerem novos assassinatos, penso que tais diretores também deveriam ser responsabilizados.
Veja a imundície patrocinada pela diretorias de São Paulo, Palmeiras, Santos e Corínthians (e que encontram apoio nas diretorias de todos os clubes brasileiros):
SANTOS LIDERA RECUSA DE PAULISTAS A LEI QUE CONTROLA VERBA DAS ORGANIZADAS
do UOL, em São Paulo - por Guilherme Costa e Guilherme Palenzuela
Em reunião realizada na última segunda-feira, na sede do Ministério Público de São Paulo, as diretorias de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo assinaram um TAC (termo de ajustamento de conduta) com uma série de medidas para controlar a presença de torcedores organizados nos estádios a partir do início de 2014. Contudo, o texto aboliu um item que fez parte da discussão em reuniões anteriores, o controle de repasse financeiro às organizadas.
A promotoria chegou a sugerir um controle das verbas dos clubes destinadas para as torcidas, mas um movimento que começou com a diretoria santista minou a ideia.
Os itens contidos no texto do TAC foram discutidos em pelo menos cinco reuniões antes da última segunda-feira. Inicialmente, o modelo proposto pelo Ministério Público aos clubes era bem parecido com a versão final.
Os clubes alegaram que aspectos como obrigação de a torcida organizada ficar em um setor do estádio e exigência de cadastro prévio feririam o Código do Consumidor. Por isso, apresentaram resistência inicial ao projeto.
A segunda proposta do Ministério Público foi cessar o repasse de dinheiro dos clubes a torcidas organizadas. A ideia era cortar vínculos e enfraquecer os agrupamentos de adeptos. Quando isso foi apresentado, as equipes pediram que o primeiro modelo fosse retomado.
O primeiro time a vetar um mecanismo que cerceasse o direito de repassar dinheiro a torcedores organizados foi o Santos. As discussões foram feitas em reuniões abertas, e o time da Vila Belmiro, segundo um dos presentes, "levantou a bola".
O Santos foi seguido, na ordem, por São Paulo e Corinthians, que haviam admitido o mecanismo que impedisse o aporte de dinheiro a torcedores, mas condicionaram a assinatura do TAC à unanimidade. O Palmeiras foi o time que mostrou menor interesse em retirar do texto o veto ao repasse financeiro.
"Primeiramente, houve uma resistência dos clubes com relação a alguns artigos por causa do Código do Consumidor. Nós dissemos que, já que eles achavam isso, poderíamos trabalhar de outra forma. Então, sugerimos um termo de compromisso em que eles assumiriam que parariam de subsidiar torcidas. Houve um racha entre os clubes, e eles questionaram o que nós queríamos com essa sugestão. Diante disso, voltei ao plano original", explicou Roberto Senise Lisboa, promotor de Justiça do Consumidor do Ministério Público de São Paulo.
"Pude perceber que os clubes começaram a questionar e reagir de formas diferentes por causa de aspectos como o conselho deliberativo e por trabalharem junto com a torcida desde que a torcida existe", continuou Senise Lisboa.
Na antepenúltima reunião do grupo, realizada há cerca de um mês, os clubes e o MP já começaram a formatar um termo mais voltado à primeira ideia. Os dois últimos encontros, incluindo o da última segunda-feira, já foram baseados apenas nesse modelo.
"O Santos Futebol Clube reafirma o seu bom relacionamento com as torcidas organizadas e discorda com o estereótipo de que os seus integrantes não apresentariam comportamento adequado, com a devida civilidade, nos estádios e fora deles", disse o time do litoral em nota oficial enviada ao UOL Esporte.
O termo que os clubes assinaram é alicerçado em três aspectos: cadastramento, separação e monitoramento de torcedores organizados. O novo formato de tratamento a esses grupos será iniciado no Campeonato Paulista de 2014.
A partir dessa competição, os clubes se comprometeram a criar nos estádios espaços exclusivos para os organizados, que serão proibidos de frequentar outros setores. Os torcedores filiados a grupos uniformizados ainda precisarão fazer um cadastro – o acesso às arenas será feito com um cartão exclusivo para quem forneceu dados.
Outro ponto presente no TAC é o monitoramento. Os clubes se comprometeram a fornecer imagens para o MP a fim de identificar torcedores baderneiros. Esses vídeos ficarão nas mãos do poder público por até 60 dias.
"Trabalhamos pela paz nos estádios, pela presença das famílias. Continuamos contra os violentos, os vândalos, sejam eles membros de torcida organizada ou da torcida comum, e nos comprometemos a ajudar a identificar os indivíduos que cometerem excessos", finalizou Odílio Rodrigues Filho, presidente em exercício do Santos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

