sábado, 9 de fevereiro de 2013

POR QUE NEYMAR SOME CONTRA ADVERSÁRIOS DIFÍCEIS

Neymar some contra adversários difíceis?
Uma coisa é "matar a pau", "comer a bola" contra advsersários frágeis e taticamente ultrapassados.
Como é frágil e ultrapassada taticamente a maioria dos times brasileiros.
Times incapazes de trocar meia dúzia de passes com eficiência.
Times compridos, espaçados, jogadores distantes uns dos outros.
Como é frágil o Penapolense e outros do campeonato rural de São Paulo.
Contra esses times frágeis, Neymar deita e rola.
Dribla um marcador, o outro está um quilômetro distante.
Aí ele bota a mão nas cadeiras, requebra, dá chapéu, diverte o público.
Admiradores adoram essas firulas.
E ele ainda conta com a proteção dos juízes. 
Ameaçados por narradores e comentaristas, marcam faltas contra o vento que despenteia os cabelos de Neymar.
Outra coisa é jogar contra times fortes tática e tecnicamente.
Times compactos.
Não ter juiz companheiro.
Assim, perdeu na semifinal da Libertadores para o Corínthians.
Não rendeu contra o Velez.
Desapareceu na final olímpica contra o México.
Como desaparecera contra o Barça.
Neymar é ótimo jogador.
Habilidoso.
Veloz.
Não foge do jogo.
É artilheiro.
Mas vai ter muita dificuldade contra times organizados.
Porque ele próprio e seus companheiros de time jogam num esquema superado.
Contra times que não jogam de acordo com as ultrapassadas organizações dos técnicos brasileiros as dificuldade são imensas.
Exceto o Corínthians, um pouco mais organizado, os demais times no Brasil só agora estão deixando a idade da pedra.
Não achei que Neymar jogou mal contra a Inglaterra.
Ele quase não pode jogar.
A organização tática de Felipão é terrível.
Vimos o absurdo de uma Inglaterra tocando bola e um Brasil dando chutão.
Quantas vezes vimos Neymar isolado na esquerda, cercado pelo Walcot que voltava na marcação, pelo lateral e com a cobertura do zagueiro?
Todos próximos, tirando-lhe espaço.
Se Messi fosse escalado no lugar de Neymar teria desaparecido também.
Felipão é o próprio atraso.
Neymar tem jogado mal contra times estrangeiros - e contra o Corínthians, o nosso time mais europeu - porque está preso ao que lhe é imposto por Muricy, Mano e agora por Felipão.
Nossos comentaristas gostam de dizer: "Ele precisa ir para a Europa aprender a jogar contra defesas poderosas".
Até o lúcido Tostão cai nesta lenga-lenga.
Ele não precisa ir para a Europa.
Todos os outros estão lá e quando jogam pela seleção da CBF, jogam mal.
O modo como joga a seleção é que é ruim.
Um atraso na vida dos jogadores.
E do futebol brasileiro.
A única coisa que ele pode aprender, atuando fora do Brasil, é que os juízes de lá não serão seus padrinhos.

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