quarta-feira, 28 de novembro de 2012

GUARDIOLA E O PRECONCEITO

Quando o nome de Guardiola foi lembrado por inúmeros basileiros para dirigir a seleção da CBF no lugar do Mano Menezes foi um zumzumzum, tititi, lêreêlê.
Entre dentes, os técnicos brasileiros e muitos outros "patriotas", dentre os quais o tenista Sareta, puseram-se a reclamar.
Sareta disse que brasileiro gosta de puxar saco de estrangeiro.
Baboseiras assim, coisas do gênero ignorante orgulhoso foram ditas às pampas.
Aos pampas.
Aos cerrados, caatingas, praias e montanhas.
Guardiola seria uma janela aberta numa sala mofada.
O que Felipões, Parreiras, Zagalos, Muricys, Roths e Abelões têm feito foi herança de Yustrich com sua famosa cavadinha, seus berros à beira do campo, sua motivação de psicotapa.
Todos retranqueiros.
Adeptos do futebol força.
Se dariam bem no rugby, eu penso.
Ou no futebol americano.
Esses caras enterraram o futebol brasileiro de toque de bola refinado que, de repente acelerava para o gol.
Impuseram isso à base dos clubes.
Resultado: de todos os armadores indicados como melhores do mundo não há um só brasileiro.
E esses armadores eram a alma do futebol brasileiro.
Ademir da Guia, Dudu, Zito, Mengalvio, Gerson, Dirceu Lopes, Tostão, Rivelino, Zé Carlos, Didi, Cerezo, Falcão.
Se aparecer um jogador como Dirceu Lopes, esses técnicos vão obrigá-lo a ser meia atacante ou ponta.
Então... nunca vai surgir um Xabi, um Iniesta, um Pirlo por aqui.



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