QUEM CAI E QUEM VAI À LIBERTADORES JUNTO COM GALO E CRUZEIRO

Tirante o Cruzeiro, já campeão, cujo único objetivo, agora, é jogar para bater recordes,  o Galo, cujo objetivo é treinar para o torneio de clubes da Fifa e o Náutico já rebaixado, o  campeonato envolve de maneira apaixonada, a maioria das torcidas.
O Goiás, quem diria? arrumou-se no G4.
E Walter, o gordo, voltou. 
Vai ser duro tirar os verdes lá de cima.
O Furacão, quem diria? está por um fio no mesmo G4.
E tem de ficar com um olho no peixe, a Copa do Brasil e outro no gato, o perigo de deixar definitivamente a zona da Libertadores.
O Botafogo ganhou alento e está de novo forte na briga lá em cima.
O que uma boa vitória não faz? 
Aqueles 4 a 0 no Furacão redimiram o time do Seedorf.
O Grêmio - como joga feio o tricolor! - agarra-se também ao G4, com 60 pontos faturados.
O elenco do Grêmio é bom ou é mais caro do que bom?
O Vitória vai chegando na primeira prateleira.
E com méritos.
Está jogando muito.
E o primo do Messi, o Maxi, voltou de contusão e voltou a marcar.
Na prateleira de baixo, uma briga de foice.
Foice, facão e pedra.
Ponte, Vasco, Fluminense, Bahia, Coritiba, Crisciúma, Portuguesa se engalfinham para não cair.
Flamengo tem que ficar com um olho na sardinha, a copa do Brasil, e outro no gato, a zona de rebaixamento.
O Internacional inspira cuidados.
Um elenco de famosos, mas de bom mesmo só tem o Otávio.
Joga demais o Otávio.
Com 45 pontos, precisa de mais 2 para não correr riscos.
Três dos acima citados farão companhia ao Náutico na segundona de 2014.
Meu palpite é que Vasco, Coritiba e Bahia cairão.
E que Flamengo vai à Libertadores pela Copa do Brasil, São Paulo pela Sulamericana, Grêmio e Goiás pelo campeonato Nacional, ao lado do campeão Cruzeiro e do atual campeão Atlético Mineiro.
Será uma bela representação.

domingo, 17 de novembro de 2013

SEEDORF PARA PRESIDENTE

17/11/2013 - 01h17 (Texto de Paulo Vinícius Coelho na Folha de São Paulo)

