segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TREM AZUL, MELHOR ATAQUE DA HISTÓRIA DO BRASILEIRÃO!

Ontem, na vitória de 1 a 0 sobre o Santos, o Cruzeiro marcou o seu gol de número 700 na era dos campeonatos por pontos corridos.
É o time com melhor ataque do Brasil nesta época, que podemos chamar de Era Contemporânea do futebol brasileiro.
Times são culturas.
O Cruzeiro tem uma cultura de times técnicos, com jogadores habilidosos.
Esta cultura foi inaugurada com o histórico time de 1966 formado por Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco. Piaza e Dirceu Lopes. Natal, Zé Carlos, Tostão e Hilton Oliveira. 
Havia variações, com Evaldo de centro-avante e Zé Carlos na reserva.
Este time desbancou o Santos de Pelé - no auge de Pelé com seus 25 anos.
Um sonoro 6 a 2 no Mineirão e 3 a 2 no Pacaembu.
Outro grande time,  com Jairzinho e Joãozinho, venceu a Libertadores, mas perdeu a final do mundial de clubes para o Bayern de Munique em 1976. 
O time era formado por Raul, Nelinho, Moraes, Ozires, Wanderley. Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes.  Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.
Naquela época, o Bayern era mais da metade da seleção alemã, campeã do mundo em 1974 sobre a Holanda de Cruiff.
Foi o maior time do Bayern de todos os tempos, com Sep Mayer, Overath, Gerd Muller, Franz Beckembauer e outros.
Um 0 a 0 tremendo no Mineirão deu o título aos alemães que venceram o jogo de ida na Baviera.
Depois disso o Cruzeiro formou times importantes.
Teve jogadores extraordinariamente habilidosos e conquistou vários títulos com estas formações técnicas.
Ganhou outra Libertadores - não tão brilhantemente quanto a primeira vencida ao River Plate.
Sua última grande esquadra foi a de 2003, primeiro ano da Era Contemporânea no futebol brasileiro, a era dos pontos corridos. 
O time era formado por Gomes, Maurinho (Maicon), Luizão (Dracena) Cris e Leandro. Augusto Recife (Martinez), Maldonado, Wendel (Felipe Melo) e Alex (Zinho ou Marcinho). Aristizábal (Alex Dias) e Márcio Nobre (Mota, Deivid).

Esta formação conquistou a Tríplice Coroa - Campeão estadual, da Copa do Brasil e do Nacional - mas teve vida efêmera. 
No ano seguinte o seu presidente negociante, o Zezé Perrela, dispensou o treinador e se desfez dos principais jogadores.
O que sobrou fez feio na Libertadores.
Depois disso, teve bons times, andou perto de conquistar a Libertadores pela terceira vez, mas não formou uma grande esquadra de acordo com a sua cultura.
Ainda assim, manteve a tradição dos bons ataques por onde já passaram jogadores como Tostão, Natal, Jairzinho, Palhinha, Joãozinho, Roberto Batata, Ronaldinho, Alex e Fred.
Em 2013, outra grande equipe vai se moldando.
É o Cruzeiro de Fábio, Dedé, Nilton, Goulart e Éverton Ribeiro.
Se marcará uma época, não se sabe.
Conseguiu, todavia, levar o time ao topo de melhor ataque dos 10 primeiros anos da Era Contemporânea do futebol.
Nos 10 últimos anos, ninguém marcou tantos gols no Brasil.
O Trem Azul tem, agora, o melhor ataque da história dos campeonatos nacionais contemporâneos.
O melhor ataque de uma história que continuará sendo escrita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário