A histeria é uma forma de neurose se caracteriza pelo exagero teatral das
reações emocionais.
Na origem, o termo grego referia-se
a perturbações no útero – hystera
- e só recentemente o preconceito de que histeria era doença feminina foi
superado.
As pessoas histéricas geralmente perdem o controle e
reagem aos acontecimentos com destemperos emocionais que as tornam, muitas vezes, caricatas e
espalhafatosas, chamando atenção sobre si de modo exacerbado.
Assim reage a maioria dos técnicos brasileiros à
beira dos gramados.
Dão chiliques.
Transfiguram-se em reclamações teatralizadas.
Um lateral invertido pelo bandeirinha é motivo para
encenações horripilantes.
Nestas horas eles esbravejam de tal forma para
chamar atenção que se tornam caricatos.
Abrem os braços, pulam, socam o ar, reviram os
olhos, viram-se ao público e procuram as câmeras de televisão para mostrar sua
indignação, esbravejam, xingam.
Mostram-se a pique de invadir o gramado e assassinar
o juiz.
Não há um só técnico brasileiro que não exiba
sintomas histéricos.
Todos parecem precisar de uma longa terapia.
Ridículos.
Quando não ficam histéricos com supostas ou reais
falhas da arbitragem, ficam histéricos com as falhas de seus próprios
jogadores.
Hoje foi a vez de Mano Menezes ser expulso
infantilmente no jogo entre Corínthians e São Paulo.
Inúmeros são expulsos assim.
E deixam o gramado como vítimas – adoram fazer o
papel de vítimas – exibindo uma caricata superioridade moral.
Como podem comandar seus jogadores se não têm controle sobre si mesmos?
Não vejo comportamentos assim dos técnicos argentinos
e europeus – campeonatos que acompanho.
Quem pode imaginar um Guardiola ou Fergusson dando
chiliques à beira do gramado?
Perto dos técnicos brasileiros, o vaidoso Mourinho é
um monge.
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