Na melhor parte do jantar, Seedorf falava sobre os problemas do início de carreira. Logo depois de deixar o Ajax, iria para a Juventus, da Itália. O negócio emperrou. "Na minha carreira, sempre tratei as crises como oportunidades." Dois anos depois, ele vestia a camisa 10 do Real Madrid, campeão espanhol.
O holandês é um dos interessados em melhorar o futebol brasileiro. Não é líder, mas um dos apoiadores do movimento Bom Senso F.C. Acuados pelo crescimento das manifestações, os dirigentes da CBF fingem não enxergar uma crise. Muito menos uma oportunidade.
No Brasil do futebol, os problemas agravam-se pela absoluta falta de habilidade de Marin e Marco Polo Del Nero.
Todo mundo pensa nas fórmulas capazes de tornar o futebol brasileiro melhor. Seedorf também. "Os estaduais poderiam ser como a Copa da Liga Inglesa. Jogados no meio de semana, os clubes grandes usariam reservas, mas escalariam jogadores importantes várias vezes. Os suspensos, os que voltam de lesão."
A pergunta não é se a teoria está certa ou errada. A questão é que Seedorf pensa. Paulo André pensa. Alex pensa. E quem tem a função de pensar foge do problema.
Empurra seus funcionários para situações constrangedoras, como a que viveu o árbitro Alício Pena Júnior nesta semana. Sem noção, decidiu cumprir ordens e avisar os jogadores que aplicaria cartão amarelo em quem se manifestasse durante São Paulo x Flamengo. Alício potencializou o constrangimento.
Seedorf está neste texto apenas por ter participado de um jantar com este colunista dez dias atrás e exposto toda a sua capacidade de refletir sobre questões que não são obrigatoriamente as dele.
De pensar no desenvolvimento do futebol em um país que não é o seu. Ele próprio, símbolo de um campeonato que se enche de craques na mesma medida em que se esvazia de público.
Durante anos, repetiu-se que o Brasil não tinha estádios lotados, porque não tinha ídolos. Nos últimos três anos, Neymar, Seedorf, Ronaldo, Rogério Ceni, Luís Fabiano e Ganso trocaram passes por aqui.
O Brasileirão tem jogadores importantes de seleções relevantes, como Vargas, do Chile, Lodeiro, do Uruguai, Montillo, da Argentina. E os estádios estão às moscas, exceto nas grandes decisões.
Thiago Silva recebeu telefonema convocando os jogadores da seleção da qual é capitão a ingressarem no movimento. Na maior parte, os craques de Felipão jogam fora do Brasil. Partiram em busca da organização que não temos.
Seedorf fez o caminho contrário. Chama o Brasil de Meca do futebol numa clara a referência ao potencial que aqui existe.
Por ora, a CBF faz da Meca um mico.
Existe uma crise. Que grande oportunidade

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TITE TROCADO POR MANO... TROCA RUIM

Tite vai deixar o timão.
Foi posto pra fora.
Para não fechar a porta atrás de si, prestou-se a aparecer em entrevista coletiva ao lado do presidente alvinegro... dizendo que está tudo bem, fazendo umas gracinhas.
Não pegou bem.
Penso que colocou demais o rabo entre as pernas.
Mano, segundo se especula, já estava apalavrado com o Corínthians quando deu aquele "migué" no Flamengo.
Disse que não conseguia se fazer entender pelos jogadores rubronegros.
Ora, ora.
Mas Mano é ensaboado.
Se a troca será bom negócio para os paulistas?
Sei lá.
Mano tem um currículo magrinho.
Mas veste-se com elegância, tem boa fala - mansa, pausada.
Não fica engasgado como Dorival ou Ney "né" Franco.
Lida bem com as palavras como Autuori e a mídia gosta do tipo bem falante que aparenta conhecimento e sofisticação.
Foi duas vezes campeão da segundona e ganhou uma copa do Brasil.
Titulos estaduais não contam.
Chegou à seleção empurrado por Andrés e, por lá, fez um trabalho chinfrim que deu na feia perda do título Olímpico, coisa que resultou na sua demissão. 
E também na de Andrés.
Ofereceu-se para trabalhar na Europa e nenhum clube o quis.
Aceitou o convite do Flamento, grandíssima vitrina.
Outro trabalho reles.
Não desatroso, mas reles.
Mesmo assim, manteve prestígio no Timão - através de Andrés.
Talvez saiba - ou isto lhe foi dito - que há muito dinheiro para reformular o elenco, montar uma verdadeira esquadra.
Não confiaram em Tite para a reformulação.
Talvez devessem.

MARLONE NO CRUZEIRO, ÉVERTON NO METALIST

Depois de recusar R$ 31 milhões dos árabes por Éverton Ribeiro, agora é a vez do Cruzeiro se defrontar com a proposta do Metalist da Ucrânia.
Que deverá ser maior que a dos árabes.
Éverton está valorizado e em grande fase.
É possível que ele saia.
E Marlone, boa revelação do Vasco, já teria acertado com os azuis.
Talvez até influenciado por seu antigo companheiro de clube, o Dedé.
No Vasco ele ganha R$ 7 mil - quando recebe.
Passaria a ganhar perto de R$ 100 mil na Toca - além das luvas.
Nenhum jovem atleta pode recusar um proposta assim.
E ainda disputaria a próxima Libertadores.
A multa recisória de Marlone é de R$ 5,4 milhões.
Sobraria dinheiro no caixa da Toca da Raposa, pois Éverton vai render algo como R$ 40 milhões.
Com a troca, o campeão não perderia velocidade no ataque.
Marlone tem grande potencial para crescer.
Mais até do que Éverton Ribeiro.
Alguns nomes para o meio de campo foram ventilados entre os azuis: Marcelo do Vitória - um verdadeiro projeto de craque - e Baraca da Ponte.
O campeão está se mexendo.

FLAMENGO, SÃO PAULO E FURACÃO BRIGAM POR DOIS TÍTULOS

O campeão do Nacional, Cruzeiro, já está definido.
Flamengo briga com o Furacão pelo segundo título mais importante do país: A Copa do Brasil.
Tiraram times grandes do caminho.
Não é pouca coisa um título da copa.
O São Paulo tem boa chance de vencer o torneio de consolação, a Sul Americana que, absurdamente, também dá uma vaga à Libertadores.
Vai enfrentar a Ponte que luta contra o rebaixamento e não pode poupar jogadores para esperar o tricolor.
Já o tricolor paulista, livre da ameaça de rebaixamento, poupará titulares no jogo contra o Fluminense.
Não é boa ética, pois há outros interessados numa vitória dos paulistas, como Vasco, Bahia, Ponte, Crisciúma, Coritiba.
O time do Morumbi fará uso de um direito.
É feio?
É.
Mas não há o que fazer.
E o São Paulo nunca primou por ações éticas - como aliciamento de jogadores da base de outros times.
Tudo dentro do direito, claro, quem disse o contrário?
Inclusive, na surdina, "levantou a lebre" e a Conmebol tirou o jogo da semifinal contra a Ponte do campo da Macaca - o estádio de Campinas não tem 40 mil lugares.
Foi assim que o São Paulo ganhou um título brasileiro contra o Furacão usando a mesma "legalidade" - exigência de estádio para 40 mil espectadores.
O Flamengo e Furacão, felizmente, não fazem estas trapaças.
Pelo menos, do modo como me lembro, nunca fizeram.
E é bom que não façam.
E que o Cruzeiro, já campeão, também não faça.
Não escale reservas para partidas onde a permanência de outros na primeira divisão esteja em jogo.
Se o São Paulo ganhar, que ganhe.
Mas espero que perca.
Não gosto de suas atitudes "legais".
Já Flamengo ou Furacão, qualquer dos dois que vencer o mata-mata, será um grande campeão.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

FLA E FURACÃO: JOGAÇO!

O Atlético Paranaense e o Flamengo vão se bater pelo título da Copa do Brasil.
Se o Furacão ganhar, abrirá mais uma vaga à Taça Libertadores pelo campeonato brasileiro, já que é o virtual segundo colocado.
Assim, muitos torcedores de outros times - Bota, Grêmio, Goiás e Vitória vão torcer por ele.
O Fla conseguiu, depois da bendita saída à francesa do ensaboado Mano Menezes, uma ascensão maravilhosa sob o comando de Jaime.
Jaime é um técnico de campo, um trabalhador da bola.
Um treinador com anos e anos de trabalho nas divisões de base.
Não é uma grife como alguns dos que passaram pelo Ninho do Urubu sem deixar saudades.
O Furacão faz um belíssimo campeonato brasileiro sob o comando de Mancini que substituiu Ricardo Drubsky, o técnico que montou e desenvolvou o jogo do rubronegro paranaense.
Um jogo coletivo, com defesa alta, compactado.
O melhor do trabalho de Mancini foi ter preservado o que foi desenvolvido por Drubsky.
As duas equipes jogam em velocidade.
Defendem e atacam com eficácia.
Esses novos técnicos assimilaram, mais que os antigos e consagrados, o que se joga nos grandes times do mundo.
Barcelona, Real, Manchester, Bayer, Arsenal, Borússia.
E conseguiram fazer  seus times jogarem como jogam as grandes esquadras contemporâneas.
O Furacão é mais veloz e tem um padrão de jogo mais desenvolvido, com mais variações.
Em valor individuais os times quase se equivalem.
Ligeira vantagem para os paranaenses.
Que têm, também, um excepcional condicionamento físico.
O Flamengo ficará mais com a bola nos pés.
Isto faz parte da tradição flamenguista.
O Furacão será mais agudo, em poucos toques chegará à conclusão da jogada.
Faz parte da sua maneira de jogar.
Flamengo de Ernani, e Furacão de Ederson.
Elias de um lado, Ederson de outro.
Paulinho na esquerda carioca, Marcelo na direita paranaense.
Pena o preço escorchante dos ingressos que será cobrado no jogo do Maracanã.
A diretoria carioca não precisava armar esta para seus torcedores com menos recursos.
Tomara o Procon não deixe esta barbaridade se concretizar.
É preciso que o foco fique na partida.
Nas partidas.
Nas duas belas partidas.
No encontro de Jaime com Mancini.
Não na arapuca financeira.

