segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TORCIDAS MEDIDAS PELO IBOPE: PURA MENTIRA.

O Cruzeiro, líder do Brasileirão, tem a melhor média de público em 2013.
Levou 26.955 pagantes a cada um de seus jogos até a 31ª rodada.
O Cruzeiro joga numa região rica e populosa, com quase 4 milhões de habitantes - a Grande BH.
Já o Borússia de Dortmund, da Alemanha, leva média de 80 mil pagantes por jogo. 
Entra ano, sai ano e lá está o estádio dos aurinegros completamente lotado em todos os jogos.
Dortmund é uma cidade de  580.956, segundo o censo de 2012.
Dortmund é, portanto, uma cidade pequena se comparada a Belo Horizonte.
Menor ainda que Contagem situada na grande BH.
Menor que Betim ou Juíz de Fora.
Como entender, então, uma discrepância destas?
Costumamos dizer que o Brasil é o país do futebol.
Ora, os alemães, os franceses, os ingleses, os americanos, os holandeses, os italianos e sobretudo os alemães, ostentam médias de público infinitamente maiores do que a brasileira.
Vejo o campeonato argentino e, geralmente, os estádios estão cheios.
No Brasil, não.
Há públicos pífios.
Gatos pingados espalhados pelas arquibancadas.
Vinte mil pessoas num estádio que comporta sessenta mil é considerado grande público.
O Galo - campeão da Libertadores -  tem média de 11 mil pagantes.
O Flamengo de 23 mil.
Corínthians, 24 mil.
Grêmio, 20 mil.
O Brasil já ganhou vários campeonatos de seleções da Fifa.
Houve muita festa nas ruas quando isto aconteceu.
Ficou a impressão de que o país é apaixonado por futebol.
Que todos os seus habitantes gostam, amam o esporte.
Não é verdade.
O brasileiro vai poucas vezes aos estádios e não se pode culpar os preços dos ingressos.
Mesmo com ingressos a 2 reais - como faz o São Paulo - os estádios ficam vazios.
Não se pode culpar a violência.
Quando não havia infestação de organizadas o público era este. 
Tem sido assim, historicamente.
A média de público do campeonato brasileiro nunca chegou a 20 mil pagantes.
Não temos cultura de assistir jogos de futebol, de ir aos estádios.
Não somos realmente torcedores.
A não ser em alguns jogos decisivos.
A média de público do campeonato brasileiro é inferior à média do campeonato inglês de 1905.
Isto mesmo, de 1905, há 108 anos, quando a maioria dos clubes brasileiros nem existiam.
Os ingleses, sim, amam o jogo.
Amam o futebol.
Os alemães também.
Os europeus em geral. 
Os norte-americanos com seu campeonato dito inexpressivo, tem média de público maior.
Por aqui dizem que o Flamengo tem 40 milhões de torcedores.
Lorota.
O Flamengo tem apenas uma média de 23 mil torcedores que vão aos estádios e que, num ano de boa campanha, pode subir um pouco dos 30 mil.
O mesmo acontece com Corínthians.
E com todos os grandes times.
No Brasil, o tamanho das torcidas medido pelo IBOPE é pura mentira.
Comparadas às torcidas do Borússia, Manchester United ou City, Chelsea, Tottenham, Arsenal, Liverpool, Ajax, Bayer, Barcelona, Boca, River, Real de Madri, Atletico Madri, Milan, Inter, Juventus, e tantos outros - incluindo as de times norte-americanos e mexicanos -  as torcidas dos times brasileiros são nanicas.

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