Real e Manchester, "o maior jogo que a Europa pode ver", segundo Sir Alex Fergusson.
Exagero.
Barça contra qualquer um dos grandes do Velho Mundo é maior.
Mas foi um grande jogo.
Manchester 1 x 1 Real, no Santiago Bernabeu onde a grama é um tapete de esmeraldas.
Lotado.
O Real atacou mais, chutou mais vezes a gol, esteve mais tempo com a bola.
Mesmo assim o empate foi justo.
As chances agudas de gol foram equivalentes.
O Real foi mais impetuoso.
O Manchester parecia saber melhor o que fazer.
O Real tem mais estrelas.
O Manchester tem o jogo mais maleável..
Aí sobressaem as diferenças entre os dois técnicos.
O Real joga num esquema rígido, com Ronaldo e Benzema ou Higuaín adiante.
O Manchester tem sempre alguém à frente, mas tanto pode ser Welbeck, Rooney, Van Persie ou Kagawa se alternando, a maioria das vezes em duplas e trios.
E todos eles viram defensores ou armadores quando necessário.
As duas equipes jogam compactadas.
Quando o Real ataca, seus zagueiros, não raro, ficam dentro do campo adversário.
Isto permite que o time ataque a saída de bola do rival.
Os comentaristas brasileiros adoram dizem que nenhuma equipe consegue jogar atacando a saída de bola durante todo o tempo.
Claro.
No Brasil os times jogam espalhados em campo.
Apenas eventualmente conseguem adiantar a marcação.
Quando o time joga compactado, seus jogadores de transição precisam precorrer menores distâncias.
E tanto os atacantes quando os defenssores participam da transição de defesa/ataque ou da transição de ataque/defesa.
O Real atacou a saída de bola do Manchester durante todo o tempo.
O Manchester respondia com o respeito de quem joga na casa do adversário.
Quando retomava a bola, subia todo o time, não ficava lá atrás se defendendo.
No jogo entre os dois gigantes, outra característica dos treinadores ficou clara.
O time de Ferguson tem a seriedade e a tranquilidade do Sir.
O time do Real tem a ansiedade do Mou.
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