LUXEMBURGO, A BASÓFIA

Wanderley Luxemburgo foi demitido do Fluminense, ontem.
No programa "Bem Amigos", no Sportv, à noite, emburrado, disse que o Flu não cairia com ele.
Repetiu que trocaria todos os seus títulos anteriores pela salvação do Flu em 2013.
Disse que caiu por causa das eleições do tricolor neste fim de ano.
Como disse que foi demitido no Grêmio por motivos também políticos.
E que o mesmo ocorrera no Flamengo - isso ele não disse ontem, mas em ocasião anterior.
Tudo é culpa dos "outros".
E Wanderley parece mesmo acreditar nisso.
Até mesmo no milionário Real de Madri, a culpa foi... acreditem... que não colocou em contrato quanto de dinheiro teria para contratações.
Disse que não iria tirar um "ano sabático" como Guardiola, que isto é rótulo (não explicou que rótulo é, e como  os jornalistas e convidados do programa são realmente amigos, nada lhe foi perguntado), que não precisaria reciclagem, que não está ultrapassado.
E deu amplidão às suas espertezas e justificativas.
Disse que foi criticado por uma década perdida, mas que nesta década perdida - 2003 a 2013 - só Muricy ganhara mais títulos do que ele.
Ora, ninguém disse que ele tivera uma década perdida.
Apenas que, desde sua derrocada no Real de Madri, continuara em queda que, ultimamente, motivara seguidas demissões no Palmeiras, Santos, Galo, Flamengo, Grêmio e Fluminense.
Ele usou o termo "década perdida" e os amigos do Bem Amigos não o corrigiram.
Como a ninguém do programa ocorreu perguntar como poderia trocar os títulos que tem pelo não rebaixamento do Fluminense em 2013.
Trocaria porque sabe que isto não pode ser feito.
Pura demagogia.
Basófia.
Wanderley Luxemburgo tornou-se um mestre de basófias.
Um professor.
Mas é possível que, com a ascensão dos novos técnicos brasileiros, mais simples, mais dedicados ao campo - coisa que Wanderley já foi - ele fique sem trabalho durante muito tempo.
E seja forçado a se reciclar (coisa que afirmou que faria quando foi demitido do Galo).
A mensagem ampla do Bom Senso Futebol Clube aponta para o chamado fair play financeiro.
Isto ameaça as extravagâncias que Kalil, Fábio Kof, Patrícia Amorim e Celso da Unimed já pagaram a Luxemburgo.
Só com multas contratuais desde que deixou o Galo, segundo o portal UOL, ele embolsou 14 milhões.
Não se trata de nenhuma ilegalidade, mas de comportamento extravagante de dirigentes amadores. 
Que pode estar chegando ao fim.

ASCENSÃO E DECADÊNCIA DOS TÉCNICOS BRASILEIROS.

