domingo, 24 de novembro de 2013

DEDÉ: DECLARAÇÃO ANTIÉTICA PODE CORTÁ-LO DA SELEÇÃO

Dedé deu declarações, dias antes do jogo, que não gostaria de enfrentar o Vasco, seu ex-time que corre risco de rebaixamento.
A declaração é de um amador.
É como se o executivo de uma grande empresa, mudando-se para outra, não quisesse enfrentar uma concorrência contra seu ex-empregador para que este se livrasse de dificuldades.
Seria despedido imediatamente.
Haveria nítido conflito de interesses.
A vitória no futebol é o mesmo que o lucro para uma empresa privada.
Dedé perdeu muitíssimos pontos com o torcedor azul.
Talvez ele não o aceite mais. 
Veremos o que acontecerá se ele jogar contra o Bahia no Mineirão.
Se ele ficar, terá que remar muito para repor o que desperdiçou.
Desperdiçou confiabilidade.
Deixou de ser confiável para o torcedor.
Vai ser olhado com desconfiança.
Como aquele que, jogando por um time, está mais preocupado com a sorte de outro.
O treinador Marcelo Oliveira tentou acalmar a situação.
Disse que Dedé seria poupado, e que isto já estava decidido antes que ele se manifestasse.
Será?
O que mais ele podia fazer?
Como é que um técnico pode escalar quem diz publicamente que não quer jogar?
A declaração de bom mocismo impediu Marcelo de ter na zaga um jogador titular pago pelo clube.
A declaração foi antiética.
E a ética está acima da preferência individual.
Não a impede, mas não se submete a ela.
Dedé é um ótimo zagueiro.
Que ganha muitíssimo bem.
Mas mostrou-se despreparado para lidar profissionalmente com o seu ofício.
Talvez isto o tenha afastado definitivamente dos planos de Felipão.
E o afaste, também, do Cruzeiro.
Como afastou outro ex-vascaíno, Edmundo, lembram-se?

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