domingo, 9 de junho de 2013

A DESLEALDADE NO FUTEBOL BRASILEIRO

O futebol brasileiro é jogado sem que atletas, treinadores, dirigentes, juizes, profissionais de imprensa se preocupem com seus aspectos éticos.
Os jogadores de futebol no Brasil são, em geral, desleais.
De várias formas.
Uma das deslealdades mais usadas é a simulação de faltas.
Faltinha e o jogador se atira com um esgar de dor, rosto retorcido, boca aberta.
Mau atores.
E os outros e o técnico e o comentarista pedem cartão amarelo, ou vermelho.
O jogador brasileiro adora "chamar" faltas.
Quando tem, por exemplo, um adversário perseguindo-o, ele desacelera e amolece o corpo.
O outro não pode parar, vem o contato, ele cai.
O "juiz brasileiro" marca falta.
Não é falta, mas ele marca.
Existem inúmeras maneiras de simular contatos faltosos.
Os brasileiros especializaram-se em todas.
Agora, depois de assistirem Jon Jones, encantaram-se com cotoveladas.
Não há um só jogo onde não ocorram várias cotoveladas ou tentativas de cotoveladas.
Há jogadores que jogam tanto com os cotovelos tanto quanto com os pés.
Carlos Alberto, jogador do Vasco, é um deles.
Não há um só lance em que não dê cotoveladas.
Às vezes dá cotoveladas no ar.
E os jogadores especializaram-se, também, em simular que levaram cotoveladas.
Se o braço do advsersário passa perto pescoço, o marmanjo desaba arrasado, mãos encobrindo a boca, olhos esgazeados, pronto para ambulância.
Outra deslealdade é a "cera".
Brasileiros, para garantir um resultado interessante, atrasam o andamento do jogo.
E a imprensa considera isso válido.
Não consideram que é falta ética.
O comportamento dos técnicos brasileiros à beira do campo é tão vergonhoso quanto o dos jogadores dentro dele.
Em geral, não cuidam nem de si, tornam-se obesos com Abel, Felipão, Murici, Joel, etc.
Sir Alex Fergusson, aos 70 anos (e todos os velhos técnicos europeus) , parecem em melhor forma que Vanderley, Tite, Marcelo Oliveira, Autuori, Abel, Felipão, Muricy, Vadão.
Dunga é uma excessão.
Mano é outra.
Louvável.
Mas em matéria de comportamento, de ficar "xingando" os juízes, nenhum brasileiro escapa.
Nenhum.
Como péssimos cristãos, procuram transferir culpas o tempo todo.
Não são culpados, nem responsáveis, nem incompetentes.
A culpa é do juiz, do calendário, da Conmebol, do tempo.
E olhe que são carolas, rezadores, comedores de hóstia.
Vão às missas e cultos, quase engolem suas medalhas de tanto beijo e lambeção.
Igual os jogadores com suas rezas e orações.
A ignorância não tem limites no futebol brasileiro.

GUILHERME CERETTA, O JUIZ, FOI O MELHOR NO CRUZEIRO E INTER

Cruzeiro e Internacional fizeram um bom jogo ontem lá em Sete Lagoas.
Dois a dois.
O Inter é melhor treinado.
Os colorados têm um "padrão de jogo", ou seja, uma forma de jogar pré-definida, uma rotina que alivia o estresse de se ter que tomar um decisão nova a cada momento.
Padrão de jogo serve para isso.
Para organizar o time de modo que as improvisações e os acasos ocorram naturalmente e a seu favor.
Nem sempre ocorrem.
Mas o bom acaso também necessíta auxilio.
Dunga conhece o jogo melhor do que Marcelo Oliveira.
O Cruzeiro poderia ter Sampaoli em seu comando.
É pena que o preconceito tenha vencido.
O Internacional apresentou, com a ausência do velho Forlan, o jovem Otávio.
Otávio é um craque para ser visto.
Jovem, dezoito anos, um modo especial de conduzir as bola junto dos pés, baixinho, rápido, goleador.
Um verdadeiro atacante para o bom futebol.
A ida de Forlan para a seleção uruguaia melhorou o time de Dunga.
Otávio começou jogando.
Ele, Fred e Dalessandro bagunçaram a defesa da Raposa.
Se futebol fosse justo o Inter teria vencido.
E quase perdeu.
Mas foi um ótimo jogo.
Contribuiu com metade do bom jogo, a boa arbitragem de Guilherme Ceretta.
Ele está deixando de ser um "juiz brasileiro" e se tornando um juiz de futebol.
Deixou o jogo ser jogado, não inventou faltinhas brasileiras, não paralisou os movimentos.
O jogo ganhou "intensidade".
Não é possível jogo intenso com árbitros brasileiros convencionais.
Vuaden deixava ao jogo fluir quando começou apitar, mas, por causa disso, foi "colocado na linha" pela imprensa e pelos dirigentes.
Virou um juiz brasileirto.
Ontem os comentaristas de Globo estrilaram, pediram inúmeras faltas, cartões.
Bob Faria queria tomar-lhe o apito e assumir a arbitragem.
Cartão vermelho ele deu um.
Para o Ricardo Goulart.
Carrinho voador... chnuveiro.
Não teve nem amarelo.
Pá! Pum!
Perfeito. 
Tomara o atraso não vença de novo e Guilherme Ceretta seja domesticado.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MULHER NÃO TEM CORAÇÃO