Técnicos que perderam prestígio em 2013, mercê de trabalhos ruins:
Abel Braga, Luxemburgo, Mano Menezes, Dorival Júnior, Paulo Autuori, Tite, Dunga.
Abel demitido do Fluminense pela má campanha e por não ter conseguido recompor o elenco que foi campeão brasileiro em 2012.
Luxemburgo demitido do Galo, do Grêmio, do Flamengo e do Fluminense.
Não conseguiu títulos, não conseguiu armar bons times - embora tenha gastado muito dinheiro no Galo e no tricolor gaúcho - não conseguiu tirar o Fluminense da zona de rebaixamento.
Mano Menezes foi demitido da CBF e no Flamengo foi um fiasco.
Demitiu-se dizendo que não conseguia ser entendido pelo elenco rubronegro. 
Uma justificativa que, buscando desqualificar os jogadores, desqualificou-o.
Dorival foi mal no Flamengo, mal no Vasco e agora fez um contrato de cinco jogos para tentar salvar o Flu do rebaixamento.
Paulo Autuori deitou falação no princípio do ano, disse que os técnicos brasileiros não se reciclavam (ele mesmo não disse onde se reciclava. No Oriente Médio, no Peru?).
Montou um péssimo Vasco da Gama - que vive mergulhado em dívidas e desmandos não é de hoje - de onde se demitiu com a desculpa de que a diretoria não pagava dívidas de jogadores e funcionários como prometera.
Foi para o São Paulo e mergulhava de cabeça em direção à segundona, quando foi demitido.
Tite prometeu mundos e fundos com o time campeão da copa do mundo de clubes da Fifa.
Não ganhou mundos e deixou os fundos à mostra.
Refém de um time envelhecido, não conseguiu renová-lo e amarga péssima campanha.
Está na corda bamba à frente do timão.
Dunga caiu sem fazer o milionário elenco do Internacional ter algum padrão de jogo.
Descobriu tardiamente que o elenco era famoso, mas envelhecido.
E não soube fazer a transição, renovar.
Parece um final de carreira daquele que foi técnico da CBF e do grande colorado gaúcho sem ter se preparado para a função.
Uma espécie de Paulo Roberto Falcão que hoje amarga esquecimento pelo mesmo motivo: nunca ter se preparado para a carreira de treinador.
Entre subir e descer, trêss técnicos podem ser citados: Ney Franco, Felipão e Muricy.
Muricy foi demitido no Santos onde fez péssimo trabalho.
Muricy não tem nada a ver com a história santista de time que toca a bola, joga bonito.
O Santos de Muricy era um monstrengo.
Voltou para o São Paulo e salvou o time do rebaixamento com seu jogo pragmático - que é também a cultura tricolor.
Jogar feio, mas vencer.
Ney Franco fez bom trabalho no São Paulo em 2012, mas derrapou depois da venda de Lucas ao PSG. 
Acossado por jogadores e diretores, caiu.
Recuperou-se no Vitória que está lutando agora por Libertadores e jogando bonito, com muitas variações.
Felipão foi deprimente no Palmeiras, mas faz bom trabalho na seleção da CBF - o que não pode nem deve ser muito elogiado.
A seleção de jogadores brasileiros, mesmo sem técnico, só com um entregador de camisas, é favorita em qualquer disputa.
A boa notícia é que muitos técnicos subiram: Cuca, Marcelo Oliveira, Vagner Mancini, Osvaldo Oliveira, Jorginho, Argel, Critóvão Borges, Enderson Moreira, Gilson Kleina e Jaime.
É boa a renovação.
A fila está andando.
Destes, embora não seja jovem, Marcelo Oliveira é quem mais chama atenção.
Montou um time e o conduziu ao título, o Cruzeiro.
Não é pouca coisa.
Cuca - depois de bater na trave algumas vezes - livrou-se do rótulo de azarado. 
Ascendeu à constelação dos grandes vencedores levando o Galo à disputa do Mundial de Clubes da Fifa vencendo a duríssima Libertadores .
E Vagner Mancini está à frente de um Furacão surpreendente, veloz, instigante.
Seu maior mérito é manter o trabalho do seu antecessor, Ricardo Drubsky, que montou o time. Excursionou com ele à Europa onde implantou a filosofia de jogar com a defesa alta, encurtar espaços. Perdeu várias partidas até ser demitido, mas o time jogava bem, muitíssimo bem. 
Ricardo Drubsky é um treinador de idéias, e o Furacão atual deve muito a ele.
É interessante notar que nenhum treinador de grife conseguiu sustentar-se em boa campanha neste campeonato.
Alguma coisa está mudando.
Idéias e métodos foram ultrapassados.
As chamadas "grifes" perderam.
Treinadores menos emproados ganharam. 
Vitória da simplicidade, do trabalho no cotidiano da bola, no investimento coletivo.