terça-feira, 26 de novembro de 2013

GANSO LENTO... LENTÍSSIMO

O meia Paulo Henrique Ganso do São Paulo fez um ótimo primeiro tempo contra o Botafogo.
Parte do segundo tempo também.
Teve campo aberto para jogar.
Oswaldo Oliveira, técnico do Bota, havia escalado Renato como volante dos cariocas.
Renato é o jogador que joga e deixa o outro jogar.
Não toma bola, não combate realmente.
Nessa condição, Ganso tinha tudo o que queria.
Espaço para sua lenta habilidade.
Até que Oswaldo viu não que poderia ser tão bonzinho com ele.
Colocou Marcelo Matos no lugar de Renato.
Marcelo Matos é marcador implacável.
E Ganso desapareceu em campo.
O Botafogo tomou conta do jogo e quase virou.
Ganso joga muito bem quando não tem marcador.
Seu jogo não tem intensidade.
Muricy sabe disso e tem feito o possível para deixá-lo livre, passando a tarefa de marcar e dar combate aos outros meio campistas.
E pede que ele entre mais na área adversária.
Dentro da área o combate dos zagueiros é mais cuidadoso, a área protege o atacante.
Pelo primeiro tempo contra o Botafogo - e por uma bonita jogada dentro da área carioca - muitos jornalistas esportivos voltaram a pedir a presença dele na seleção.
Assanharam-se.
Bobagem.
Ganso só consegue jogar se estiver livre.
Todos os times já sabem disso.
Contra um time exclusivamente técnico como o Cruzeiro ele sempre há de jogar bem.
O Cruzeiro não oferece combate direto.
É a sua cultura futebolística do "joga e deixa jogar" que dá certo contra a maioria dos times, mas perde quando enfrenta times que abafam o jogo como o Galo.
Contra times que marcam com rigor, Ganso desaparece.
Ele joga andando.
É meia como nos anos 1970.
Ganso nasceu em época errada.

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