domingo, 12 de maio de 2013

GALO DÁ VAREIO DE BOLA NO CRUZEIRO.

O Cruzeiro levou o que nas conversas entre torcedores se chama de "vareio". 
O Galo foi superior taticamente do início ao fim do jogo.
Consistente.
Compacto.
Se fosse mais eficiente teria aplicado uma goleada de derrubar técnico.
Poderia ter feito seis ou sete a zero, e não estou exagerando.
Foram inúmeras as chances perdidas pelos atacantes alvinegros livres à frente de Fábio.
O que fica de mais importante?
Fica, principalmente, o desnível entre os treinadores.
Elenco por elenco, o do Cruzeiro está apenas um degrau abaixo.
Taticamente, no entanto, a equipe treinada por Cuca está no primeiro mundo e a equipe treinada por Marcelo Oliveira está no terceiro.
Uma é sólida, bem nutrida, inteligente.
A outra é insegura, esquálida, confusa.
Cuca consegue que seu Atlético seja uma equipe compacta.
Quando ataca, quase todo o time ultrapassa a linha de meio campo.
Quando defende, todos defendem, inclusive Jô, seu atacante mais adiantado.
Muitas vezes, entre o primeiro defensor e o último atacante, há distância menor que 30 metros.
Já o Cruzeiro fica espalhado em campo.
De um modo geral, entre o primeiro defensor - fora o goleiro, claro - e o último atacante há 60 metros ou mais.
Espalhado, teve todas as suas linhas trituradas, costuradas, invadidas sem resistência pelos atleticanos.
O Cruzeiro é um time do passado.
Lento.
Não consegue se recompor com eficiência para defender.
Não consegue  fazer transição defesa/ataque eficiente quando recupera a bola.
E, assim, as falhas individuais que sempre acontecem dentro de um jogo, se tornam fatais.
Éverton perdeu uma bola para Marcos Rocha que tocou a Ronaldinho, a Jô, ao primeiro gol atleticano.
Nas mesmas circunstâncias Rever perdeu uma bola para Borges e nada aconteceu.
Porque o time estava composto para se defender.
Éverton estava sozinho.
Falhou, morreu.
O que faz um time taticamente tão superior ao outro é o entedimento que a equipe tem das estratégias se desenrolando a partir do desenho colocado em campo.
O desenho de Cuca e de Marcelo era o mesmo no início do jogo.
O chamado 4.2.3.1.
Dentro do jogo o desenho tático inicial de Cuca cobra vida, varia.
O de Marcelo praticamente só varia para o 4-4-2, com Dagoberto e Borges lá na frente, bem longe, distantes, isolados.
Uma estratégia responsável pela variação de jogo do Galo acontece porque Bernard e Tardeli voltam e marcam e estruturam o meio de campo com cinco jogadores.
A variação do jogo do Cruzeiro é deficiente porque Éverton Ribeiro e Dagoberto não conseguem voltar e marcar e estruturar o meio de campo com eficiência.
Éverton Ribeiro foi engolido pela dupla Bernard/Richarlisson.
Éverton, lateral do Cruzeiro, teve seu lado destroçado, porque não contou com o apoio de Dagoberto.
Desolado na estruturação defensiva/ofensiva, o Cruzeiro foi presa fácil.
O zagueiro Bruno foi expulso no início da segunda etapa.
A expulsão não influiu na derrota.
O Atlético já era incomparavelmente melhor.
Três a zero foi sorte dos azuis.
O Galo é mesmo um forte favorito ao título da Libertadores.

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