sexta-feira, 31 de maio de 2013

OS 4 A 0 DO BARÇA DESTRUÍRAM MURICY

Muricy foi demitido do Santos.
Atualmente está ultrapassado.
Suas idéias sobre futebol são ineficientes.
Pode ser que volte a estudar, repense, se atualize.
Como está, está parado no tempo.
O torcedor do Santos via o time jogando mal, sem um "padrão de jogo", desde o fim da Libertadores, mas a diretoria o mantinha.
Por quê?
Talvez pensassem em enquadrar Neymar e Ganso quando o contrataram.
Os dois, com a arrogância de jovens estrelas, esculacharam o Dorival Júnior, o técnico que montara um time brilhante na Vila.
Ganso recusou uma substituição de Dorival.
Disse que não saía, acenou que não saía e não saiu.
A imprensa adorou.
Neymar enfiou o dedo na cara de Dorival.
Renê Simões disse que o Santos estava criando um monstro.
Houve, na imprensa, quem criticasse Neymar, ainda que timidamente.
Mesmo assim, Dorival foi defenestrado, Muryci pegou o time voando, botou os garotos na linha e engessou o jogo do Peixe.
Tirou dele o brilho e o tornou pragmático.
Dizem que, por isso, venceu a Libertadores.
"Quem quiser espetáculo que vá ao teatro".
Muitos da imprensa brasileira adoram essas frases feitas do pragmatismo.
Tal como no Flu e no São Paulo, 1 a 0 era goleada.

Isto não combinava com o Santos, mas a diretoria que o contratara para domar vaidadades o mantinha.
Com a sua permanência o futebol de Ganso desapareceu - também mor de contusões - e o de Neymar foi murchando.
Mas haveria o mundial de clubes onde o pragmático Muricy derrubaria sem piedade o sonhador Guardiola.
Isto se pensava.
Depois de um péssimo brasileiro, o ex-auxiliar de Telê enfrentou o Barcelona.
4 a 0. 
A bola o puniu. 
Muricy nunca mais foi o mesmo depois daquele encontro terrível com Pep Guardiola.
E para ele o tempo foi passando.
Morno.
Bobo.
Mesmo sem apoio do torcedor, seguiu dirigindo um time que nada tinha a ver com ele.
Seguiu como uma sombra de Neymar, um fantasma que distribuia camisas e dava entrevistas coletivas depois dos jogos.
Ele que um dia fora endeusado como o grande técnico brasileiro, o herdeiro de Telê, tornou-se apenas um burocrata do vestiário santista.
Um técnico que, tal como está, faz mal ao futebol.
Como fez mal ao Santos. 
Os 4 a 0 do Barcelona destruíram Muricy.
Ele viu que seu pragmatismo, tudo aquilo em que antes acreditava - inclusive para contestar o "jogo bonito" de Telê - caíra irremediavelmente por terra.
Perdera suas convicções.
Roto, pobre, ele não tinha nada para colocar no lugar do que se fora.
Agora, foi demitido. 
Sem um time pra dirigir, talvez possa se atualizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário