Para quem, como eu, cresceu ouvindo que somos o
País do Futebol, é difícil encarar a realidade dos estádios vazios no Brasil.
Somos o país que ganhou o maior número de títulos
nos torneios mundiais de seleções, mas não somos o país do futebol.
Os países onde as pessoas mais amam o futebol são
europeus, onde os estádios estão sempre lotados em todos os jogos.
Jogos de times grandes ou pequenos.
Quando ligo a TV e vejo os estádios da Alemanha,
França, Inglaterra, Espanha lotados... até Portugal, sinto inveja.
E são países que estão passando por bruta crise
econômica.
O Borússia tem média de 80 mil torcedores por jogo.
Oitenta mil!
O Bayer tem média de 71 mil – que e a lotação do
seu estádio.
Botafogo e Fluminense jogaram, ontem, domingo, pelo
campeonato carioca para uns 3 mil.
Talvez menos.
Globo, UOL, ESPN não informaram público.
A imprensa esportiva brasileira não se importa em
escamotear esta informação.
Talvez seus integrantes sintam-se melhor assim.
Não têm que enfrentar a dura realidade: no Brasil, o
esporte que tanto divulgam, não tem apreciadores dispostos a ir aos estádios.
Um jogo de futebol sem público não é bem um jogo.
O jogo é como o teatro.
Tem que haver jogadores e público.
Um jogo é uma experiência que se vive no coletivo.
Talvez, depois da Copa, com as novas e modernas arenas,
pelo menos nelas haja público.
Pelo menos no Campeonato Brasileiro da série A.
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