quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

KALIL E GILVAN: A PAIXÃO DOS DIRIGENTES

Kalil é um dirigente amador.
Como todos os presidentes de clubes brasileiros, exceto algum clube-empresa como Grêmio Prudente que já foi Barueri.
E Kalil é apaixonado pelo Atlético.
Muitos dirigentes são apaixonados pelo time, ou se dizem assim, mas são mais apaixonados por seus projetos pessoais.
Quando estão fora do poder torcem pelo pior.
Kalil, não.
Ele, parece, defende o time e o clube talvez mais do que defenda seus negócios pessoais.
Quando está no poder ou quando está fora dele.
Dá essa impressão.
Isso é o que transparece nas suas atitudes.
Dias atrás foi acusado de se servir do Atlético, repassando ao clube, a juros altos, empréstimos que conseguira a juros baixos.
É difícil acreditar que ele fizesse isso.
Não combina com ele.
Pela paixão que demonstra, certamente ajudaria o clube com dinheiros.
Não buscaria ganhos à custa dele.
Kalil se defendeu, disse o que devia dizer: que a quebra de seu sigilo bancário mostrará o caráter dos empréstimos.
Não entrou com recursos para impedir quebra de sigilo, não desconversou, nada.
Esperemos pela quebra.
Os torcedores em geral, incluindo aí os cruzeirenses, tomam por verdaddeira a sua paixão.
Um amigo, cruzeirente, ao tempo de Perrela, lastimava-se: "O Cruzeiro devia ter um presidente tão apaixonado quanto o Kalil." 
Pois o Gilvan Tavares está ganhando a confiança da torcida azul.
Muito mais quieto que o Kalil, distancia-se também de tudo o que cercou Zezé Perrela. 
Mantém-se longe e intocado pelas sombras de desconfiança que sempre acompanhavam o ex-presidente.
Gilvan passa credibilidade.
Não é um negocista do futebol.
Não é alguém que busca destaque e enriquecimento.
Isso é o que ele passa.
O torcedor sente que ele quer bem ao clube, que gosta verdadeiramente dele.
Os dois conhecem futebol.
Kalil tem mais prática de comando.
Mas são dois dirigentes dos quais os torcedores não desconfiam.
Podem discordar, mas não desconfiam.
O que é raro.
E ótimo.

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