Por ROBERTO VIEIRA

Era jogo comum de quarta-feira.
Vitória de Vitória de Santo Antão contra a Polícia Militar.
Vitória que é uma das forças do futebol nacional.
Polícia Militar jogando por amor.
Apertos de mão.
Beijinhos no rosto.
Bola na rede.
Até meia dúzia, nada demais.
O Vitória meteu seis no Central de Caruaru.
Mas as meninas do Vitória queriam mais.
Sete, oito, nove, quinze.
Trocaram a goleira.
A titular chorava copiosamente.
Vinte e dois.
Estava batido o recorde pernambucano de futebol.
Estabelecido pelo Náutico do coronel Tará nos anos 40.
Uma goleada de 21 x 3 sobre o Flamengo-PE.
Tará que por ironia era da Polícia Militar.
Resumo da ópera?
Carol Baiana meteu quatorze bolas no filó.
Sem dó.
O placar final registrou incríveis 34 x 0.
Sérgio, torcedor do Santa Cruz e vigilante do INSS na cidade resumiu o massacre em poucas palavras na saída do estádio:
‘Mulher não tem coração!’

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O GALO ABRIU O BICO, FOI A 5ª SEM VENCER

O Atlético Mineiro empatou ontem com o São Paulo no campo do Sete.
Campo do Sete é o Independência.
O extinto Sete de Setembro, um time pequeno de Belo Horizonte.
Pois bem, mesmo jogando com um a mais desde os 16 minutos do segundo tempo, o Galo empacou.
Podia ter perdido.
A chance de gol mais clara foi do São Paulo.
Desde que perdeu para o Cruzeiro na decisão do mineiro, o Galo não vence uma.
Cruzeiro, Coritiba, Tijuana, Tijuana e São Paulo.
Duas derrotas e tres empates.
Tem que tomar cuidado.
E em todos os empates, merecia perder, se futebol fosse justo.
A defesa está frágil.
A dupla de volantes não protege tanto.
O ataque não marca.
Duzentos e setenta minutos sem marcar.
O gol contra o Tijuana foi de Rever.
Vejo que o preparo físico não anda bom.
Os jogadores estão afobados em campo.
O chutão para Jô escorar já é manjado pelos adversários.
Ronaldinho está sem velocidade.
Ontem, numa bola lançada por Tardelli, correu, correu, não alcançou.
Bola para qualquer jogador com um mínimo de preparo físico alcançar.
Deu pena.
Via-se, claramente, que o seu limite de velocidade baixou.
Marcos Rocha está pregando cedo.
A zaga sem velocidade nenhuma.
Viram o penal no mexicano?
Típico de um beque "sem pernas".
Bernard, desde a contusão, está correndo com o freio de mão puxado.
Não me lembro da última vez que ganhou de alguém na corrida.
O preparo físico deu vantagens ao Galo até um mês atrás.
Agora está faltando.
O Galo abriu o bico.
Que se cuide.
Os argentinos estão bem fisicamente e jogam, coletivamente, melhor do que o alvinegro.
E no Brasileiro, se não somar alguns pontos agora, adeus viola.

