As torcidas organizadas marcam brigas pela internet, promovem badernas, brigam nos estádios, ameaçam jogadores e, algumas vezes cometem assassinatos. Mas os clubes brasileiros, suas diretorias, gostam delas. Gostam e sustentam.
O texto abaixo foi transcrito do "Blog do Perrone"
Fracassa nova tentativa do MP de inibir ajuda de clubes de SP a organizada
Falhou
nova tentativa do Ministério Público de São Paulo para que os
principais clubes do Estado assinassem um documento se comprometendo a
não ajudar financeiramente torcidas organizadas.
Representantes de
Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos se reuniram nesta tarde pela
terceira vez com o promotor Roberto Senise para discutir o tema, mas
não houve acordo.
Senise esperava assinar já nesta terça um TAC
(Termo de Ajustamento de Conduta) pelo qual os clubes se comprometeriam a
não doar dinheiro, financiar caravanas ou patrocinar as escolas de
samba das uniformizadas.
Os advogados do São Paulo alegaram que só
poderiam assinar se recebessem uma cópia do documento final e levassem
para a diretoria, que provavelmente pediria a aprovação do Conselho
Deliberativo.
Já Odílio Rodrigues, presidente em exercício do
Santos, explicou que o clube tem uma relação de longa data com suas
uniformizadas e que ela não pode ser rompida de uma hora para outra.
Ele
pede tempo para sugerir uma alternativa. Os santistas são os únicos
a afirmarem que ajudam as torcidas organizadas com ingressos e, quando
necessário, em caravanas nas partidas fora de casa. Odílio alega que
assinar o TAC pode ser a tentativa de pegar um caminho mais curto,
quando o melhor seria aplicar com rigor a lei e para punir os torcedores
baderneiros.
Diante do impasse, o promotor deu até novembro para
os clubes conversarem e apresentarem a proposta de um documento que os
quatro aceitem assinar. Outras duas tentativas já tinham fracassado.
Além de Odílio, o palmeirense Paulo Nobre foi o único presidente a comparecer.
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