sábado, 12 de julho de 2014

O MASSACRE DO MINEIRÃO!!!

Acompanhei três momentos que marcaram o futebol mundial.
Três revoluções.
A primeira ouvi - através da narração de Waldir Amaral - em 1958 quando surgiu a mística da camisa amarela: Brasil campeão do mundo, com Pelé e Garrincha.
Nascia ali uma referência obrigatória e inigualável para o mundo da bola.
A segunda, vi pela televisão, em 1974 quando a Holanda criou o moderno futebol mundial com a sua Laranja Mecânica, vice campeã mundial.
A terceira, acompanhei aqui em Belo Horizonte, quando a Alemanha massacrou a seleção brasileira no Mineirão por 7 a 1.
Estocolmo, Berlim, Belo Horizonte.
O Massacre do Mineirão é revolucionário.
Uma nova era teve início no futebol mundial.
A mais luminosa referência futebolística que jamais existiu chegou ao fim.
A prevalência do individualismo foi devastada.
Definitivamente.
Já chegara ao fim na Europa.
Não Brasil, ainda não.
Aqui ainda se especulava sobre a excelência do improviso brasileiro que decidiria o jogo mais difícil.
O estudo do desenvolvimento do jogo, os conceitos táticos e estratégicos eram rejeitados por técnicos e esportistas brasileiros.
Técnicos, jogadores e torcedores ainda acreditavam que mesmo desorganizada, sem jogo coletivo, a seleção brasileira, por sua cultura individualista poderia vencer.
Um drible desconcertante, uma arrancada genial, uma jogada de mestre, acreditava-se, poderia romper o jogo coletivo dos europeus cujos melhores seguidores na América do Sul são argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos.
Superamos chilenos e colombianos.
Ah, poderíamos vencer.
Não vencemos.
A lição foi dura.
Fria.
Sete a um.
E completada por outra quase goleada na disputa pelo terceiro lugar: Holanda 3 x 0 Brasil.
A seleção canarinha não é mais referência no futebol.
A última amarra da cultura individualista foi rompida dentro do país símbolo do individualismo.
Outro futebol vem aí.
Bem vindo seja.
Nele não se dispensa o talento do craque, mas ele deve emergir da coletividade e ser coletivo também.

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