segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O QUE FAZ O JOGO FLUIR NATURALMENTE?

Gerson, Rivelino, Tostão, Beckembauer, Cruyff, Xavi, Gerrard, Didi, Ademir da Guia, Pelé, Messi, Maradona, Zidane, Pirlo... posso citar bem uma centena de grandes jogadores.
O que eles tinham ou têm em comum?
Podemos dizer que eles fizeram ou fazem o seu time jogar...
Que eles quase nunca jogaram ou jogam uma partida ruim...
Alguns foram excelentes marcadores, cobradores de falta, goleadores, armadores.
Quase todos faziam ou fazem mais de uma função com maestria.
Mais do que tudo isso, entretanto, uma qualidade precisa ser destacada.
Todos os jogadores geniais foram e são mestres do passe.
Claro que eles já erraram passes.
Mas tente se lembrar.
Foi ou é tão raro o número de erros deles que não nos lembramos.
O acerto estonteante dos passes deles foi ou é tão maior que os erros desaparecem.
Quem se lembra de um passe errado de Zidane?
O passe é essência do soccer.
E a capacidade de trocar passes com naturalidade e eficiência cria a diferença entre as grandes equipes e as medíocres.
Os grandes times brasileiros eram extraordinários na troca de passes.
O Santos de Pelé, o Botafogo de Didi, o Palmeiras de Ademir, o Cruzeiro de Tostão, o Inter de Falcão, o Flamengo de Zico, o Atlético de Cerezo. 
A seleção brasileira de 1982, a holandeza de 1974, a espanhola de 2010.
Esses times eram capazes de trocar passes de modo envolvente, rápido, de primeira ou não.
A troca de passes desses times mágicos fazia o jogo fluir.
Como flui naturalmente o jogo do Barcelona, o melhor time de todos na história do futebol.
E flui também, em menores proporções, a troca de passes de times como o Málaga, o Granada, o Atlético de Madrid, o Liverpool, o Borússia, o Bayern... o Real de Madrid, a Juventus, o Porto, o Shaktar, o Zenit, o Fernerbace e tantos outros.
Por que isso desapareceu do futebol brasileiro?
Não se treina mais a troca de passes?
Não há mais aqueles longos coletivos?
Não há mais jogos amistosos onde os jogadores podiam caprichar sem a pressão de perder uma bola?
Nossos jogadores ficaram ruins de passe?
Ou nossos técnicos entenderam tudo errado quando se falou em futebol competitivo?
Mataram o que era natural no jogo dos brasileiros?

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