segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O CRUZEIRO RENASCEU NO MINEIRÃO

Mesmo com número mandrake de torcedores que o MP precisa investigar, mesmo com as escadas estreitas e perigosas, mesmo com a cobertura que é um puxadinhno na lage, mesmo com os bares fechados, sanitários empesteados e sem luz, mesmo com os cambistas, com o estacionamento fechado, mesmo com a péssima administração da Minas Arena, com a péssima assessoria do governo de Minas que não sabe o que faz (Anastasia, com certeza, nunca disputou uma pelada), com os cadeirantes sendo maltratados, com crianças sem água...
Apesar de todas estas mazelas, o Cruzeiro voltou para casa e fez um grande jogo.
Surpreendeu a sua torcida, aos adversários, a todos.
E o estádio foi essencial. 
O Mineirão onde o Cruzeiro contemporâneo nasceu, em 1965, foi essencial para o seu grande jogo.
E apresentou um gramado esplêndido.
Não é igual ao gramado do Santiago Bernabéu, aquela esmeralda viva, mas é maravilhoso.
Nunca houve outro igual no Brasil.
Tomara que os outros estádios que estão sendo construídos para a Copa tenham gramados iguais.
E, para completar, para dar vida ao estádio, o público, o Tsunami Azul.
No Mineirão, a torcida do Galo ficou discreta. 
Talvez sinta que a sua casa é o Independência, que estava em casa alheia.
O Tsunami Azul foi implacável, perene, sentiu-se de novo em casa.
E o Mineirão lotado reboa.
Uiva.
Aquela quantidade de concreto imitando Niemeyer propaga o som de um modo muito peculiar.
O grande público contagia e é contagiado. 
Cria o jogo do torcedor com o seu time.
Não que num estádio pequeno isso não aconteça, mas a dimensão é outra.
Ontem, o jogo no Mineirão foi como um jogo na arena do Borússia ou do Manchester... o estádio lotado, o canto ininterrupto.  
E o Cruzeiro foi diferente.
Voltou a ser Cruzeiro quando reencontrou em sua velha-nova casa.
No exílio dos dois últimos anos, longe do Mineirão, o Cruzeiro foi apenas uma sombra.
Porque o Cruzeiro tornou-se o que é, dentro do Mineirão, com o Mineirão.
Mais que ao Atlético, o Mineirão pertence ao Cruzeiro, ou o contrário, o Cruzeiro pertence ao Mineirão.
Alí o Cruzeiro de hoje foi gerado.
O Atlético já era um time de grande tradição.
O Cruzeiro, não.  
Era apenas o terceiro time de Minas, emparelhado com Vila Nova e até com o extinto Siderúrgica.
O primeiro era o Atlético, o segundo era o América.
A geração de Tostão, Dirceu, Natal, Piaza, Hilton, Raul, Evaldo, Pedro Paulo, Neco construiu este imenso clube jogando no Mineirão.
Jogar de novo naquele estádio, reviveu a alma azul.

Um comentário:

  1. Olha a imparcialidade que lhe falta! Vc disse que não era mais cruzeirense e só torcia pro Barcelona! Conveniência é mato hein José?

    ResponderExcluir