quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014 - ANO DE CAUTELA PARA O FUTEBOL BRASILEIRO

O ano de 2013 terminou com os presidentes de clubes brasileiros sinalizando forte contenção de gastos para 2014.
O Palmeiras está propondo contratos por produtividade - diminui o salário nominal e paga prêmios por etapas cumpridas.
Outros clubes estudam este formato.
Nenhum dos grandes clubes contratou jogador de renome nem cogitou uma contratação de impacto.
Parece que a sangria dos salários exorbitantes e das contratações espetaculares foi contida.
Contribuiu para isso a boa temporada realizada por times sem grandes estrelas, mas equilibrados.
A manifestações de rua no país também deixaram claro: o torcedor não quer times formados à base de falcatruas e de endividamento abusivo. 
Não quer corrupção.
O movimento Bom Senso FC, ecoando as ruas, reivindica à CBF e à TV Globo Fair play financeiro e campeonatos organizados de forma mais racional para o público e para os jogadores.
Ao mesmo tempo em que as manifestações de rua encontraram adeptos entre os atletas, os times caros e estrelados dentro e fora do campo se deram mal na temporada.
O Grêmio, o Internacional, o Corínthians e o São Paulo, com elencos estelares e comissões técnicas suntuosas, decepcionaram.
O Grêmio ainda conseguiu classificar-se para a Libertadores, embora não tenha conseguido lutar pelo título nacional. 
Dos maiores perdulários do futebol brasileiro foi o único que de alguma modo se salvou, mas está muito endividado e busca, desesperadamente, diminuir sua altíssima folha de pagamento. 
Quanto aos técnicos e suas famosas comissões, tudo indica que haverá um sensível rebaixamento.
Técnicos caríssimos tiveram temporadas péssimas e levaram grandes clubes à segundona ou à beira dela.
Alguns falharam com bons elencos nas mãos, outros com elencos medianos, outros com elencos ruins.
Dos técnicos de renome, nenhum fez bom trabalho em 2013.
Todos foram desvalorizados.
O ano de 2014 será o que se chama de "pés no chão" para os clubes brasileiros.
Os times que hoje estão melhor estruturados - Cruzeiro, Flamengo, Galo, Botafogo, Grêmio - deverão conquistar as melhores posições.
Talvez o São Paulo consiga se estruturar melhor, mesmo sem fazer grandes contratações, e entre neste grupo.
Não haverá grandes mudanças nas bases de cada time.
O campeonato nacional deverá ser mais equilibrado.
O Cruzeiro será muito mais estudado e não vai disparar como em 2013.
Será um ano importante para reestruturação do futebol brasileiro.


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