A EMPÁFIA DO FUTEBOL BRASILEIRO



A empáfia do futebol brasileiro em relação à América Latina é um dos fatores para que esteja tão atrasado técnica e taticamente.
Não há técnicos brasileiros trabalhando em países vizinhos. (Como não há técnicos brasileiros trabalhando na África. Na África portuguesa de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.)
E os times brasileiros não contratam técnicos da América espanhola.
Enquanto isso, nossos vizinhos fazem intenso intercâmbio de técnicos e de jogadores.
Raro time deles onde não se encontrem jogadores de várias nacionalidades.
Assim evoluíram técnica e taticamente e o futebol brasileiro ficou estacionado.
Isolado em sua empáfia de "melhores do mundo" passou ao largo do que se construiu mundialmente em termos de jogo coletivo.
Quando Guardiola foi aventado para dirigir a seleção da CBF, Zagalo foi contra.
Andrés Sanches foi contra.
Parreira foi contra.
Marin foi contra.
Estes são os pensadores do futebol brasileiros.
A imprensa brasileira - a TV Globo foi contra - também não fica atrás em atrasos.
Ela e a corporação dos técnicos impediram o avanço.
Somos os melhores do mundo.
Pra que intercâmbio?
Só hoje, alguns jornalistas começam a desconfiar que não é bem assim.
Alguns dinossauros da imprensa - como Alberto Helena - reconhecem que estamos atrasados táticamente.
Mas não reconhecem que estamos atrás, também, tecnicamente.
Ainda pensam que nossos jogadores são bafejados por Deus para serem sempre os melhores do mundo.
Para ele, e outros iguais, basta que olhemos para trás e imitemos os que se fazia nos anos 60, 70.
A empáfia nos condenou tática e tecnicamente.
Hoje, jogamos um jogo que não é visto em nenhum outro lugar, tal a sua pobreza.
Não há nenhum jogador brasileiros como referência mundial.
Todos esperam que Neymar, agora no Barcelona, torne-se esta referência.
O título do Corínthians nos enganou um pouco.
Pegou um Chelsea desfigurado e ganhou - ainda que jogando pior e criando quase nenhuma chance de gol.
O Corínthians é o que consegue algum jogo coletivo dentro da pobreza do cenário brasileiro.
O Galo, um pouco abaixo coletivamente, também pode ser citado.
O Brasil só conseguiu sair da idade da pedra tecnológica quando se abriu ao intercâmbio estrangeiro.
É preciso romper a reserva de mercado para técnicos de futebol no Brasil.
E não se trata somente de técnicos.
Segundo a Universidade do Futebol, o Brasil é, também, o país mais fechado para jogadores estrangeiros entre os 60 principais mercados do futebol no mundo. 
O Porto levou e lucrou com jogadores colombianos como Falcão Garcia e agora com James Rodrigues, que foram ao Mônaco.
Só para citar alguns que se tornaram estrelas mundiais e que jamais foram citados por algum técnico brasileiro para contratação.
Como se explica que os dirigentes do Porto conheçam mais e melhor o mercado sulamericano do que os brasileiros?
Empáfia.
Nosso futebol não gosta de se misturar com a ralé.
E, assim, vai se tornando, ele mesmo, uma ralé.


sábado, 1 de junho de 2013

MARCELO BIELSA PRETENDIDO PELO SANTOS

Assim que Muricy foi demitido, o nome de Marcelo Bielsa começou a ser falado para substituí-lo na Vila.
Bielsa ama o futebol bem jogado.
Quando dirigiu a seleção argentina deu-lhe um padrão de jogo invejável.
Mas foi um fracasso na Copa.
A seleção chilena ganhou consistência e capacidade de jogo coletivo com ele.
Com o Atlético de Madri fez ótima campanha em 2013.
Quando Pep Guardiola iniciou sua revolução no Barcelona, andou conversando com vários treinadores. 
Bielsa foi um dos primeiros.
Diz a lenda que Pep passou um dia inteiro em conversas com El Loco.
Se ele vier mesmo, pode-se ter esperanças de um futebol mais coletivo no Santos.
Pode-se ter esperanças de que a mesmice dos técnicos brasileiros seja abalada.
De que a acomodação deles, pouco afeitos ao estudo, ficará incômoda.
Imagino que amanhã ou depois, se a possível contratação de Bielsa ganhar força, a corporação dos técnicos brasileiros comece a manifestar-se contra.
Como se manifestaram quando Pep Guardiola foi aventado para dirigir a seleção da CBF.
A corporação da ignorância.

CRUZEIRO PERDEU UM JOGO GANHO

O Cruzeiro perdeu um jogo em que esteve melhor que o Botafogo.
Perdeu por falhas individuais.
Uma de Guerreiro que atrasou a bola para o atacante do Botafogo.
Outra de Nilton que chutou um atacante do Botafogo dentro da área, num lance infantil.
Dois volantes, duas falhas.
Os azuis precisam de, pelo menos, um bom volante.
Nilton, que não é de todo ruim, e Lucas Silva que vem da base e tem bons fundamentos podem se revezar com um que seja realmente bom.
Fernando Gago do Vélez seria a melhor solução.
Gago tem contrato com o Valência e está emprestado aos argentinos.
O Corínthians também está querendo o jogador.
O contrato dele termina em Junho.
O Cruzeiro, para o padrão de times brasileiros que são incapazes de fazer um jogo coletivo, não foi de todo mal.
Hoje conseguiu jogar mais compacto durante certo tempo.
Criou mais chances de gol.
Poderia ter vencido ou, no mínimo empatado.
O time tem jogadores com claras deficiências técnicas.
No domínio de bola, na condução, no passe, no chute, no cabeceio.
Além de um volante, precisa também de um bom centro avante.
Anselmo Ramon, mesmo tendo marcado um gol é lastimável em todos os fundamentos.
Não chega nem perto de Duvier Riascos, o colombiano do Tijuana que perdeu pênalte contra o Galo.
Borges, machucado, fez falta.
Mas é a falta do roto em relação ao descamisado.
Borges também é um centro avante ineficiente.
Eu imaginava que o Botafogo fosse um pouco melhor.
Não é.
É time com muitas limitações.
Mas tem um atacante de se prestar atenção.
Vitinho.
Seedorf foi apenas regular.
O que difere o holandês dos demais é que tem a manha do jogo coletivo.
Ele dá um passe e se desloca para receber, oferece alternativas ao companheiro.
Os jogadores brtasileiros fazem o passe e ficam na deles.
"Missão cumprida, véi... já dei o passe".