domingo, 30 de dezembro de 2012

DESTAQUES DO FUTEBOL BRASILEIRO EM 2012



Os destaques positivos no Brasil em 2012: 
Fluminense, porque foi o campeão.
O jogo do Flu não é bonito, mas foi eficiente.

O Galo, vice-campeão, mas teve um jogo muitas vezes encantador.
Foi mais brilhante que o Flu, com um jogo mais dinâmico, fez um primeiro turno ótimo, mas no segundo, fora de casa,  vacilou demais.

Corínthians, ganhou a Libertadores e a Taça de Clubes da Fifa.
São dois títulos importantíssimos.
A Taça Libertadores, mais.
Tem um jogo eficiente, embora seu campeonato não tenha sido bom.

Os jogadores que mais se destacaram:
Bernard, com uma dinâmica que não se dissipa durante uma partida. 
Defende, ataca, dá assistências, marca gols.

Ronaldinho Gaúcho recuperou boa parte de seu grande futebol e se tornou o que ninguém mais esperava dele: líder no meio campo do Galo.

Cássio, goleiro do Timão, responsável direto pelo resultado positivo em duas partidas fundamentais: contra o Vasco na Libertadores e contra o Chelsea no mundial de clubes da Fifa.

Técnicos: Tite e Cuca.
Os dois armaram times que têm semelhanças, embora o paulista seja mais sólido.
Os dois times apresentaram um jogo que não fica preso ao passado de chutões e cruzamentos na área adversária nas “bolas paradas”.
Abel foi campeão brasileiro com o Flu, mas ver o time dele jogar é osso.
Um jogo defensivo, mascado, pingado na área.

Como destaques negativos:
A queda do Palmeiras foi a crônica de uma desastre anunciado.
Todos alertaram, mas quem podia mudar alguma coisa continuou apostando no ultrapassado Felipão.
Que pulou fora quando a casa começou a pegar fogo.

Já a derrocada vascaína foi pegando a todos em surpresa progressiva.
Ninguém acreditava que pudesse chegar a tanto.
Chegou.
O time chegou estrebuchando aos últimos jogos.
E depois do campeonato iniciou-se a debandada de jogadores que conseguiram passe livre na justiça trabalhista.

A CBF foi uma vergonha desde sempre, mas neste 2012 ela foi insuperável.
Com a queda de Ricardo Teixeira, assumiu o vice mais velho, José Maria Marin, ex-governador biônico (indicado pelos militares, sem eleição), octogenário, vaidoso, politiqueiro, patrioteiro e visivelmente incapaz de compreender o mundo e o futebol contemporâneo.
Por poder e por dinheiro, dentro da entidade desenrolou-se em 2012 uma briga de foice, no escuro das mais feias suspeições.

Felipão na seleção da CBF, depois de derrubar o Palmeiras para a segundona, é uma vergonha.
Um técnico ultrapassado e uma comissão técnica jurássica.

Em Minas, o destaque mais negativo foi a reforma do Mineirão (um puxadinho na lage).
Em comparação ao Castelão que tem os mesmos 67 mil lugares, o Mineirão é um estádio completamente antiquado.
Uma vergonha.
E a reforma do Mineirão custou 100 milhões a mais que a do Castelão.

A reforma do Independência foi outro fiasco.
O estádio não tem entrada separada para torcedores de modo que não pode comportar um Cruzeiro e Atlético com as duas torcidas presentes.
25% dos lugares são cegos.
Já imaginaram isso?
Seis mil lugares não podem ser vendidos, pois o público não vê uma das goleiras e sua pequena área.

O governo de Minas manifestou a proverbial incompetência nos dois casos.

Um último destaque negativo, este nacional, foram as transmissões do futebol pela TV Globo.
Péssimas.
Poucas câmeras, antiquadas, mal colocadas, recursos técnicos ultrapassados.
Incomparável com a transmissão de jogos dos campeonatos europeus.
E quando Cruzeiro ou Galo jogam em outro estado, transmitem o jogo apenas para Belo Horizonte.
Para o interior do estado, transmitem jogos de times do Rio e de São Paulo.
Colonialismo em pleno século 21.
E o governo de Minas, com sua proverbial incompetência, permanece quieto, mudo, afável e sorridente.
E os presidentes de clubes fazem a mesma coisa.
 O belíssimo e moderno Castelão, com a mesma capacidade do Mineirão e que custou 100 milhões a menos. 
 O novo Mineirão, coisa assustadora de feia, um "puxadinho na lage".

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